"Pastor Anônimo" Revela o Nome e Defende a Trindade

"Meu nome é André Reis. Sou formado em Teologia em 1995 pelo Novo IAE e estudei Mestrado em Divindade na Andrews 97-98. Atualmente não estou conectado à Obra como pastor oficialmente, pois estou estudando outros assuntos de interesse pessoal. Mas me considero tão pastor como quando saí do Teológico. Em breve estarei cursando um Ph.D. na Andrews, se Deus permitir. Não temo represálias porque afinal, eu me envolver nas discussões do seu site, execrado pela organização como possa ser, em nada muda minhas posições e meu comprometimento total com a doutrina Adventista. Acho que a Igreja só tem a ganhar quando são apresentados pontos doutrinários de maneira firme e equilibrada.

"Essas informações históricas sobre a posição da Igreja sobre a Trindade consegui a partir de documentos e artigos publicados pelo Adventist Biblical Research Institute, baseado na Associação Geral em Washington, D.C."


NÃo deixe o ennis meier* fazer sua cabeça contra a trindade!

(* O irmão Ennis Meier citado repetidas vezes no texto abaixo, informa que irá responder aos ataques do pastor André, através da homepage www.adventistas.net.)

Ao ler as afirmações do artigo do prezado irmão Ennis Meier sobre a trindade e sobre Cristo, me pergunto se sequer é válido responder a afirmações tão alheias à palavra de Deus. Talvez precisaríamos escrever primeiramente sobre os “rudimentos da doutrina”, i.e., como extrair princípios da Bíblia como um todo. Se a Palavra de Deus disse algo, precisamos mencioná-lo e nos agarrar aquilo como verdade eterna. Se não disse, precisamos simplesmente deixar o assunto com Deus e não tentar forçar sentidos que queremos.

Primeiramente, quero dizer que nenhuma agressão pessoal será aqui verbalizada, apenas discussão de argumentos. Talvez a clareza dos argumentos seja entendida como ataques pessoais. Mas novamente, que a Palavra fale por si mesma.

Ennis Meier filosofa: “Jesus é o Filho de Deus e isso significa ter tido um começo. …  Jesus nunca pretendeu ser igual a Deus. E Jesus mesmo disse que o Pai é maior do que ele, e que todo o seu poder provem do Pai. …  … Negamos, SIM, que haja alguém no universo igual a Deus….”

Como explicar então o verso de Fil. 2:6 em que Paulo diz que Jesus é igual a Deus?? 

“Subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus.”

E Ellen White: “Ele [Jesus] era igual a Deus, infinito e onipotente. … Ele é o eterno e auto-existente filho.” Manuscrito 101, 1897.

”Cristo,a Palavra, o unigênito de Deus, era um com o Eterno Pai, um em natureza, caráter e propósito…” Patriarcas e Profetas p. 34.

“As palavras de Cristo estavam cheias de profundo significado quando ele declarou que Ele e o Pai são de uma substância, possuindo os mesmo atributos.” The Signs of the Times, Nov. 27, 1893, p. 54. {7ABC 437.3}

“O mundo foi feito por Ele e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Se cristo fez todas as coisas, ele existiu antes de todas as coisas. Essas palavras são tão decisivas que não resta sombra de dúvida. Cristo era Deus em essência e no sentido mais elevado. Ele era um com Deus desde a eternidade, Deus sobre todos, bendito para sempre.” SDABC vol.7 p. 438.1

João 10:31: “Eu e o Pai somos um.” Somos a mesma pessoa, em outras palavras, pessoas iguais.

Colossenses 2:8-9: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição de homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”

João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.”

João 20:28: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”

Tito 2:13: “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.”

u Notem que Paulo não fala, como querem os Testemunhas de Jeová, “do nosso grande Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo” assim conotando a referência a duas pessoas. É como dizer, “Você é meu irmão e amigo!” referindo-se a uma só pessoa. Isso é tão básico que não há necessidade de comentários.

Rom. 10:13 “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Segundo o contexto, Senhor aqui é Jesus Cristo. O verso citado de Joel 2:32 traz a palavra YAHWEH em hebraico para Senhor. Jesus Cristo é aqui chamado de YAHWEH por Paulo.

Rom. 14:10: “… pois todos compareceremos perante os tribunal de Deus.”

