Ricardo Sena, oficial da aeronáutica assassinado enquanto se dirigia para o Aeroporto, era um irmão em Cristo. Sena levou um tiro na nuca, quando estava indo ao aeroporto rumo à Brasília com uma pasta, que foi levada junto com o celular.
O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (7) e é investigado pela Polícia Civil de São Paulo como latrocínio. O baiano estava em um veículo que foi baleado quando transitava pela Rodovia Miguel Melhado de Campos.
De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro modelo executivo foi ferido de raspão no rosto e ainda conseguiu dirigir até a base da Polícia Militar (PM), no aeroporto de Viracopos, em Campinas, para pedir ajuda. Sena foi baleado na nuca e não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil de São Paulo informou que os criminosos desceram do carro e levaram a maleta e o celular do oficial da Aeronáutica. Ainda não se sabe o que exatmente havia na mala do militar.
A reportagem apurou que o condutor do veículo foi contratado pelo oficial das Forças Armadas para sair de um hotel em Louveira (SP) rumo ao aeroporto, onde o militar embarcaria em um voo para Brasília (DF). Ninguém foi preso, até o momento.
Participação de van
A Polícia Civil de Campinas (SP) apura a participação de uma van no ataque ao carro que terminou com a morte de um oficial da Aeronáutica a caminho do Aeroporto de Viracopos nesta segunda-feira (7). De acordo com o delegado José Glauco Ferreira, que está à frente do caso, já foi identificado que o veículo teria obrigado o transporte executivo a diminuir a velocidade, sendo alvo de diversos disparos de arma de fogo.
“Essa van surgiu na frente, diminuiu a velocidade, fazendo com que o motorista, para não colidir, freasse o carro. A gente não consegue entender ainda essa violência gratuita. Não houve reação, não havia arma”, destaca o delegado, ao citar que o oficial estava desarmado e viajava apenas com seu instrumento.
O chefe da investigação diz que aguarda a alta médica do motorista do veículo para entender as circunstâncias do ataque, e que equipes trabalham também em busca de imagens de câmeras de segurança.
“Ele (motorista) está melhorando do trauma que viveu, então é a peça principal para iniciar nosso trabalho. Vamos identificar possíveis testemunhas e câmeras também”, completou o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).