Lição 4 da Escola Sabatina à Luz da Mensagem da Justificação pela Fé de 1888

 

1- O perdão do paralítico (Marcos 2:1-11)

“É importante nos lembrarmos de que todo o bem que Jesus fez em benefício da humanidade, e todo o bem que Ele faz para nós agora, sem o perdão dos pecados e a esperança da vida eterna que vem pelo perdão, qualquer cura, qualquer restauração, qualquer conforto que posamos obter do Senhor, é uma medida apenas temporária, que não resolve nosso maior problema.” Parágrafo da lição de domingo (negrito acrescentado)

O perdão só passa a ser uma solução para o nosso maior problema quando abrange transformação.

Nossos problemas vão além de nossos pecados cometidos, bem como a solução vai além do cancelamento da pena que estes pecados exigem. Nosso grande problema é com respeito nossas tendências herdadas e cultivadas para o mal (nossa natureza carnal e propensa ao pecado). A solução de Deus atinge a raiz deste problema: “Porei inimizade...”.

Quando Jesus disse que tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados, Ele está afirmando duas coisas:

1)     Que tem autoridade para apagar os nossos pecados cometidos, pois já pagou a penalidade por eles;

2)     Que tem autoridade para nos transformar, pois ao assumir a mesma natureza que possuímos, a condenou (Rom.8:3) e a crucificou (Gal.2:20).

É interessante notar que se Cristo tivesse uma natureza semelhante a Adão antes da queda, Sua morte vicária Lhe daria autoridade para perdoar os pecados cometidos, mas e quanto a nossa natureza carnal que é a fonte de todos estes pecados?

A autoridade de Jesus sobre o nosso maior problema vem do fato dEle ter participado da mesma natureza que nós possuímos (Heb.2:14), e em tudo ter sido semelhante a nós (Heb.2:17), sendo tentado em todas as coisas a nossa semelhança, sem nunca ter pecado (Heb.4:15).

No capítulo 7 do livro “Introdução à Mensagem de 1888”, R. J. Wieland explica:

“Jones e Waggoner reconheceram duas fases no dom único da justificação efetuada na cruz de Cristo:

1. Forense, judicial ou legal, feita em favor de todos os homens e realizada inteiramente fora de nós, e;

2. Uma transformação efetiva do coração daqueles que crêem, e que experimentam assim a justificação pela fé.

E.White se regozijou na singularidade desta mensagem, reconhecendo que ia muito mais além dos conceitos dos reformadores ou de seus contemporâneos cristãos:

‘O Senhor em Sua grande misericórdia enviou uma mensagem muitíssimo preciosa a Seu povo mediante os pastores Waggoner e Jones... Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta em obediência a todos os mandamentos de Deus... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento do Seu Espírito Santo em grande medida.’ (TM 91-92).

Estas palavras careceriam de sentido se os mensageiros não tivessem avançado na luz, mediante a maravilhosa descoberta de que a justificação pela fé é mais que uma declaração de absolvição dos ‘pecados passados’ (a compreensão evangélica comum, e também adventista). O coração que estava em rebeldia contra Deus é reconciliado, convertendo assim o crente em obediente a todos os mandamentos. Esta refrescante faceta da verdade é a que tão grandemente alegrou o coração de E.White. Aqueles que em nossos dias se opõe à mensagem de Jones e Waggoner, esforçam-se para argumentar que não há nada de novo nesta mensagem. Vejamos o que Waggoner publicou pouco tempo depois de 1888:

