Cuidado, Seu Pastor Pode Surtar a Qualquer Momento!

 

O título acima pode parecer irônico ou desrespeitoso, mas estamos falando sério. De vários Campos do Brasil, chegam-nos notícias de pastores à beira de um ataque de nervos, cujas ovelhas temem que em um dia de fúria, depressão ou desespero, aconteçam fatos mais graves do que alguns dos que já noticiamos aqui.

Há pastores estressados, com os nervos em frangalhos e a família a ponto de implodir. Pastores em tratamento psicológico e psiquiátrico. Pastores com freqüentes crises de depressão, que se desmancham em lágrimas durante os sermões. Pastores dependentes de remédios de tarja preta, sujeitos a seus efeitos colaterais. Casos isolados, mas não raros, de pastores que até pensam em suicídio...

Na maioria dos casos, o desequilíbrio se deve a intensos conflitos interiores de homens que, um dia, sentiram-se chamados por Deus para uma missão especial, mas hoje se vêem massacrados por uma Organização que os oprime com freqüentes cobranças numéricas: alvo de dízimos, de ofertas, de batismos, etc. Imaginaram que trabalhariam diretamente para Deus, mas já se desiludiram, percebendo-se meros funcionários de uma Empresa IASD, Instituição Arrecadadora do Sagrado Dízimo.

Outros vêem-se em crise por serem obrigados a agir injustamente, de modo contrário aos princípios bíblicos, ao lidar com supostos "dissidentes", cujas reivindicações sabem ser justas e cujas denúncias reconhecem ter fundamento. Pastores que já perceberam a apostasia doutrinária e administrativa da Igreja, mas sentem-se de mãos amarradas para tentar mudar qualquer coisa.

Sei de pastores amedrontados diante da possibilidade de ter que começar do zero, caso virem a mesa e deixem a Organização. Conviria abrir mão da estabilidade financeira da família em troca da paz de consciência individual? E se Deus não me abençoar lá fora? São inquietações que rondam a cabeça de muitos pastores. Alguns têm dúvidas inclusive acerca de sua vocação pastoral...

Há também pastores distantes de Deus, buscando soluções humanas para suas crises e receitando-as aos membros de seu distrito, em lugar da mensagem bíblica. Pastores que pregam o poder do otimismo, conceitos da neurolingüística, valor da terapia em "pequenos grupos", a necessidade de auto-estima, etc, como se todos esses fossem ensinos da Bíblia. Pastores que fazem do púlpito um divã para a confissão de suas mazelas e desesperança!

São todos pastores que precisam de ajuda. Pastores pelos quais devemos orar e aos quais devemos tentar encaminhar a Jesus Cristo, que disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados -- todos, inclusive pastores! -- e eu vos aliviarei."

Robson Ramos

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Complemento do leitor

Graça e paz da parte de Deus o Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não sei realmente se o problema dos pastores é psicológico ou psiquiátrico. Realmente não sei, e não faço ironia com isso, não sou conhecedor do assunto, mas uma coisa sei. Há uma linha da psicologia, muito popular entre nós, que já começa errada, quando tenta definir os vários tipos de caracteres a ser tratados. Apresenta os fleumáticos, sanguíneos, coléricos e melancólicos. Enquanto isso, a palavra de Deus nos ensina que o maior psicólogo do mundo reuniu 12 (considerando Judas que veio por si mesmo) em torno de Si, e cada um com caracteres diferentes.

Creio na Bíblia e embora não saiba separar cada característica ou que nome receberia cada classe de pessoa representada pelos apóstolos, e que ao final serão vitoriosos sobre sua característica herdada ou adquirida de forma mais peculiar, insisto em que se a Bíblia me apresenta 12, e esse ramo da psicologia só consegue apresentar 4, não é difícil chegar à conclusão de que estão faltando detectar pelo menos (se é que os quatro inclusive estão corretos) mais 8. E se eu não consigo levantar um diagnóstico preciso do problema, jamais conseguirei apresentar a solução a ele.

