A Promessa de Jesus que Pouca Gente Entende Por Robson Ramos
No Antigo Testamento, Deus, o Pai, apresenta-Se como o Altíssimo e Consolador, simultaneamente. "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos." Isaías 57:15. Os teólogos, que a tudo complicam, denominaram a isso imanência e transcendência de Deus. Assim, palavras que nos deveriam servir de conforto e ânimo, transformaram-se em mera doutrina de difícil compreensão. Transformaram a maior necessidade prática da igreja hoje, numa mera teoria teológica! O Espírito de Deus não é uma doutrina a ser crida, mas um dom celeste a ser recebido. Felizmente, quando começamos a ler a Bíblia por nós mesmos, verificamos que Davi e Salomão também se referiram a isto, quando declararam que o Deus de Israel é tão grandioso que nem os céus dos céus podem contê-lo, mesmo assim está próximo daqueles que orassem no templo para socorrê-los em tempo oportuno. No Salmo 139, o salmista descreve sua confiança na contínua proximidade espiritual de Deus, que Se mantém sempre perto quer, estejamos nos céus ou no mais profundo abismo, literal e simbolicamente falando.
Jesus, Espírito Consolador No Novo Testamento, Jesus Cristo promete retornar invisivelmente ao coração dos discípulos como Espírito Consolador, junto do Pai, desde que obtivesse permissão dEste. João 14:15-23:
Observe os trechos em negrito: A fim de que esteja sempre convosco: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mateus 28:20. O Espírito da verdade: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6. Vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós: Não se tratava, portanto, de uma outra pessoa! Os discípulos já O conheciam, porque já habitava com eles. Voltarei para vós outros... o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis: Está muito claro que Jesus se referia a Si mesmo e não a outra pessoa. O que Ele estava dizendo é que Ele e o Pai viriam habitar em nosso coração, espiritualmente. Eu estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós: Refere-se apenas a Si próprio e ao Pai, presentes e próximos espiritualmente dos discípulos. Eu também o amarei e me manifestarei a ele: Ele próprio Se manifestaria e não um outro ser ou pessoa divina. Viremos para Ele e faremos nele morada: Note que não prometeu mandar um representante, mas disse que Ele próprio viria, pois, após desvencilhar-se das limitações de Seu corpo humano, teria restituídas as mesmas características do Pai. Detalhe importante! Essa promessa de consolação espiritual através da presença do Pai e do Filho em nosso coração é individual e está condicionada à observância dos mandamentos de Jesus e obediência à Sua palavra. Note a frase condicional anterior: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco..." E ainda: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." Se fizermos, individualmente, a vontade Deus, Ele nos dará consolo através de Sua habitação em nós. Jesus não estava prometendo o envio de uma terceira pessoa divina, que deveria ser adorada pela humanidade como integrante de uma tríade de deuses, ou trindade. Não, não é disso que Ele estava falando. Referia-se à presença divina em nosso coração, a qual também O incluiria, posteriormente à ressurreição. É por isso que, nas epístolas de Paulo, a expressão "Espírito Santo" (termo que se refere a Deus agindo invisivelmente em nosso coração) equivale também a "espírito de Cristo" e "Espírito de Jesus". -- Robson Ramos
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