DITADURA DIGITAL DO DEMÔNIO: O plano secreto e criminoso do Google, Metaverso e a Inteligência Artificial (Em Espanhol)

https://www.youtube.com/watch?v=gYpX_7xb9eQ

Yuval Noah Harari, falso profeta judeu que proclama o evangelho satânico do dataísmo, a religião da Nova Ordem Mundial, fez um suposto alerta sobre o iminente surgimento de uma ditadura digital, inclusive em reunião do Fórum Econômico Mundial. O reino do Diabo breve virá, prometendo paz e segurança! Mas será por pouco tempo, “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” — 1 Tessalonicenses 5:3

“Em breve, poderemos hackear seres humanos”, diz o falso profeta judeu

Texto de FILIPE OLIVEIRA, em 24 JAN 2018

Yuval Noah Harari em palestra no Fórum Econômico Mundial (Foto: Divulgação)

Como regulamentar propriedade de dados? O futuro da humanidade e da vida dependem dessa resposta. A afirmação é de Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade. Ele palestrou nesta quarta-feira (24/01/2018) no Fórum Econômico Mundial.

De acordo com Harari, o controle dos dados se tornou tão importante porque estamos atingindo um ponto em que poderemos “hackear seres humanos“. “Há muitas conversas nos dias de hoje sobre hackear computadores, contas bancárias e smartphones. Mas, na verdade, estamos ganhando a habilidade de hackear os humanos”.

Segundo o historiador, esse processo ainda não aconteceu, pois não tínhamos o poder computacional e conhecimento biológico necesssário para interpretar o que ocorre no corpo e cérebro humano. “Isso está mudando por causa de duas revoluções simultâneas: os avanços na ciência da computação, especialmente em machine learning e inteligência artificial, e em biologia, principalmente na ciência do cérebro”, diz o professor. “Quando as duas revoluções se misturarem, conquistaremos a habilidade de hackear os humanos”.

Ditadura Digital

Em breve, será possível criar algoritmos capazes de analisar movimentos, pressão sanguínea e atividade cerebral. “Esses algoritmos vão conhecer os humanos melhor do que eles mesmos”, afirma Harari. Esses sistemas serão capazes de “prever doenças”, “manipular emoções” e até mesmo “tomar decisões” em nome das pessoas, resultando no que o historiador chama de “ditadura digital”.

“O controle de dados pode dar às elites humanas a possibilidade de fazer algo ainda mais radical do que apenas construir ditaduras digitais. Hackeando organismos, as elites podem ganhar o poder de fazer a reengenharia do futuro da vida”, afirma Harari.

De acordo com o professor, essa será a maior revolução na história da humanidade, desde o início da vida. “A ciência está substituindo a evolução natural pela evolução por design inteligente”, afirma Harari. “Não o design inteligente de algum Deus sobre as nuvens, mas o nosso design inteligente e de nossas nuvens, a nuvem da IBM, da Microsoft. Essas são as novas forças dirigentes da evolução”.

“Depois de 4 bilhões de anos de vida orgânica modelada de maneira natural, nós estamos entrando na era da vida inorgânica”, afirma Harari. “É por isso que a propriedade dos dados é tão importante. Se não regularmos os dados, uma pequena elite irá controlar não apenas o futuro das sociedades humanas, mas a modelagem das formas humanas”.

Mas como fazer a regulação dos dados e quem ficará com o controle desse bem é uma resposta que nem mesmo o professor pode dar. A única certeza de Harari é que os políticos não devem ficar com esse poder.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Forum-Economico-Mundial/noticia/2018/01/em-breve-poderemos-hackear-seres-humanos.html

“A inteligência artificial vai tornar os profissionais irrelevantes e ‘hackear’ seres humanos”

A frase é do filósofo e historiador Yuval Noah Harari, autor do best-seller Sapiens – Uma Breve História da Humanidade. Para ele, a IA vai trazer muitos mais efeitos negativos do que positivos no futuro.

A inteligência artificial tem potencial para destruir sociedades e o próprio conceito do que significa ser humano”, diz Yuval Noah Harari, autor dos best-sellers Sapiens: Uma breve história da humanidade e Homo Deus. Para o filósofo e historiador, apesar de as novas tecnologias trazerem alguns benefícios para a humanidade, os efeitos negativos serão maiores, com o desaparecimento de milhares de empregos e até a possibilidade de “hackear” humanos.

