Criança que Não For Boazinha Não Entrará no Céu?

Comentários da Lição 8, para 22 de março de 2003, à Luz da Mensagem de Justificação pela Fé, de 1888.

 

Observação: É possível que alguém, lendo desatentamente os nossos comentários a respeito das lições deste trimestre, tenha chegado à conclusão de que estamos promovendo o desprezo à importância e validez da lei de Deus. A estes desejamos dirigir algumas palavras, antes de prosseguir no estudo e revisão da lição 8: "A Lei da Aliança". Assim como os demais adventistas, nós cremos que a eterna lei de Deus, a expressão do Seu caráter de amor, é válida "a todas as pessoas, em todas as épocas" (Crenças Fundamentais, número 18) e que é missão do anticristo e não de Jesus "mudar os tempos e a lei" (Daniel 7:25). No entanto, buscamos manter a ênfase das Escrituras a respeito do assunto dando grande importância ao fato de que é Deus, e não nós mesmos, quem "opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13).

Assim, não concordamos quando a Lição afirma que a obediência é nossa parte no concerto, pois não é possível que o pecador alcance a justiça exigida pela lei sem o poder de Deus, que é recebido somente quando já temos o concerto firmado com Ele. A promessa do eterno concerto é de que Deus fixa profundamente a Sua lei no "interior" e no "coração" daquele que crê, pondo-as no seu "entendimento" (Jeremias 31:33; Hebreus 8:10, 10:16).

Se "Noé tinha que obedecer a fim de receber as bênçãos da graça de Deus" (Lição, 4 de fevereiro) então já não necessitava da graça nem de suas bênçãos (ver Romanos 8:3 e 4). Ao contrário disto, Noé tinha que receber primeiro as bênçãos de Deus para então ser capaz de obedecer;  e tudo isto através da "fé que opera pelo amor" (Gálatas 5:6).

As palavras de Ellen White expressam corretamente o ensino bíblico a respeito: "A obra do pecador não é fazer paz com Deus mas aceitar a Cristo como a sua paz e justiça. Assim o homem se torna um com Cristo e com Deus" (Para Conhecê-Lo, pág. 112). "Você tem que receber a Cristo como a seu Salvador pessoal e tem que crer nEle. Receber e crer é sua parte no contrato" (ELLC 12). Não somente algumas mas "todas as nossas boas obras dependem de um poder que não está em nós" (Parábolas de Jesus, pág. 160). Toda a vida do cristão deve ser de constante conversão, sempre dizendo: "Não eu... mas Cristo" (Gálatas 2:20) e "Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade" (Marcos 9:24). Que a nossa vida seja de total dependência de Deus, sempre permitindo que Ele realiza a Sua vontade em nós, certos de que "o sangue de Cristo... purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo" (Hebreus 9:14).

Que, pela graça de Deus, sigamos o exemplo de Cristo: "O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma", "Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma... não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai que Me enviou" (João 5:19, 30). Cristo era total e integralmente dependente do poder de Seu Pai  operando através dEle para fazer o que fez. O Pai revelava Sua vontade em Jesus, que disse: "Porque Eu desci do céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou.” (João 6:38). Que esta seja a nossa oração contínua: "Não seja como Eu quero, mas como Tu queres... faça-se a Tua vontade" (Mateus 26:39, 42).

 

Introdução

À medida em que vamos estudando a Lição deste trimestre, "A promessa: A eterna aliança de Deus", o Senhor permitiu que certos conceitos fossem percebidos com maior nitidez. Muitos grupos de estudo estão dedicando tempo ao assunto dos concertos. Não somos imunes ao perigo de tomar posturas equivocadas e ignorar a verdade novamente. Com isto temos atrasado a plenitude do derramamento da chuva serôdia e a proclamação do alto clamor. A segunda vinda do Senhor tem sido retardada.

(1) Todos os que vêem o evangelho como a verdade fundamental da "mensagem do terceiro anjo, em verdade", desejam e oram pela fim de toda diferença, e pela unidade e completa harmonia na igreja. Isto ocorrerá quando nós aceitarmos esta importante verdade do concerto eterno.