2 Cor. 5:10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo.”

“Jeová, o eterno, auto-existente, não criado é Ele mesmo a fonte e o sustentador de tudo, e é somente intitluado a suprema reverência e adoração. Patriarcas e Profetas, p. 305. {7ABC 439.2}

 “Jeová é o nome dado a Cristo. … escreve o profeta Isaías, confiarei, e não temerei, pois o Senhor Jeová é minha salvação e meu cântico; Ele também se tornou minha salvação. Ellen White em The Signs of the Times, May 3, 1899, p. 2. {7ABC 439.3}

u Pelos versos acima citados, segundo Ennis Meier, a própria Bíblia se contradiz e propaga uma mentira satânica, pois Jesus é referido como Deus, Jeová, Senhor, Juiz e não como um deus (letra minúscula) mas DEUS, letra maiúscula, com toda a PLENITUDE (pleroma, palavra grega que denota totalidade absoluta, final e inquestionável ) de DEUS, todos os atributos, todas as qualidades, toda a essência, toda a manifestação, toda a glória, TUDO DE DEUS. (Col. 2:8-9)

Espero com curiosidade para ler a explicação dessas passagens inspiradas.

Como se explica o verso de Isa. 9:6 que diz “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS FORTE, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”? Não somente aqui Jesus é referido como Eterno mas como o próprio Pai, originador, precursor da própria eternidade!! Que pensamento!

Como entender Apocalipse 1:17-18 onde Cristo diz: “mas eis que estou vivo pelo séculos dos séculos.” Significaria isso existência eterna passada, presente e futura? Se não, como entender isso sem ferir a Divindade total de Jesus?

Ennis dogmatiza: “No primeiro mandamento, Deus ordena que ninguém tenha outro Deus diante dEle, e se identifica como Pessoa no singular. "Não terás outros deuses diante de mim." Não diz: "diante de nós"! … Sob o disfarce de estar honrando a Cristo, coloca-O em igualdade com Deus Pai, o Eterno. Isso é o mesmo que negar que Jesus seja o Filho de Deus e que tenha morrido pelo pecador. Afirmar que Jesus não teve um começo, é negar que seja o Filho de Deus. Se é "eterno" não pode ser filho e nunca morreria. Se está em pé de igualdade com Deus Pai, não pode ser Advogado (mediador) entre Deus e o homem.”

Ennis Meier quer dizer que, se Cristo é Deus, isso seria aceitar outro Deus diante do Deus Pai.

Pois bem, como explicar a declaração de Ellen White que afirma:

 “Foi Cristo quem, entre os trovões e fogo, proclamou a Lei sobre o Monte Sinai. A glória de Deus, como um fogo devorador, pairou sobre o seu cume, e o monte tremeu ante a presença do Senhor. As hostes de Israel, prostradas ao chão, escutaram estarrecidos aos sagrados princípios da Lei. “ Refletindo a Cristo, p. 67. paragrafo 2.

“Toda a comunhão entre o céu e a raça caída tem sido através de Cristo. Foi o filho de Deus que deu a promessa aos nossos primeiros pais da redenção. Foi Ele que revelou-Se aos profetas… Foi Ele que deu a lei a IsraelFoi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra.” God’s Amazing Grace, p. 43

“O Senhor Jesus Cristo, o divino filho de Deus, existiu desde a eternidade, uma pessoa distinta e ainda assim, um com o Pai. Ele era a glória do céu. Ele era o comandante da inteligência celeste e a adoração dos anjos era recebida por Ele como seu direito. “Mensagens Escolhidas 1, 247.

u Estaria Jesus aceitando indevidamente uma adoração que era direito somente de Deus? Estaria Ele transgredindo a própria Lei que Ele mesmo deu no Sinai?

Sem comentários.

Sobre Cristo ser Filho de Deus, o primogênito e o unigênito é a seguinte análise dedicada.

A palavra primogênito (prototokos) na Bíblia é usada para descrever ordem de nascimento em relação a outros filhos (primeiro filho) e também para exaltar a preeminência de certos personagens bíblicos.

Davi era o último filho de Jessé, mas Deus o considera seu primogênito em Salmo 89:20, 27: “Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.” (20) “Fá-lo-ei, por isso meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.”(27) Davi era o mais importante rei da terra.

u Pergunto: Se Jesus era o primogênito literal de Deus em ordem de nascimento e em relação a outros filhos, onde estão os outros filhos de Deus, nascidos dEle, assim como Jesus? Se nós somos esses “filhos de Deus” “biológicos” (do ser de Deus diretamente), porque não somos eternos? Porque não estamos com Deus na eternidade?

Em Colossenses 1:18 Paulo escreve: “Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos.”