A IA foi um dos temas principais da palestra dada por Harari no segundo dia do HSM Expo 2019, que aconteceu hoje (05/11/2019), em São Paulo (SP). Para o filósofo, até 2050 o mercado de trabalho será bem diferente do atual: motoristas de aplicativos, por exemplo, serão substituídos por veículos autônomos. “Todas as funções que têm potencial de resultar em economia para as empresas serão automatizadas”, afirma.

Dentro desse cenário, as pessoas correm o risco de se tornarem irrelevantes para o mercado de trabalho. Será necessário capacitá-las para novas funções, o que deve ser feito por governos e corporações. Mas mesmo isso pode não ser o suficiente. “A cada década, as pessoas precisarão se reinventar novamente.”

Para o autor, mesmo funções que demandam alta capacitação, como a dos médicos, serão substituídas por algoritmos. A razão é que esses profissionais lidam muito mais com dados para a tomada de decisões – diferentemente dos enfermeiros, por exemplo, que precisam de habilidades mais interpessoais com os pacientes.  “Os médicos-robôs vão chegar muito mais rápido do que os enfermeiros-robôs”, afirma.

Harari acredita que o avanço de IA também significa menos privacidade e mais vigilância. As corporações serão capazes de desenvolver algoritmos que compreendam as pessoas melhor do que elas mesmas. “A combinação do conhecimento biológico, poder computacional e análise de dados tornará possível hackear os cidadãos de qualquer país”, diz.

Pode chegar um ponto em que a tecnologia descubra a orientação sexual do usuário antes mesmo do que ele — com o intuito de criar anúncios mais personalizados, por exemplo. “As pessoas precisam se conhecer melhor para não ficar em uma posição vulnerável, em que possam ser manipuladas”, afirmou.

Segundo o autor, os países mais desenvolvidos e as grandes empresas estarão na linha de frente dos avanços da IA, já que têm mais recursos para capacitar e desenvolver as novas tecnologias. “Nós precisamos evitar a concentração de dados em uma única empresa ou país, e criar uma rede de segurança global”, afirmou. “Temos que trabalhar juntos para criar soluções que ajudem nós, seres humanos, a sobreviver a essa nova era.”

Fonte: https://www.ctrltech.com.br/noticia/a-inteligencia-artificial-vai-tornar-os-profissionais-irrelevantes-e-hackear-seres-humanos

https://www.youtube.com/watch?v=_9WfNXCjIH8

“Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis”

Com o avanço da inteligência artificial, Yuval Noah Harari, autor de ‘Sapiens’, prevê que muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não serão mais empregáveis.

Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos na maioria dos trabalhos que hoje existem. Novas profissões irão surgir, mas nem todos conseguirão se reinventar e se qualificar para essas funções. O que acontecerá com esses profissionais? Como eles serão ocupados? Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, pensa ter a resposta.

Em artigo publicado no The Guardian, intitulado O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho, o escritor comenta sobre uma nova classe de pessoas que deve surgir até 2050: a dos inúteis. “São pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis”, diz o historiador.

De acordo com Harari, esse grupo poderá acabar sendo alimentado por um sistema de renda básica universal. A grande questão então será como manter esses indivíduos satisfeitos e ocupados. “As pessoas devem se envolver em atividades com algum propósito. Caso contrário, irão enlouquecer. Afinal, o que a classe inútil irá fazer o dia todo?”.

Uma das possíveis soluções, apontadas pelo professor, são os games de realidade virtual em 3D. “Na verdade, essa é uma solução muito antiga. Por centenas de anos, bilhões de humanos encontraram significados em jogos de realidade virtual. No passado, chamávamos esses jogos de ‘religiões’”, afirma Harari. “Se você reza todo dia, ganha pontos. Se você se esquece de rezar, perde pontos. Se no fim da vida você ganhou pontos o suficiente, depois que morrer irá ao próximo nível do jogo (também conhecido como céu)”.