(2) A verdade fundamental da mensagem que Deus confiou à Igreja Adventista do Sétimo Dia, a fim de que seja proclamada ao mundo, é precisamente o novo concerto. Somente as eternas boas novas podem reconciliar os corações que estão separados de Deus. O novo concerto é a mensagem de Elias", que "converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais" (Malaquias 4:6) antes que o juízo seja executado. O novo concerto é terreno sagrado: devemos andar por ele com cuidado, humildade e respeito. A irreverência ou o descuido podem levar a conseqüências fatais. Não há nenhum lugar para a brincadeira e para a ironia.

(3) A mensagem de Apocalipse 18 que irá iluminar a Terra com a sua glória é a verdade do novo concerto, assim como a mensagem levada pelos apóstolos no dia de Pentecostes. A compreensão dos concertos que o Senhor nos deu em 1888 foi como uma brisa fresca, como uma agradável orvalho que deveria ter se estendido por cada igreja, trazendo convicção a todos os corações sinceros. A Bíblia esclarece que irá que chegar a "toda nação", o que sem dúvida inclui o Islã, o Budismo, etc.

(4) Esta mensagem não é dirigida somente à igreja, mas sim está previsto que alcance o mundo todo. Deus confiou a "preciosa mensagem" de verdade à igreja remanescente, tal como enviou o Seu Filho unigênito ao povo judeu, que O rejeitou, expulsando-O do mundo através do assassinato, por considerar que a Sua influência menosprezava a autoridade da igreja e a obediência à lei. Ellen White afirma que nós fizemos a mesma coisa "em grande medida", com a preciosa verdade do terceiro anjo, mantendo-a afastada do mundo e da igreja.

(5) O velho e o novo concertos não podem ser confundidos, sem se comprometer seriamente a verdade do evangelho. Paulo não gostava de discussões mais que qualquer um de nós, mas quando precisou se dirigir aos gálatas, disse a respeito dos que queriam permanecer na confusão do velho concerto: "Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós" (Gálatas 2:5).

(6) A confusão sobre o velho concerto é diretamente responsável pela mornidão (indiferença espiritual) que predomina nas igrejas do mundo inteiro. Não é um fenômeno cultural, visto que afeta tanto às igrejas do terceiro mundo como às da Europa e América. A causa não é o dinheiro, porque os pobres certamente não estão imunes a ela. A mornidão é uma doença universal do coração humano, um vírus que só pode estar presente e se desenvolver quando o novo concerto está ausente. É como as doenças que só afetam aos que estão desprotegidos por não possuírem certos nutrientes.

(7) Uma resposta de fé às promessas do novo concerto (como a resposta de Abraão), transforma individualmente as pessoas, e também as igrejas como corpo de Cristo. Nestes últimos dias, compreender e crer nas promessas do novo concerto prepara um povo para dar as boas-vindas a Jesus em Sua segunda vinda. É imensamente importante distinguir entre o novo e o velho concertos. A igreja Pioner Memorial, em Berrieng Springs (Michigan, EUA) decidiu dedicar três sábados à tarde neste trimestre ao estudo deste assunto crucial.

(8) Compreendido em seu contexto, a "preciosa mensagem" que o Senhor nos enviou em 1888, é efetivamente a mensagem do novo concerto que Deus dispôs para iluminar a Terra com a Sua glória, com a glória da salvação "pela graça... por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8 e 9). É a única mensagem que pode ter como resultado as "obras vivas" (ou "obras da fé"). Toda suposta obediência que não seja o resultado de receber as promessas, mas que pretenda ser a forma de recebê-las, está condenada a se tornar "obras mortas" (Hebreus 6:1; 9:14). O velho concerto pretende "obedecer" para obter o favor divino. O novo concerto recebe a salvação em Cristo pela fé, a fim de obedecer. A pedra fundamental do novo concerto não é "nossa obediência", mas "O SENHOR, JUSTIÇA NOSSA" (Jeremias 23:6).