Em nossa análise de primogênito como ordem, sequência, Moisés deve ser o primogênito dos mortos, e não Jesus porque foi resuscitado antes de Jesus (Judas 9). Também Lázaro foi resuscitado antes de Jesus pelo próprio Jesus, entre outros que Jesus, Elias e Eliseus resuscitaram.

Portanto, primogênito ao se referir a Jesus ressalta sua PREEMINÊNCIA em relação a todos os outros seres do universo e não em ordem de nascimento.

João 1:14; “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória como do unigênito do Pai.”

Outro exemplo de expressão usada a Jesus é unigênito. Essa palavra é a tradução da palavra grega monnogenes, que significa “único, de uma origem sui generis” e não filho único. Sofremos aqui por uma falta de palavra em português que expresse exatamente esse sentido do grego.

Isaque é chamado monogenes por Paulo em Heb. 11:17. “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava para sacrificar seu unigênito (monogenes) aquele que acolheu grandes promessas.”

Estaria Paulo esquecendo-se de que Ismael era na verdade o primogênito de Abraão e que Isaque era o ser segundo filho não único filho? Como agora Isaque é o único filho de Abraão? Será que Paulo estava escrevendo aqui sob a inspiração do Espírito Santo?

  • Unigênito aqui refere-se à importância de Isaque no plano de Deus para Abraão, do qual Ismael não fazia parte direta. A Bíblia usa essa expressão para Cristo para descrever Sua preeminência e sua unicidade no plano de Deus e em Seu relacionamento com Deus.
  • A expressão Filho de Deus usada por Jesus, portanto não deve ser considerada literal, assim como a expressão Filho do Homem não pode ser literal, porque como homem, Jesus era filho apenas de uma Mulher e de nenhum Homem, pois nenhum homem participou da Sua concepção e nascimento, somente uma mulher, MARIA e o Espírito Santo.
  • Filho de Deus é um título messiânico de Jesus dado a Ele por Deus por ocasião de Seu batismo, como o Messias que veio de Deus, como a salvação que se inicia em Deus. Filho do Homem denota sua humanidade simplesmente e sua participação nos sofrimentos de seus irmãos humanos. Nesses dois títulos, Jesus resumiu sua proveniência (de Deus e da humanidade) e missão salvífica. 
  • Tal relacionamento de Jesus como Filho de Deus, como traz a Bíblia nunca poderemos entender completamente, assim como há temas na Bíblia que nunca poderemos entender completamente mesmo que tentemos um milhão de vezes. Por exemplo, que método exato o Espírito Santo usou para conceber Jesus? Onde estava Jesus no processo exato de sua concepção em Maria? Isso não é querer simplificar ou se acomodar sem estudar a Bíblia. Simplesmente nem tudo no está revelado e pronto. Mas dizer que ele é Filho porque nasceu de Deus, foi criado em um tempo na eternidade, foi gerado, é pura especulação para a qual não há qualquer evidência bíblica. Há porém evidências inquestionáveis de sua pre-existência eterna e a essas não podemos nos esquivar ou teorizá-las!

Declara ainda Ennis Meier: “A doutrina da Trindade é anticristã. Ela, de fato, nega haver um único Deus. A expressão "triúno" é enganosa e mascara outra mentira satânica.”

Então Ellen White seguiu fábulas humanas e anti-cristãs e os escritores bíblicos também.

“O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e é invisível aos olhos mortais. O Filho é toda a plenitude da Divinidade manifestaO Consolador, que Cristo prometeu enviar após sua ascensão ao céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, fazendo manifesto o poder da graça divina a todos que recebem e crêem em Cristo como salvador pessoal. Há três pessoas viventes no trio celeste; no nome desses três grande poderes – o Pai o filho e o Espírito Santo — os que recebem a Cristo pela fé viva são batizadas, e esses poderes cooperarão com os seus obedientes súditos do céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 441; parágrafo 9.

Pedro diz em Atos 5:3 e 4:

“Então disse Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo…? …Não mentiste aos homens, mas a Deus.”

O Espírito Santo aqui não somente é posto mesmo nível de Deus, mas é chamado de DEUS.

“A divindade encheu-se de compaixão pela raça e o Pai, o Filho e o Espírito Santo entregaram-se à realizar o plano da redenção.” Conselhos Sobre Saúde, p. 222.

“Mantende-vos onde os três poderes do céu, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo possam ser vossa eficiência.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 442. parágrafo 2.  

u Pergunto, se o Espírito Santo é simplesmente uma outra expressão para Deus, por que a Bíblia está repleta de alusões específicas e exclusivas ao Espírito Santo?

Por que Pedro não disse somente “Por que mentiste a Deus?”

