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João e José, Iguais Até na Infidelidade Um se chama João. O outro se chama José. Ambos foram líderes de grande destaque. Ambos exerceram grande poder (para o bem e para o mal, geralmente para este último). Tanto um como o outro lidaram com grandes orçamentos financeiros. Tomaram decisões que afetaram milhares de pessoas, direta e indiretamente falando. O pior: analisando a administração de José e a de João, verificamos que a maioria das decisões que eles tomaram foram prejudiciais e até catastróficas para as pessoas e grupos que representavam. João e José tinham sob as suas mãos “férreas” outros líderes que, por sua vez, sofreram horrores com perseguições “políticas” movidas pelos primeiros. Isso, porque tanto João como José eram conservadores e, publicamente, assumiram a defesa da moralidade e dos bons costumes (perseguindo e massacrando todos aqueles que, por descuido ou fraqueza, incorressem em erros ou falhas morais). Não foram poucos os pobres coitados que – culpados ou inocentes – foram execrados publicamente no período de reinado de João e José devido à acusação de infidelidade conjugal, adultério. A esta altura de nossa crônica, você deve naturalmente estar se perguntando: Mas, afinal, quem são esses personagens? Quem são João e José? Antes de responder essas indagações, vale acrescentar que as semelhanças entre João e José não param por aí... Ambos, enquanto impunham o seu “reinado” de terror, perseguindo os desafetos, mandando e desmandando, mantinham seus casos extraconjugais só revelados bem mais tarde quando já estavam distantes do poder. O primeiro, João (John Major) teve o seu caso revelado publicamente esta semana pela ex-amante, Edwina Currie, como parte da estratégia de lançamento do seu livro de memórias. O segundo, José (Orlando Correia) teve, de forma velada (muito menos bombástica e cruel do que a forma como tratou problemas morais envolvendo dezenas de obreiros) o seu caso extraconjugal tratado aqui neste site. Uma última e incrível coincidência: ambos, devido ao forte figurino moralista que ostentavam publicamente, desenvolveram em seu governo um programa chamado “De Volta às Origens”. Impressionante? Leiam o que a revista Veja (página 43, 9 de outubro de 2002) escreveu a respeito: “Major – casado desde 1970 e com dois filhos adultos – lançou na época uma campanha para moralizar o partido. Chamava-se ‘De Volta às Origens’ e dava ênfase a valores como família, comunidade e caridade”. “O comportamento dele foi uma vergonha”, diz Edwina. Amigos leitores, o que dizer, então, do comportamento de José que julgou, condenou e executou à morte moral e profissional, de forma cruel e covarde, o inocente Pastor Alci Tarciso Almeida? Leia também:
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