 

Comentários históricos

Para ilustrar os argumentos absurdos utilizados no período de 1888-1897, reproduzimos fragmentos de um editorial da Review and Herald -Revista Adventista, em inglês- escrito por Urias Smith, e a seguir o comentário de Ellen White.

É preciso relembrar que naquela crise, todos pretendiam crer e aceitar a "justificação pela fé". O artigo corresponde à revista de 11 de junho de 1889 (seis meses depois da Conferência de Mineápolis). Tem como título: "Nossa justiça". A argumentação é típica do pensamento dos dirigentes que se opuseram à mensagem que o Senhor nos enviou através de Waggoner e Jones em Mineápolis. Urias Smith escreveu:

A lei é espiritual, santa, justa e boa; a norma que Deus estabeleceu para alcançar a justiça. A perfeita obediência a ela desenvolverá justiça, e este é o único caminho para que as pessoas possam alcançar a justiça... O pecado não só rompeu a união entre o homem e Deus, mas colocou o homem dentro de uma natureza tal, que deve ser substituída por outra antes de que ele possa voltar para o caminho da obediência... Cristo entra e fecha a brecha que havia entre nós e Deus ao prover um sacrifício para pagar os pecados passados, e nos dar uma nova natureza espiritual”...

“O objetivo total da obra de Cristo por nós é nos levar até a lei, para que a sua justiça possa se cumprir em nós por nossa obediência a ela... devemos ter uma justiça, para chegar ao reino dos céus, que é chamada ‘nossa justiça’, e esta justiça chega a estar em harmonia com a lei de Deus”...

“Então existe uma justiça que precisamos ter, que se assegura ao cumprir e ensinar os mandamentos” (U. Smith, R&H, 11/6/1889).

Pouco tempo depois da publicação deste editorial perguntaram a Ellen White a sua opinião sobre o artigo de Urias Smith. Ela respondeu: "O irmão Smith não sabe do que está falando" (Citado por G. W. Reid, ex-diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica, em Ellen White e Mineápolis).

Não é possível mudar a nossa história. O plano da salvação está em contínuo desenvolvimento, e necessita ser revelado e demonstrado na sua plenitude. É necessário neutralizar todo o esforço feito pelo "grande dragão" para confundir o povo de Deus. A confusão sobre o assunto dos dois concertos provocará a maior sacudidura de todos os tempos. A luz que o Senhor nos deu em Mineápolis é a única maneira de defender a obediência à lei de Deus sem cair no legalismo.

 

Comentários da Lição

A lição de domingo (dia 16) nos fala da salvação como uma oferta. É isto mesmo; mas não é só isso. Em uma simples oferta, a importância cabe a quem a aceita ou a rejeita (e o orgulho está presente); mas se compreendermos a salvação como um dom ou uma dádiva a importância corresponde a Deus, o Doador. "E este será o Seu nome, com o qual Deus O chamará: o Senhor, Justiça Nossa" (Jeremias 23:6). Deus amou o mundo de tal maneira, que DEU o Seu Filho unigênito... Leia com muita atenção Romanos 5:14-21 e veja se é uma simples oferta, ou um dom. Como a Lição afirma, Cristo morreu por toda a humanidade. Deus DEU algo a todo o mundo, e se esperava que o povo do Israel tornasse isto conhecido por todos. O amor de Deus, o sacrifício de Cristo, ambos foram –e são- incondicionais. A condição para recebermos a bênção é a fé genuína.

Será que a lição de quinta-feira (dia 20) ajuda a distinguir entre o velho concerto –que produz escravidão- e o novo, o único que traz a salvação? É certo que o velho concerto está cheio de condições de obediência, mas não devemos misturá-lo com o novo, porque "Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre", "Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, fá-lo pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Gálatas 4:30; 3:5 e 6).