‘É evidente a pertinência da... declaração [de Paulo] de que ‘os que praticam a lei serão justificados’ (Rom.2:13). Justificar significa tornar justo, ou mostrar que alguém é justo... As ações realizadas por uma pessoa pecadora carecem de valor no sentido de torna-la justa, pelo contrário, tendo sua origem num coração ímpio, são atos ímpios, que se somam à sua iniqüidade. Somente o mal pode brotar de um coração malvado, e a multiplicação dos males não pode resultar em nem um só ato bom; portanto de nada adianta uma pessoa ímpia pensar em tornar-se justa por seus próprios esforços. Deve ser feita justa antes de poder fazer o bem que lhe é requerido, e que deseja fazer... O apóstolo Paulo tendo demonstrado que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rom.3:23), de maneira que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dEle (Gal.2:16), declara que somos ‘justificados [feito justos] gratuitamente por Sua graça...’ (Rom.3:24)... É certo que Deus de nenhuma maneira terá por inocente o culpado; não poderá faze-lo e continuar sendo um Deus justo. Mas faz algo muito melhor: tira a culpa de tal forma que quem havia sido culpado não precisa mais ser absolvido: é justificado, e considerado como se nunca houvesse pecado... O ser-lhe tiradas as vestes sujas (Zac.3:1-5) significa fazer passar a iniqüidade de sua pessoa. Vemos assim que quando Cristo nos cobre com o manto de Sua própria justiça, não provê uma cobertura para o pecado, mas tira o pecado. Isto mostra que o perdão do pecado é mais que uma simples formalidade, mais que simplesmente entrar nos registros dos livros do céu cancelando o pecado... Realmente o limpa da culpa; e se está livre da culpa está justificado, feito justo, certamente experimentou uma mudança radical... e assim o perdão pleno e gratuito dos pecados contém em si mesmo esta maravilhosa e milagrosa mudança conhecida como o novo nascimento; ... é ter um coração novo, limpo... Uma vez mais, o que é que traz a justificação, ou perdão dos pecados? É a fé... Esse mesmo exercício da fé faz da pessoa um filho de Deus.” (Cristo e Sua justiça, pág.48-63).

A.T. Jones estava em completo acordo:

“Justificação pela fé é retidão pela fé, já que justificação é ser declarado justo... justificação pela fé, portanto, é justificação que vem pela palavra divina... A palavra de Deus leva em si mesma seu cumprimento... A palavra de Deus pronunciada por Jesus Cristo, é poderosa para chamar a existência aquilo que não existia antes de ser pronunciada... Na vida do homem não há justiça... Mas Deus por Cristo tem estabelecido a Cristo para declarar justiça ao homem e sobre o homem. Cristo ‘pronuncia somente a palavra’, e no vazio obscuro da vida do homem surge a justiça para todo aquele que a recebe... A palavra de Deus recebida pela fé... produz justiça no homem e na vida de quem jamais a teve anteriormente: precisamente como na criação em Gênesis... ‘Justificados [feito justos] pela fé [confiando e dependendo somente da palavra de Deus], temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo’ (Rom.5:1).” (Review and Herald, 17/01/1899).

“O homem não deve simplesmente converter-se em justo pela – dependendo da palavra de Deus – senão que deve ser justo, deve viver pela fé. É exatamente da mesma forma que o homem se converte em justo, que deve viver como um homem justo (pela fé).” (Id. 07/03/1899).

“Aqui está a palavra de Deus, a palavra da justiça, a palavra da vida, para você agora, ‘hoje’. Serás feito justo por ela agora? Viverás por ela hoje? Isto é justificação pela fé. É a coisa mais simples do mundo.” (Id. 10/11/1896).

 

2- Perdão e auto-estima (Lucas 5:1-11)

“Leia o verso 8. Pedro disse a Jesus: ‘Afasta-Te de mim", porque eu sou pecador’ (NVI). Não é exatamente porque somos pecadores que devemos desejar que Jesus esteja conosco? O que estas palavras revelam sobre a ignorância de Pedro (por mais que fosse compreensível naquele tempo) a respeito da missão de Cristo?” – Parágrafo da lição de segunda-feira (negrito acrescentado)

 

Com este pedido (Luc.5:8), Pedro estava refletindo um pensamento muito comum naquela época, e que perdura na mente de muitos até os dias de hoje: “Precisamos fazer algo para merecer a companhia de Deus em nossas vidas.”

