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Quem Contaminou o Santuário: Nossos Pecados ou a Ponta Pequena? Olá! sou membro adventista em Portugal, e já há algum tempo venho seguindo o vosso site, com bastante interesse. Gostaria de colocar uma questão, que surgiu ainda não fez duas semanas, a qual foi apresentada por uma irmã na nossa igreja. Então é assim, estávamos a discutir o tema das 2300 tardes e manhãs, e estudando claro Daniel 8, foi então que essa irmã pôs uma questão para a qual não arranjei resposta, e que me levou a crer que se falhar a explicação para a profecia das 2300 e tardes e manhãs segundo o nosso ponto de vista, algo não parece correcto e é o seguinte: Após a descrição da visão da profanação do santuário pela ponta pequena (Daniel 8:9, 10, 11), é perguntado até quando é que aquilo se vai passar, quando é que aquilo vai acabar (Daniel 8:13), ao que é respondido até 2300 tardes e manhãs e o santuário seria purificado (Daniel 8:14). Segundo cremos, os 2300 anos acabaram em 1844, a partir daí Cristo começou a purificar o santuário, a julgar o nosso caso, ou seja começou a tirar os pecados, os nossos pecados. Perceba-se: se a purificação é do santuário celeste, então tal como era no antigo Israel lá só estão os pecados dos que os confessaram todo o Israel espiritual, mas mesmo que sejam os de toda a humanidade, como disse um nosso irmão? Então quem é a ponta pequena que profanou o santuário, somos todos nós essa ponta que profanou o santuário e não Roma? Peço a vossa opinião. Resposta de Henderson Velten Prezado amigo, É verdade que em Levítico 16 a profanação do Santuário decorre dos pecados do povo de Deus os quais são para ele transferidos. Também é verdade que o agente da profanação em Daniel 8 é a ponta pequena e não o povo de Deus. Mas, não sei se você reparou que de acordo com Daniel 8:12 o Santuário é entregue ao poder representado pela ponta pequena por causa das transgressões do povo de Deus. Isso cria um link entre as 2 situações, de tal forma que a purificação do Santuário exige que o povo de Deus seja inocentado dos seus delitos, o que só é possível mediante a aplicação do sangue de Cristo. Bem, o assunto é muito mais amplo, mas por ora é isso o que eu teria para dizer. Fique na paz!
Henderson H. L.
Velten Desculpe-me, irmão, mas o que quer dizer realmente com isto? "Mas, não sei se você reparou que de acordo com Daniel 8:12 o Santuário é entregue ao poder representado pela ponta pequena por causa das transgressões do povo de Deus. Isso cria um link entre as 2 situações, de tal forma que a purificação do Santuário exige que o povo de Deus seja inocentado dos seus delitos..." Quer dizer que: São realmente os pecados de toda a humanidade que estão no santuário celestial? Se assim for onde fica o paralelismo com o santuário terrestre, onde só estavam os pecados dos que os confessavam? (Portugal) Hendersen Velten amplia a resposta Querido irmão, Eu reconheço que minha primeira resposta foi tão lacônica que sua compreensão se tornou difícil. Ocorre que minha atenção estava voltada para outras coisas nesses últimos dias, de maneira que me vi obrigado a lhe dar uma resposta curta e objetiva. Todavia, agora tentarei explicar melhor o assunto. Deus possui um padrão definido de ação. Se você examinar com cuidado o livro de Juízes, por exemplo, perceberá a seguinte seqüência recorrente de eventos: [1] apostasia do povo de Israel; [2] opressão por parte de povos estrangeiros permitida por Deus, como forma de punição de Seu povo; [3] arrependimento dos israelitas; e [4] surgimento de um juiz (libertador) suscitado por Deus. A lógica dessa seqüência repousa no fato de que a opressão é consentida apenas como uma conseqüência à violação do concerto (entre Deus e Israel). Quando o povo se arrepende e é declarado justo por Deus (justificação), cessa o motivo originador da opressão, razão pela qual Deus levanta um juiz, um líder nacional responsável por operar a justiça de Deus. Se o povo é justo, não deve sofrer a maldição da Lei, pois isso seria uma injustiça! Em Daniel 7 e 8, o Santuário e o povo são entregues à ponta pequena para serem oprimidos por causa das transgressões. Visto que o povo de Deus se corrompeu e aceitou falsas teorias e práticas mundanas, Deus os entregou à ponta pequena para serem oprimidos – uma forma de castigo (Apocalipse 11:1 e 2; e 6:9-11). São também esses pecados que mancham o Santuário, atendendo ao padrão de Levítico 16. “Até quando durará isso?” (Daniel 8:13). Até 2.300 anos, diz Daniel 8:14. Ao final desse período, os pecados do povo de Deus, que trazem o opróbrio sobre Seu Nome e sobre Sua Casa (o Santuário), devem ser definitivamente apagados, em virtude dos méritos e do sacrifício de Jesus (o bode para o Senhor). Mas, para que isso possa ser levado a efeito, certas condições precisam ser atingidas: [1] arrependimento e [2] conversão por parte do povo de Deus. Como nem todos se arrependem nem mudam de vida, faz-se necessária uma obra de Juízo Investigativo; esta é referida em Daniel 7:9, 10 e 13. Os reprovados no Juízo são tidos por ímpios. Os aprovados têm seus pecados apagados. Verificando-se serem eles inocentes, já que se arrependeram de seus erros (mudaram de conceito) e os abandonaram (mudaram de prática) e visto que a culpa por esse mesmos pecados fora punida completamente em Jesus (Gálatas 3:13), a ponta pequena é condenada por ter oprimido o povo de Deus injustamente. Disso decorrem os dizeres de Daniel 7:21, 22 e 26: “Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra ele, até que veio o Ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino.” “Mas depois se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio [da ponta pequena], para o destruir e o consumir até o fim.” Em suma, embora o Santuário de Daniel 8:13 e 14 seja profanado pela ponta pequena, isso só ocorre devido aos pecados do povo de Deus (Daniel 8:12). Portanto, para que a ponta pequena seja punida e a profanação acabe de vez, torna-se imprescindível que o Santuário seja antes purificado pelas transgressões do povo do Senhor. Bem, era isso. Qualquer nova dúvida, não deixe de escrever. Fique na paz! Henderson H. L. Velten. Leia os textos abaixo e participe do debate:
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