Gostaríamos de ver referências a Gálatas ou a Romanos em uma lição dedicada à "Lei da Aliança". Vemos três referências a Romanos a uma a Gálatas, e destas somente uma fala sobre a lei (Romanos 8:3 e 4). Nós adventistas, que acreditamos viver sob o novo concerto , não podemos estudar este tema somente a partir da Torá (os livros de Moisés). Não é que desprezamos o Antigo Testamento, mas nele lemos claramente: "Olho por olho e dente por dente"... Certamente, não temos nada contra a epístola de Tiago, mas a sabedoria divina decidiu que a Bíblia possuiria  13 ou 14 epístolas d Paulo e somente uma de Tiago; o que sem dúvida indica que Paulo, o mestre da lei convertido ao evangelho, foi o agente que Deus escolheu de uma forma especial para revelá-lo a outros.

 

Exemplos de Idéias do Velho Concerto

Veja o que diz I Promise God -Eu Prometo a Deus- um livro para os Missionários Voluntários (hoje Desbravadores): "O voto dos Missionários Voluntários é uma corajosa promessa que você faz a Deus" (pág. 11, 1963). 

A idéia de que os conceitos do velho concerto são bons para as crianças pode ser vista no seguinte texto de Psalms For Tiny Tots -Salmos Para os Pequeninos (Review and Herald):

[A figura mostra Jesus em pé com os Dez Mandamentos]: 

"Eu irei murmurar em teus ouvidos [Jesus diz]:

Como Eu te amo, querida criança.

Me prometa que tu irás ser verdadeiro

Em cada detalhe do que tu fizeres."

[Na próxima página, há uma figura que mostra crianças diante dos Dez Mandamentos como a porta para o céu]: 

"Eu prometo que irei obedecer

Seus Dez Mandamentos cada dia.

Eu prometo que nunca irei

Onde Seus mandamentos me dizem 'não'.

Eu prometo que sempre irei percorrer

O caminho pelo qual os Seus mandamentos conduzem."

Mas cedo ou tarde a criança tropeça, e se esquece do que prometeu. Então vem o que Ellen White descreve: "Vossas promessas e resoluções são como palavras escritas na areia. Não podeis dominar os pensamentos, os impulsos, as afeições. O conhecimento de vossas promessas violadas e dos votos não cumpridos, enfraquece a confiança em vossa própria sinceridade, levando-vos a julgar que Deus não vos pode aceitar" (Caminho a Cristo, pág. 47). Isto é provocado pela auto-reprovação e desencorajamento espiritual que o Dr. Roger Dudley descreve em Why Teenagers Reject Religion -Por que os Adolescentes Rejeitam a Religião- nas págs. 9-17: "Eu sou um fracasso; não sou bom o suficiente para morar no céu".

No entanto, "o que deveis compreender é a verdadeira força da vontade. ... O poder da escolha deu-o Deus ao homem; a ele compete exercê-lo. Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas afeições; mas podeis escolher servi-Lo". Mas a escolha não pode ser feita com inteligência se a motivação centralizada no amor ágape está ausente. Uma motivação egocêntrica (ameaças se você desobedecer) não possui nenhum poder ou eficiência quando a tentação vem (e ela certamente virá).

A seguir, é apresentado um conceito que é o centro da idéia hindu (pagã) a respeito do karma:

[A figura mostra uma garotinha atarefada passando roupas]:

"Ajudando mamãe ela fica muito feliz

Ao fazer toda a sua tarefa doméstica.

Eu sei que isto deixa Jesus alegre.

Isto ajuda para quando eu fizer alguma coisa má."

O autor deste livro para crianças era um homem muito bom e sincero. Ele aparentemente nunca teve a oportunidade de conhecer a visão de 1888 sobre os dois concertos, ou sua história. Tudo isto estava encerrado nos arquivos. "Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 235). O autor não pode ser declarado culpado disto, bem como muitas outras pessoas que ensinaram estes conceitos errôneos. Mas não podemos nos esquecer do grande número de crianças que foram levadas sem necessidade à "escravidão" como resultado de serem ensinadas nestas idéias do velho concerto.

 

Tira-dúvidas:

(1) Não é certo que "temos que obedecer"? Acaso a Bíblia não ensina a obediência aos Dez Mandamentos?

Não obedecemos porque "temos que obedecer". A noção de "ter que" sugere imediatamente a motivação do medo de perder algo, que é o princípio subjacente do velho concerto. Se você "tem que fazer" algo, existe a idéia latente de que caso não o faça, é merecedor da correspondente maldição.

