Caso Soteco (Poá 2): Perseguição Pode Levar Liderança da IASD ao Completo Descrédito

"Por que ninguém mexeu, ou mexe, com Juarez? É que a liderança tem medo dele, pois eis que tem respaldo de teólogos renomados, tanto no Brasil, como no exterior; e porque Juarez não é de se envolver com os departamentos da igreja. Uma coisa é certa: quando Juarez interveio no meu caso, ou no de Herbert depois, ou no do Henderson, recentemente, a liderança tremeu e treme na base, porque não teve e não tem argumento para enfrentá-lo e porque Juarez sabe de coisas, que se divulgadas, rasgariam a fachada da liderança de alto a baixo..."


Vitória – ES, 13 de outubro de 2003.

De: Fernando Pretti
Para: www.adventistas.com

Caso Soteco (Poá 2): A perseguição!

 

Além de mantermos um grupo de estudos, entre irmãos de várias igrejas, paralelamente às atividades delas, tínhamos atividades individuais. Eu possuía dois grupos de estudos sobre profecias de Daniel e Apocalipse; Juarez tinha suas atividades de pesquisa, como as têm até hoje; Henderson mantinha um grupo de estudos de Daniel (cronologia) e do Apocalipse, na igreja do IBES, com 100 membros; e Herbert se dedicava de corpo e alma ao Grupo do Soteco, levando-lhe estudos, instruções e doutrinamento.

A primeira coisa que o Pr. Miranda, líder dos pastores na perseguição à minha pessoa, fez foi fechar o grupo de estudos do irmão Henderson, porque este veio em minha defesa. Isso foi numa sexta-feira, porém, por causa da intervenção da AES, ele teve que voltar atrás na decisão, na sexta seguinte.

Essa intervenção da AES foi motivada por uma reunião que houve entre nós. Tal reunião foi gravada, onde pode ser checado o fato de que a liderança não teve argumentos teológicos contra o que escrevi naquela carta, e como ela percebeu que eu não estava sozinho no assunto, recuou e tentou deter a onda de perseguição contra nós. Entretanto, a maioria dos pastores queria a nossa cabeça. Então José Miranda Leite voltou à carga, desta vez contra Herbert.

Um adendo: por que ninguém mexeu, ou mexe, com Juarez? É que a liderança tem medo dele, pois eis que tem respaldo de teólogos renomados, tanto no Brasil, como no exterior; e porque Juarez não é de se envolver com os departamentos da igreja. Uma coisa é certa: quando Juarez interveio no meu caso, ou no de Herbert depois, ou no do Henderson, recentemente, a liderança tremeu e treme na base, porque não teve e não tem argumento para enfrentá-lo e porque Juarez sabe de coisas, que se divulgadas, rasgariam a fachada da liderança de alto a baixo.

 

Jogo duplo

Miranda tentou tirar Herbert da liderança do Soteco e impedi-lo de pregar no distrito. Porém, o grupo do Soteco não o permitiu, e, literalmente, botou pra correr o Pr. Daniel, indicado para o fim. Mais uma vez, por intervenção da AES, o pernóstico pastor teve que se retratar com o grupo e com o Herbert.

Por outros distritos, a assunto ficou dividido: a maioria adotou o procedimento do Pr. Miranda, mas houve quem tivesse a hombridade de não permitir que meu nome, e o dos irmãos, fosse enlameado. Destaco, além do Pr. Marcos Aguiar, outros ministros que me trataram com cordialidade, tais como Antônio Dourado, Gildásio Públio, José Marques e outros que agora não me recordo.

Oficialmente, a AES orientava às igrejas e aos distritais a que me permitissem pregar e que não me disciplinassem, mas, por baixo dos panos a orientação era diversa. Assim, os Distritais ficavam confusos, sendo que um deles me narrou toda a história de um concílio pastoral em Guarapari, no qual a AES, textualmente, orientou-os a não deixarem que eu, e por extensão, Herbert, Henderson e Juarez, utilizasse os púlpitos das igrejas. Ao interpelar Kalbermatter e Maurício, ambos negaram o fato, e disseram que eu estava livre para atuar nas igrejas, em qualquer distrito.

Com os estudos, especialmente sobre Daniel 8 e 9, do plano de salvação, das Alianças ou Concertos, da Perfeição Cristã, dos 144 mil, da Natureza de Cristo, o Santuário, do Juízo, etc, pudemos discernir as aberrações teológicas patrocinadas pela liderança, nas Lições da Escola Sabatina, especialmente a da Certeza da Salvação, do teólogo Hanz Larondelle, pupilo de Desmond Ford, e, também, os desmandos da organização, de modo que mantivemos o grupo unido até fins de 2000.

Em fins de 2000 e início de 2001, nosso grupo se dividiu em função do Movimento de Reforma. Eu, minha família, a família de Jarde e a de Delcino, resolvemos deixar a IASD e ir para a IASD – MR, enquanto que os demais permaneceram como estavam e o grupo de estudos global sofreu interrupção por um ano, porém funcionou normalmente sem nós. Na verdade, mantivemos contato, mas não pudemos avançar na luta contra os desmandos da Organização. Nesse meio tempo, o grupo fortaleceu os pontos doutrinários de cuja luz tiveram, e nós outros nos decepcionamos com o MR.

A seguir, falaremos do reatamento do grupo e da questão específica do Soteco, onde aparecem novos personagens, tais como um outro Pr. Maurício, da mesma linha do Miranda.

 

Ministérios independentes

Desejo concluir este capítulo dizendo que foi, para nós, muitíssimo importante saber que, não somente nós, mas vários irmãos e grupos, pelo mundo afora, sofreram, estão sofrendo e sofrerão retaliações da organização ASD. O trabalho dos ministérios independentes, especialmente de www.adventistas.com, na pessoa de Robson Ramos, bem como o de Ennis Meyer e Jaime Bezerra, mesmo que não falem exatamente a mesma língua, muito contribuíram para que nossos olhos fossem abertos. Nós, os ditos “anti-cristinhos” e “sinagoga de satanás”, por Alejandro Bullón e J. C. Ramos estamos ainda vivos para lutar contra esses “santos”. Os ministérios leigos, tal qual a ABA-LEI, e outros, existem justamente porque, há muito, os membros da IASD perceberam que o “castiçal” saiu das mãos dos ministros oficiais.

Assim, vamos em frente, até o próximo capítulo.

Fernando Pretti

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