Mas a ideia de encontrar significado na vida com essa realidade alternativa não é exclusividade da religião, como explica o professor. “O consumismo também é um jogo de realidade virtual. Você ganha pontos por adquirir novos carros, comprar produtos de marcas caras e tirar férias fora do país. E, se você tem mais pontos que todos os outros, diz a si mesmo que ganhou o jogo”.

Para o escritor, um exemplo de como funcionará o mundo pós-trabalho pode ser observado na sociedade israelense. Alguns judeus ultraortodoxos não trabalham e passam a vida inteira estudando escrituras sagradas e realizando rituais religiosos. Esses homens e suas famílias são mantidos pelo trabalho de suas esposas e subsídios governamentais. “Apesar desses homens serem pobres e nunca trabalharem, pesquisa após pesquisa eles relatam níveis de satisfação mais altos que qualquer outro setor da sociedade israelense”, afirma Harari.

Segundo o professor, o significado da vida sempre foi uma história ficcional criada por humanos, e o fim do trabalho não irá necessariamente significar o fim do propósito. Ao longo da história, muitos grupos encontraram sentido na vida mesmo sem trabalhar. O que não será diferente no mundo pós-trabalho, seja graças à realidade virtual gerada em computadores ou por religiões e ideologias. “Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de faz de conta e obedecendo a leis imaginárias? Goste disso ou não, esse já é o mundo em que vivemos há centenas de anos”.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/01/uma-nova-classe-de-pessoas-deve-surgir-ate-2050-dos-inuteis.html

O verdadeiro perigo da tecnologia, segundo o autor de ‘Sapiens’

Yuval Noah Harari afirma que os riscos não estão em uma possível “supremacia e tirania dos robôs”, mas sim no uso que faremos dos avanços tecnológicos.

Quando pensamos nos impactos da tecnologia para o futuro, uma das preocupações comuns tem a ver com os empregos: o que será de nós quando a inteligência artificial for capaz de fazer o que fazemos? Para o historiador Yuval Noah Harari, autor de Sapiens – Uma Breve História da Humanidade e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, esse cenário têm proporção maior do que pensamos. Segundo ele, a tecnologia pode favorecer a formação de tiranias – e não precisa ter vontade própria para isso.

A análise foi feita por ele em um artigo publicado no site The Atlantic. O autor cita, por exemplo, o crescente protagonismo da tecnologia em detrimento do humano. No século XX, o “homem comum” era visto como herói e como a figura mais importante para o futuro. Hoje, termos como inteligência artificial (IA), blockchain e engenharia genética ganham cada vez mais relevância. O resultado disso é um aparente crescimento da insignificância do humano.

O risco apontado por ele, porém, não está na ideia de uma tirania dos robôs sobre os humanos. Ele defende que a tecnologia terá papel central no que diz respeito ao fortalecimento dos regimes ao longo da história. “Nós tendemos a pensar sobre o conflito entre democracia e ditadura como um conflito entre dois sistemas éticos diferentes”, reflete ele. “Mas é na verdade um conflito entre dois sistemas diferentes de processamento de dados”.

Considerando a tecnologia do século passado, a concentração de informação e de poder era ineficiente. “Ninguém tinha a capacidade de processar rapidamente todas as informações disponíveis e tomar as decisões certas”, diz. Por isso, regimes e economias como a da União Soviética padeceram em detrimento a outros como os dos Estados Unidos.

A cada dia, diz ele, essa lógica tende a se inverter. A IA, por exemplo, possibilita que se processe um grande número de informações de forma centralizada – e inclusive funciona melhor dessa forma. Ela também tem mais sucesso conforme a privacidade diminui. Um governo autoritário que ordenasse o mapeamento genético de toda a população, por exemplo, teria incontáveis vantagens e avanços no campo da medicina. E essa é apenas uma das inúmeras possibilidades que podem ser trazidas pela tecnologia e explorada por governos.

“Mesmo que algumas sociedades permaneçam democráticas”, completa o autor, “a crescente eficiência dos algoritmos ainda irá deslocar cada vez mais a autoridade de humanos individuais para máquinas em rede”. Com sistemas capazes de ajudar nas mais variadas decisões, as pessoas tenderiam a ter cada vez menos autonomia sobre suas escolhas. “Mesmo agora, confiamos na Netflix para recomendar filmes e no Spotify para escolher a música que gostaríamos”, diz ele. “Uma vez que começamos a contar com a IA para decidir o que estudar, onde trabalhar e com quem namorar ou até casar, a vida humana deixará de ser um drama de tomada de decisão e nossa concepção de vida precisará mudar”.