 

Os escribas e fariseus mantinham uma série de formalidades exteriores que os distinguiam das demais pessoas fazendo com que se sentissem superiores e merecedores dos favores divinos, e dando a entender ao povo de que se eles não se esforçassem para serem como eles, Deus não se dignaria a ajuda-los.

 

Tais conceitos legalistas foram perpetuados pelo sistema religioso promovido pela igreja católica. As pessoas que, mediante grande esforço e renúncia pessoal, se adequam a todo cerimonialismo imposto, automaticamente se sentem melhores do que aqueles que não conseguem faze-lo (confissões, penitências, rezas repetitivas, sinal da cruz, missas, procissões, etc.). Chegam até crer que a bíblia em algum lugar afirma: “Esforça-te que Eu te ajudarei” (Alguém pode me dizer onde está isto na bíblia?).

 

Por outro lado, estes conceitos distorcidos do evangelho da graça favorecem o “culto à personalidade”. As pessoas começam admirar e até idolatrar àqueles que demonstram possuir “grande piedade”, como possuidores “inerentemente” de uma natureza “mais espiritual” do que os demais. É interessante notar que o mundo evangélico (e até muitos adventistas) tem ajudado a difundir estes falsos conceitos.

 

Você já ouviu algo parecido com isto: “O pastor Bullón é demais!” ; “Que homem consagrado!” ; “A oração dele é muito poderosa!” ; “Aquele irmão já leu a bíblia 30 vezes” ; “Ele tem um bom coração”...

 

Declarações como estas tem sua origem nos mesmos conceitos que levaram Pedro a dizer para Jesus: “Afasta-te de mim porque sou um pecador”, ou seja, “Um escriba e fariseu merecem Sua presença e favores, pois são mais dignos que eu”.

 

A bíblia é muito clara ao afirmar que “não há um justo, nem um sequer” (Rom.3:10), pois “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rom.3:23).

 

É por este motivo que de Jesus é dito que “recebe pecadores e come com eles” (Luc.15:2), pois declarava: “Não vim chamar os justos, e sim, os pecadores ao arrependimento” (Mat.9:13); “o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Luc.19:10).

 

Mas cuidado! O apóstolo Paulo adverte: “Permaneceremos no pecado para que a graça aumente? De modo nenhum!” (Rom.6:1-2). O Senhor não quer somente perdoar nossos pecados no sentido de apaga-los, mas quer “nos purificar de toda a injustiça” (I Jo.1:9). Deus nos ama e nos aceita como estamos (pecadores), mas nos ama demais para permitir que continuemos assim. A graça de Deus é tudo para nós, e a única diferença entre um pecador e um justo é Cristo.

 

 

3- A mulher adúltera (João 8:1-11)

“As palavras de Cristo para ela não terminam com o perdão. Ele a advertiu a não pecar novamente. Ele não disse: ‘Não faça isso novamente, e eu não vou condená-la mais.’ Ao contrário, o perdão veio antes do chamado para a obediência. Não é assim que funciona a vida cristã? Primeiro Deus perdoa nossos pecados, um ato de total misericórdia de Sua parte (como foi para com a mulher apanhada em adultério); depois, como resultado do perdão, somos motivados e capacitados a viver em obediência, não a fim de sermos perdoados, mas porque já fomos perdoados. Se fosse de outro modo – isto é, se as obras e a obediência viessem primeiro, e o perdão em seguida, como resultado – o perdão não seria pela fé, mas pelas obras.” – Parágrafo da lição de quarta-feira (negrito acrescentado)

 

“Nós somos mais semelhantes a Jesus quando perdoamos ou quando conseguimos perceber o pecado em outras pessoas?” – Pergunta nº1 da parte “Perguntas para a Consideração” da Edição do Professor

 

Disposição em perdoar pode muitas vezes ser confundida com passar por alto o pecado, fazer vistas grossas, ser conivente com o erro.

