O que há de errado com a idéia de condicionar a volta de Cristo à pregação do Evangelho?

Como cristãos, não podemos amar os valores deste mundo, contrários à vontade de Deus. Por isso, a Bíblia recomenda “não ameis o mundo“.

Por outro lado, quando o Evangelho afirma que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna, está dizendo que Deus amou a humanidade, os seres humanos por Ele criados, e lhes deu vida eterna pela crença em Jesus Cristo como Seu Filho. Neste caso, a palavra “mundo” nada tem de negativa.

“Esse Evangelho do reino será pregado a todo o mundo e então virá o fim.” Este é um versículo, que entendemos como profético e interpretamos como uma condição para a volta de Cristo, referente à geografia do planeta. Ou seja, quando o Evangelho fosse levado a todos os países do mundo, Jesus poderia voltar. Sob essa justificativa, igrejas recolhem milhões de reais e dólares para a pregação nos campos missionários com o fim de “apressar” a volta de Nosso Senhor.

O problema é que essa missão jamais teria fim, porque não pregamos a lugares mas a pessoas, e enquanto nascerem pessoas nos mais de duzentos países do mundo, a proclamação do Evangelho nunca estará concluída e Jesus Cristo não poderia voltar… Na época de Paulo, o Evangelho já havia sido pregado a todo o mundo e Jesus não voltou!

Como entender então esse texto? Ora, é evidente que também neste caso o termo “mundo” equivale a humanidade. Esse Evangelho do reino será pregado a toda a humanidade e então virá o fim.

Enquanto existir a humanidade, esse Evangelho do reino deve ser anunciado! Enquanto a vida humana, como Deus a criou, reproduzir-se no planeta, o Evangelho deve ser ouvido por todos. E o fim, quando será? O retorno de Jesus Cristo se dará no momento em que a continuidade da humanidade estiver ameaçada, seja por um asteroide gigante em rota de colisão com a Terra, pela invasão e dominação de supostos alienígenas, ou por um ataque nuclear eletromagnético que provoque uma terceira guerra mundial.

Dali para frente, não nascerão mais bebês humanos, a humanidade estará em extinção e a pregação já não será mais necessária. Então o Senhor todo-poderoso mandará Seu Filho para resgatar os que ainda forem seus. Por se multiplicar a iniquidade — a violência, a promiscuidade, o controle de natalidade, o consumismo, o homossexualismo… — o amor de quase todos se esfriará, mas aquele que perseverar em amor será salvo!

Outras ameaças à continuidade da existência da humanidade na Terra são as tentativas de manipulação genética e hibridismo de humanos e animais, o demoníaco transumanismo que mistura homens e máquinas com promessa de vida eterna sem ajuda divina, e a dominação mundial pela elite econômica que faz dos seres humanos meros seres consumidores, incapazes de resistir a uma imposição de sujeição total sob pena de não poderem comprar nem vender. Em qualquer dessas hipóteses, Deus terá de intervir mais uma vez na história humana.

A chamada “porta da Graça” irá se fechar, como ocorreu nos dias de Noé, pouco antes do Dilúvio. E os humanos dignos de uma nova chance em outro planeta ou dimensão celeste, serão então reunidos, resgatados e levados ao encontro do Senhor nos ares. — Robson Ramos

4 comentários em “O que há de errado com a idéia de condicionar a volta de Cristo à pregação do Evangelho?”

  1. A IASD não está levando o evangelho eterno a mundo. Fazer isto significa levar as pessoas a serem discípulos de Cristo e a experimentarem do novo nascimento e não meramente a serem mergulhadas em tanque batismal. Ela é uma grande empresa multinacional e precisa fazer proselitismo religioso de forma a manter seu crescimento.

  2. Compartilho deste ponto de vista.
    Parabéns pela explanação curta e objetiva, todavia, esclarecedora.
    Deus nos ajude a manter-nos de pé até aquele grande Dia.

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