Para frear os riscos de disruptura em qualquer um dos dois cenários, o autor diz que é preciso entender desde a mente humana até propriedade dos dados – que tendem a ser o bem mais precioso e o alvo da luta por controle. “Se você acha essas perspectivas alarmantes”, diz ele, “a contribuição mais importante que você pode dar é encontrar maneiras de evitar que muitos dados sejam concentrados em poucas mãos”. Sem qualquer ação de prevenção, diz o autor, os humanos correm o risco de se tornar algo similar a “animais domesticados”.

“Estamos criando humanos mansos que produzem enormes quantidades de dados e funcionam como chips eficientes em um enorme mecanismo de processamento de dados, mas dificilmente maximizam seu potencial humano”, diz ele. “Se não formos cuidadosos, acabaremos com os seres humanos rebaixados usando mal os computadores para causar estragos em si mesmos e no mundo”.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/09/o-verdadeiro-perigo-da-tecnologia-segundo-o-autor-de-sapiens.html

Harari: proliferação de regimes populistas e autoritários pode causar colapso do sistema liberal

Liberdade de mercado, livre comércio e liberdades individuais não vêm mais em um pacote, defende Yuval Noah Harari, autor de Sapiens.

Os regimes populistas e autoritários, que se proliferam pelo mundo, podem resultar no colapso do sistema liberal. Quem defende essa ideia é Yuval Noah Harari, autor dos bestsellers Sapiens e Homo Deus, em artigo ao Financial Times. Se no mundo pós-Guerra Fria quem dominou o mundo foi a visão liberal, agora, políticos e governos autoritários parecem querer romper com o liberalismo, abraçando alguns de seus principais aspectos, mas rejeitando os demais. A questão é se esse grande “buffet liberal”, no qual cada político escolhe “os pratos mais apetitosos”, vai funcionar ou se vai pôr fim ao sistema como um todo.

Durante o século 20, três grandes vertentes tentaram explicar a história da humanidade e oferecer uma visão para o futuro do mundo. A fascista explicava a história como uma luta entre as diferentes nações e imaginava o mundo dominado por um grupo humano que subjugaria a todos os outros. Já os comunistas viam a história como uma luta entre classes e imaginava um mundo com todos os grupos unidos em um sistema social centralizado que assegurasse a igualdade — ainda que isso custasse a liberdade. A visão liberal entende a história como uma luta entre liberdade e tirania, e imagina um mundo onde todos possam cooperar livre e pacificamente, com o mínimo de controle estatal — ainda que isso custasse a igualdade.

O liberalismo saiu vitorioso com o fim da Guerra Fria. “Com isso, a visão liberal se tornou o guia dominante no mundo para entender o passado e um manual indispensável para o futuro — ou era assim que parecia”, escreve Harari. “Agora, regimes populistas e autoritários estão desafiando elementos chave do liberalismo. Será que a visão liberal vai se juntar ao fascismo e ao comunismo na lata de lixo da história?”, questiona.

Ainda é cedo para dizer. O liberalismo, afirma o autor, está em crise, mas poucos regimes estão dispostos a abandoná-lo totalmente. Estamos vivendo a mudança de um “prato feito liberal” para um “buffet liberal”. É difícil entender o que acontece hoje, em parte, porque o liberalismo nunca foi uma coisa só.

O liberalismo exalta a liberdade, mas a liberdade tem diferentes significados em diferentes contextos. Para alguns, o liberalismo implica na democracia e justiça. Outros podem pensar que significa globalização, privatizações, governos enxutos e impostos baixos. Outro grupo poderia associar o liberalismo ao porte de armas e permissão ao casamento gay. “Jair Bolsonaro é liberal? Você teria uma resposta muito diferente de um ativista LGBT e de um economista marxista”, diz Harari.

O autor explica que o liberalismo tem seis componentes principais. Na esfera econômica, prega o livre mercado e livre comércio entre países. No âmbito político, apoia as eleições e a cooperação pacífica entre os países. Na esfera privada, defende as liberdades individuais e a livre circulação de pessoas entre os países.