 

Aqueles que estão conscientemente vivendo em pecado e não pretendem abandona-lo, cobram das pessoas uma atitude tal como: “Eu também não te condeno”. Chegam até a afrontar em tom de desafio: “Aquele que não tiver nenhum pecado que atire a primeira pedra”. Como é fácil torcer as escrituras para adequá-la aos nossos interesses mesquinhos e pecaminosos!

 

Quando Jesus disse isso para a mulher pega em flagrante adultério, não estava “tendo por inocente o culpado”, mas estava sendo “misericordioso e compassivo, tardio em irar-se, usando de beneficência, perdoando a iniqüidade, a rebeldia e o pecado” (ver Exo.34:6-7).

 

O fato de o Senhor ser paciente com os pecadores, não transforma a iniqüidade, a rebeldia e o pecado em algo aceitável. O fato dEle ser tardio em irar-se não significa que o pecador impenitente nunca sofrerá Sua ira. Vamos parar de usar textos como estes para encobertar o pecado sendo covardemente omissos quando sabemos que há pecado no arraial impedindo que as bênçãos de Deus e escancarando a porta para o diabo.

 

Aquela mulher não precisava ser mais acusada do que já estava sendo; não precisava de alguém que lhe avivasse a consciência para sua condição de culpabilidade mais do que já estava lhe haviam feito. Convicta de seu pecado e de sua culpa é surpreendida com o amor misericordioso e compassivo de Jesus adiando sua condenação. Este amor era o único poder no universo capaz de leva-la ao verdadeiro arrependimento e transformação de vida, possibilitando que aquele adiamento temporário se tornasse definitivo, mediante a graça advinda dAquele que levaria, em seu lugar, toda a ira de Deus sobre Si mesmo.

 

É exatamente isto que Cristo continua fazendo na vida de cada um de nós mediante a cruz. É por causa do sacrifício do Filho de Deus em nosso lugar que todos temos o adiamento da Sua ira sobre o pecado. Este adiamento concedido com base no amor com que Deus nos ama enquanto ainda pecadores (Rom.5:8) é que nos possibilita esta vida atual. E é justamente neste período de graça que nos é concedido que o Senhor procura nos constranger com o Seu amor. Se não recusarmos sua oferta de graça, este adiamento temporário se tornará definitivo.

 

 

4- “Pai, perdoa-lhes” (Lucas 23:34)

Na parte de quinta-feira encontramos a seguinte pergunta:

“O Pai respondeu incondicionalmente à oração de Cristo? Aquelas pessoas foram perdoadas automaticamente? Se não, por quê?”

Em seguida três versos são sugeridos para leitura:

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 João 1:9)

Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. (Rom. 3:28)

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rom. 8:1)

O perdão proporcionado pela cruz de Cristo foi para benefício de toda humanidade, ou somente aqueles que aceitassem o dom é que seriam beneficiados?

O Pr.Wieland explica no capítulo 1 de seu livro “Iluminados por Sua glória”:

“O calvinismo afirma que Cristo morreu somente pelos eleitos. O arminianismo protesta e assinala que morreu por ‘todos os homens’, porém, por sua vez, especifica que fez algo somente ‘provisional’ e assim, é possível que ‘todos os homens sejam justificados se tomam a iniciativa de fazer bem certa coisa. Se o pecador não aproveita o oferecimento, então a morte de Cristo não significou nem significará nenhum bem para ele. Tal é a idéia geral que nosso povo veio sustentando.

Os mensageiros de 1888 viram que a cruz significou muito mais que uma mera provisão, em espera da iniciativa do pecador. Cristo fez algo por cada ser humano! ‘Todos os homens’ devem sua vida atual ao sacrifício de Cristo. A salvação do homem depende da iniciativa de Deus, e a condenação depende da iniciativa do homem. [Ver Caminho a Cristo, pág. 27.] Quando o pecador ouve as boas novas e as crê, responde à iniciativa de Deus, e experimenta assim a justificação pela fé.

