RODRIGO SILVA: Que tal apoiar a inclusão do satanismo entre as religiões?

A inclusão é importante e deve ser praticada, mas com critérios. Alguns podem criticar a frase dizendo que esse “mas” é perverso, religioso e desumano. O “mas” desmente o que vem antes, desautoriza o que foi dito. Devemos incluir sem qualquer conjunção adversativa. Será?

Então vamos refletir sobre uma situação hipotética, que é uma tendência. Por causa do preconceito é difícil dizer quantos satanistas há mundo. Poucos arriscam se identificar como servos do “tinhoso”. Mas, de acordo com o livro The Invention of Satanism, publicado por Oxford, o culto ao diabo está crescendo entre os jovens.

E se forem poucos, isso também não faria dos satanistas uma minoria a ser “incluída”? Claro que sim. A pergunta é, como? Satanistas foram mortos pela intolerância religiosa e se eles se articularem politicamente, amanhã seremos proibidos de expulsar demônios ou dizer que o diabo é mau.

Adoradores de Satanás poderão reivindicar o direito de não serem discriminados por crentes que dizem que seu culto é errado. Será “satanofobia”. Antes de achar que estou jogando indireta para uma pauta específica saiba que estou pensando em várias. E antes que alguém diga que estou deturpando as coisas ao comparar sua pauta com satanismo, saiba que os satanistas poderão se sentir discriminados por você não aceitar ser associado a eles.

A questão não é negar que a igreja foi intolerante no passado, nem dizer que devemos queimar os bruxos. Falo do direito de afirmar o que a Bíblia diz sem os melindres do “politicamente correto”. E para quem acha a comparação um argumento “non sequitur”, que a conclusão não tem nada a ver com as premissas, então aguardem! O futuro dirá se falei bobagem.

Aliás, futuro para nós, pois em Scottsdale, EUA, você pode ser processado se disser que o diabo é mau. Dizer que algo é biblicamente errado não é sinônimo de discriminação. Mas o silêncio quanto a verdades bíblicas inconvenientes pode sim ser uma conveniência perigosa.

Atribui-se a Martin Luther King a frase de valor inquestionável: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Silêncio, inclusive, acerca de verdades que a Bíblia diz, mas que geram deslikes no mundo pós-moderno. Rodrigo Silva Arqueologia

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