Nos anos 1990 e início dos anos 2000, era comum entender que há laços entre esses seis componentes — se um país se decidisse pelo liberalismo econômico, não haveria escolha senão aceitar as outras esferas liberais. A ideia era de que não seria possível ter um aspecto do liberalismo sem os demais, porque o progresso em uma esfera dependia das demais e  estimulava o desenvolvimento delas. “A democracia era crucial para o sucesso do livre mercado; as liberdades individuais eram essenciais à democracia e o livre mercado fomentava as liberdades individuais”.

Hoje, ainda que muitos políticos populistas e autoritários descrevam a si mesmos como “antiliberais”, nenhum deles rejeita inteiramente o liberalismo, afirma Harari. Eles rejeitam,sin, a necessidade de abraçar a todos os seus aspectos. Donald Trump, por exemplo, apoia o livre mercado dentro dos Estados Unidos, mas dificulta o livre comércio internacional. A China é favorável ao livre comércio, mas não às eleições. A Grã-Bretanha apoia a democracia, mas deu um passo para trás na cooperação internacional com o Brexit. Viktor Orban, da Hungria, definiu seu regime como uma “democracia não liberal”, argumentando que é possível ter eleições livres sem liberdades individuais. “Um dos pratos desse buffet que quase todos querem, ao menos em teoria, é a paz. Por outro lado, quase ninguém quer a imigração”, diz o autor.

Resta saber se essa abordagem do buffet liberal pode funcionar. Trump vai conseguir promover o livre mercado domesticamente enquanto se afasta do livre comércio global? A Hungria conseguirá manter uma democracia sem liberdades individuais, ou a “democracia não liberal” de Orban é apenas uma forma mais bonita de dizer “ditadura”? A paz internacional pode sobreviver em um mundo com fronteiras se fechando e guerras comerciais se intensificando?

“A abordagem do buffet pode resultar no colapso total do sistema liberal, tanto no nível nacional quanto internacional — e está longe de estar claro o que poderá substituí-lo”, conclui Harari.

Brasil tem de entrar no debate global sobre I.A. e biotecnologia, diz Yuval Harari

Professor da Universidade Hebraica de Jerusalém virá ao Brasil em novembro para participar da HSM Expo 2019

Para Yuval Harari, as máquinas conseguirão identificar o estado emocional das pessoas (Foto: Emily Berl/The New York Times/Fotoarena)

“Nenhum país está acima de tudo.” O recado é do filósofo israelense e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém Yuval Harari, autor de livros best-sellers como Sapiens: Uma breve história da humanidade e também do Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã. Harari refletiu sobre o papel que o Brasil pode ter no século 21. Veja a análise completa abaixo:

“Como um dos maiores e mais diversos países do mundo, o Brasil é vital para a capacidade da humanidade de lidar de forma responsável com desafios como a mudança climática e a ascensão da inteligência artificial (IA). Mas para ter sucesso, os brasileiros devem perceber que nenhum país está acima de tudo. Todos os países compartilham a mesma terra e apenas o céu está acima de todos eles”, afirma o filósofo.

Os grandes desafios que a humanidade enfrenta agora – guerra nuclear, mudança climática e ruptura tecnológica – são todos globais por natureza e só podem ser resolvidos por meio da cooperação global. Espero que o Brasil possa ajudar a fomentar tal cooperação e, em particular, servir de porta-voz para as partes da humanidade que muitas vezes são silenciadas e ignoradas.

“Eu quero promover uma conversa verdadeiramente global sobre os principais desafios que a humanidade enfrenta no século 21: guerra nuclear, mudanças climáticas e o surgimento da IA e da biotecnologia”, diz Harari. “Apenas conversar com pessoas no Vale do Silício, na Europa e em Pequim não é suficiente. Precisamos incluir todos na conversa. Por isso, estou ansioso para vir ao Brasil para ter uma perspectiva diferente e encorajar os brasileiros a assumirem um papel de liderança no debate global.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2019/03/brasil-tem-de-entrar-no-debate-global-sobre-i-e-biotecnologia-diz-yuval-harari.html

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