É aqui onde o conceito de 1888 da justificação pela fé põe em evidência um tipo sutil de legalismo não reconhecido anteriormente. Na pura justificação pela fé que o Novo Testamento apresenta,  ‘a jactância ... é excluída’ (Rom 3.27), porém segundo o ponto de vista popular, o fator chave é a iniciativa do pecador. Pode dizer: [eu] aproveitei o oferecimento, [eu] aceitei a provisão, [eu] fiz a decisão que me levará ao céu. O sacrifício de Cristo não me fez nenhum bem, até que [eu] tomei alguma determinação a respeito. Assim está subjacente um pensamento egocêntrico, e um resíduo de legalismo subliminar.

Essa idéia revela uma trágica carência. Cristo provou realmente a Segunda morte ‘por todos’, e fez propiciação pelos pecados ‘de todo o mundo’ (Heb. 2.9; 1 Jo 2:2). Os pecados de ‘todos os homens’ Lhe foram legalmente imputados em Sua morte, de forma que ninguém até agora teve que suportar a plena carga de sua culpabilidade (Rom 5.16-18; 2 Co 5.19).

O resultado é que ‘todos os homens’ vivem porque Ele morreu por eles, quer creiam ou quer não (2 Co 5.14-15). A cruz do calvário está ‘estampada’ em cada pão. Isso significa que tanto santos como pecadores comem seu alimento diário sendo nutridos pelo sacrifício de Cristo (EGW, DTN 660). Ele ‘trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho’.(2 Tim 1.10). A vida a ‘todos os homens’. A imortalidade, porém, aos que crêem.

Isto não significa que todos os homens serão salvos contra sua vontade. É possível depreciar e rechaçar  o Dom que Cristo deu ‘a todos os homens’. Ele não vai forçar a ninguém. Porém os mensageiros de 1888 explicaram que quando o pecador ouve e crê nessas boas novas, sua experiência de justificação pela fé o TORNA então ‘obediente a todos os mandamentos de Deus’ [i. é: justo], incluindo o Sábado do quarto mandamento. Tal é o único resultado possível, quando um pecador se aferra à justiça de Cristo mediante uma fé inteligente, esclarecida. Não é maravilha que E. White sentisse tanto prazer ao ouvir a mensagem pela primeira vez ... A única razão pela qual um pecador possa perder-se é porque toma a iniciativa de depreciar e rejeitar a justificação que se lhe tem já dado e que se pôs em suas mãos (ver João 3.16-19; 12.48). [Caminho a Cristo, pág. 27].

Assim, a mensagem de 1888 vê o pecado numa luz muito mais séria do que é comum entre muitos adventistas. Não é um passivo ‘não fazer nada’. O pecado é tão terrível que significa a resistência e a rejeição contínuas da graça salvífica de Deus. ...

Quando alguém compreende e crê quão boas são as boas novas, se dá conta de que é fácil ser salvo e difícil perder-se.

A salvação não depende de que busquemos e achemos a Deus (que é o elemento comum a toda religião pagã no mundo), senão de que creiamos que Ele nos está buscando e nos achou. O Espírito Santo é mais forte que a carne (Gál. 5.26-27) e a graça superabundou muito mais do que possa abundar o pecado. (Rom. 5.20).

Em outras palavras, a mensagem de 1888 eleva o amor de Deus como Salvador, muito mais alto que a categoria de algo meramente provisional. Não o apresenta ante o pecador como uma oferta casual de ‘é pegar ou deixar’, ‘se não aproveitas a oportunidade, tanto pior para você’. Não. Cristo Se apresenta como o Bom Pastor que está buscando ativamente a cada ovelha perdida ‘até que a encontra’ (Luc 15.4). É precioso que o pecador ouça novas tão boas quanto essas... Não somos salvos fazendo promessas a Deus, mas crendo nas promessas que Ele nos faz [Ver João 6.29 e Atos 16.31.] ...Portanto, a noção de 1888 da ‘perfeição’ não consiste num anelo por segurança motivado pelo temor, senão numa preocupação centrada em Cristo, no sentido de cooperar para que Ele receba Sua recompensa.”

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