É interessante notar inclusive que nas 12 tribos, representadas pelos filhos de Jacó, encontramos as características peculiares de cada um, através do pecado que cada um cometeu. Ex: Na bênção dada por Jacó aos filhos encontramos estas características, vejamos alguns exemplos: "Rubém, impetuoso... já não mais serás o primogênito... porque corrompeste o leito de teu Pai... Simeão e Levi são irmãos... no conselho vosso não entre minha sabedoria. ...Dã, serpente a beira do caminho, que morde no calcanhar..." , etc, etc.

Rubém, incestuoso, Simeão e Levi, irmãos? (todos eram) irmãos no assassinato, caráter violento, covardes, mataram toda uma tribo, e Dã, morde no calcanhar, fala por trás, maquina maldade pelas costas.

Vejamos a similaridade: Rubém, impetuoso, sempre o primeiro, Pedro, impetuoso, sempre o primeiro, já não serás o primeiro... Pedro, arrependido, deixa de ser o primeiro para ser o último. Oos apóstolos não mais confiavam nele, até que Jesus lhe restaura, mas lhe ordena que apascente (primeiro) os cordeiros, não seria líder das ovelhas, embora Satanás queira demonstrar isso ao mundo. Note-se que no concílio de Jerusalém quem o presidiu foi Tiago.

Dã, falava mal, maquinava pelas costas, traía, mordia no calcanhar. Judas, falava mal, maquinava pelas costas, traía, mordia no calcanhar. Ambos, pelo mesmo espírito que os dominava, Satanás, que maquinou pelas costas no céu. Ambos perderam o céu. Dã, que não consta na relação das doze tribos de apocalipse 7, Judas, que todos sabemos que se enforcou, e Satanás que será finalmente destruído, e considerar que na relação de apocalipse 7, Rubén já não é o primogenito, e sim Judá, de onde descende o Messias.

Os 144.000 serão finalmente pessoas que entrarão pelas portas, cada um pela porta designada, visto que vencerão seus maus atributos, e caracteres, herdados ou adquiridos. Os adúlteros que vencerem seu pevado, entrarão pela porta da Nova Jerusalém com o nome no umbral de Rubén, os assassinos, ou de caráter violento, pela porta que conste Simeão ou Levi, e assim por diante.

O céu é um lugar de ordem, cada um entrará pela porta que lhe corresponde. Mas onde queremos chegar com isso? Judas, bem como Satanás, constantemente rejeitando as lições de Jesus, foram se corrompendo, até o ponto em que perderam completamente o domínio próprio. E a história tem demonstrado que a insanidade sempre acompanhou aqueles que enveredaram pelos caminhos do príncipe da loucura. Nero, Calígula, Nabucodonosor, Saul, imperadores e reis, caíram, a exemplo dos muitos endemoninhados relatados na Bíblia, por rejeitarem as instruções do Senhor, mas (fato curioso) de forma mais explícita por tentarem sentar-se no lugar de Deus, fazendo-se Deus.

Embora possa chocar, digo que todo pastor, líder, procura de uma ou de outra forma dominar a igreja a ferro e fogo. Tenta tomar a igreja das mãos de quem realmente pertence, Cristo, que é o único cabeça, então, o resultado é inevitável.

O domínio próprio é uma das características que Satanás já perdeu, de tal maneira que nas experiências que faz, ele próprio extrapola e por vezes teme por ele mesmo. Exemplo disso, pode ser visto quando da morte de Jesus.

Satanás não queria matá-lo, pois que seria o mesmo que concordar com a palavra de Deus, que apontava para o originador da morte, como o assassino real de Jesus, os anjos acompanhavam o desenrolar dos acontecimentos, observavam suas ações, tanto quanto pudesse, Satanás iria disfarçar seus intentos, queria que Cristo pecasse, não que morresse, usava os fariseus como ninguém nesta obra, mas finalmente, como já perdeu o domínio próprio, em sua insana avidez, extrapolou e matou o filho de Deus.

Será que a bíblia chamaria este problema de um problema psicológico ou um problema de loucura?

Rogério Buzzi

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