Obedecemos porque nossos corações foram postos em comunhão (ou harmonia) com o coração de Deus; Ele ama a Sua lei, e nós também. Abraão foi chamado de "amigo de Deus". Ambos estavam unidos na experiência do amor entre um pai e seu filho. Você ficava atemorizado quando era criança, diante das ameaças e maldições de seu pai terreno? Temia ser destruído se cometesse um equívoco? Abraão não foi coagido a estar "sob a lei". Como Maria Madalena, como Estêvão, como Paulo, João etc., ele se sentiu motivado pelo amor de Cristo, e os que respondem hoje com uma fé como a de Abraão, estão vivendo sob o novo e eterno concerto. E com certeza, são os únicos que obedecem (Gênesis 26:5).

(2) Deuteronômio 28:15-68 contém uma lista de maldições que o Senhor prometeu trazer sobre Seu povo se este não obedecesse. Não são acaso a "Palavra de Deus" como as promessas do novo concerto que fez a Abraão?

Sim. Quando Israel, no Monte Sinai, rejeitou o plano "A" do Senhor, em Sua misericórdia e paciência teve que implantar o plano "B". O velho concerto veio a ser seu pedagogo, instrutor ou "aio" para levá-los de volta até onde Abraão esteve: a fim de serem justificados pela fé (Gálatas 3:24). Se o Seu povo não quisesse segui-Lo, Deus estaria disposto a rebaixar-Se e continuar com eles da melhor forma que pudessem. A fidelidade de Deus impediu que Ele os abandonasse em sua descrença e justiça própria. Assim começou o longo rodeio de anos e séculos, pela própria escolha do Seu povo. Como nação, Israel fracassou, se bem que sempre houve aqueles que escolhessem crer nas promessas do novo concerto. Paulo se destacou em compreender o significado desta parte da história sagrada (Gálatas 3:15-25).

(3) Paulo utiliza o termo "lei", em Gálatas e Romanos, para se referir à instrução contida nos livros de Moisés. Esta coleção de instruções não é tão inspirada como as promessas do novo concerto feitas a Abraão?

Certamente. Tudo o que o Senhor comunicou é inspirado. Se dúvida as ameaças e maldições inspiraram grande parte da obediência. Houve notáveis reavivamentos produzidos debaixo da mentalidade no velho concerto na época dos reinos de Israel e de Judá, que no entanto terminaram sempre no esquecimento. Em contraste, a "mensagem do terceiro anjo, em verdade" é o novo concerto, visto que está baseado na motivação da cruz, isenta de egoísmo, de temor ao castigo, ou desejo de recompensa, e está destinada a um futuro glorioso e duradouro.

(4) A lei dos Dez Mandamentos não é a base dos dois concertos? Isto significa que o concerto eterno estabelecido por Deus, e o concerto humano temporário iniciado pelo povo ao pé do Sinai são iguais?

No velho concerto, a lei estava escrita em tábuas de pedra. Como Paulo diz em II Coríntios 3, era um "ministério de morte" ou de "condenação". No novo, a lei é escrita por Deus nos corações daqueles que crêem. A motivação é o assunto crucial. A última mensagem que será dada ao mundo é a do quarto anjo de Apocalipse 18, que na realidade é uma repetição do segundo.

À medida em que nos aproximamos do fim o chamado soará cada vez com maior poder: "Sai dela [de Babilônia], povo Meu" (Apocalipse 18:4). Os corações ficarão mais impressionados pelo Homem do Calvário, em Seu ministério como Sumo Sacerdote no lugar santíssimo do santuário celestial. O grande centro da mensagem será Cristo, e Cristo crucificado. O amor de Jesus nos motivará. A nossa preocupação será a honra dAquele que deu a Sua vida por nós. Multidões compreenderão em um breve espaço de tempo o que durante décadas estamos tentando mostrar.

Queira Deus que este dia chegue em breve! -- Tradutor: Matheus. E-mail: EvangelhoEterno@aol.com

 

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