Por que Ellen White diz que há três poderes no céu, e não só dois?

  • Pergunto, se o Espírito Santo é simplesmente uma outra expressão para Deus por que Jesus disse

“Batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Mat. 28:19???

Estaria Jesus querendo na verdade dizer: “Batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Pai”??? Que segundo “Pai” seria esse então? Não faz o mínimo sentido. Estaremos na verdade mudando as “palavras dessa profecia.”

I Cor. 2:10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até as profundezas de Deus.”

Substituindo-se Espírito por Deus teremos:

“Mas Deus no-lo revelou por Deus, porque Deus a todas as coisas perscruta, até as profundezas de Deus.”

Qual dos DEUSES perscruta e qual é perscrutado aqui?

Ennis Meier conclui: “Estamos, sim, irmão, provando e expondo à luz do dia, que os adventistas mudaram oficialmente a sua doutrina em 1980 e que essa mudança é constrangedora e humilhante. Depois de 136 anos como igreja, mudam para uma doutrina que os pagãos-católicos inventaram há 1600 anos e que NÃO TEM BASE NA BÍBLIA.”

  • Pergunto: Como é que pagãos, não creêm em Deus, primeiros são agora católicos e depois conseguem inventar a doutrina da Trindade que afirma haver um Deus?

Essa declaração não está baseada nos fatos dos anais da história do Adventismo. Os fatos revelam que já em 1892 o livro publicado pela igreja intitulado Bible Students Library publicado pela Pacific Press, com o objetivo de esclarecer pontos doutrinários dos Adventistas do Sétimos Dia, fez a primeira referência à trindade.

Em meio a muitos pioneiros que criam que Cristo começou a existir em algum tempo da eternidade, como Urias Smith, Ellen White publicou um artigo na revista Signs of The Times de 8 de Abril de 1897 onde ela escreve: “Em Cristo há vida, original, não emprestada, não derivada.” Citado em Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 296.

Em 1898, ela escreveu: ”Silêncio caiu sobre a vasta assembléia. O nome de Deus, dado a Moisés para expressar a idéia da eterna presença tinha sido clamado como Seu próprio pelo Rabi da Galiléia. Ele anunciara a Si mesmo como o Ser auto-existente, Aquele que havia sido prometido a Israel “cujas saídas são desde tempos antigos, desde os dias da eternidade.”  O Desejado de Todas as Nações, p. 469. {7ABC 438.6}

Em 1931 um comitê de 4 pastores da Conferência Geral publicou no Yearbook uma sinopse das crenças fundamentais da Igreja Adventista. A crença 3 afirma:

“Que a Divindade, ou Trindade, consiste do Pai eterno, um Ser espiritual pessoal, onipotente, onipresente, onisciente, infinito em sabedoria e amor; que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, através do qual todas as coisas foram criadas e através do qual a salvação dos redimidos será realizada; o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, o grande poder regenerador na obra da redenção. Mat. 28:19”

Em 1905, Ellen White defendeu veementemente a doutrina da Trindade ao escrever:

“O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e é invisível aos olhos mortais. O Filho é toda a plenitude da Divinidade manifesta…O Consolador que Cristo prometeu enviar após sua ascensão ao céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, fazendo manifesto o poder da graça divina a todos que recebem e crêem em Cristo como salvador pessoal. Há três pessoas viventes no trio celeste; no nome desses três grande poderes --o Pai o filho e o Espírito Santo — os que recebem a Cristo pela fé viva são batizadas, e esses poderes cooperarão com os seus obedientes súditos do céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 441; parágrafo 9.

Em 1980, na Conferência Geral em Dallas, a Igreja propôs que as 27 doutrinas fossem a expressão da crença dos Adventistas do Sétimo Dia.

Por isso, afirmar que a Igreja mudou sua posição em 1980 não resiste aos fatos. Enquanto muitos pioneiros eram anti-trinitarianos e arianos (criam na criação de Jesus), Ellen White claramente não esposava essas idéias como pode ser visto em seus escritos.

Continua Ennis Meier: "Assentar-se no Santuário de Deus, ostentando-se como se fosse Ele próprio" é introduzir na igreja verdadeira um falso deus como o da trindade, que parece ser Deus, mas é uma invenção humana, formulada a partir do Credo de Nicéia, no terceiro século da Era Cristã.

Baseados na análise histórica doutrina da Trindade na IASD acima, precisamos então entender que Ellen White está incluída nessa descrição do Anticristo, pois, afinal, foi Ellen White quem endossou e pregou a doutrina da Trindade enquanto os pioneiros a erroneamente a rejeitavam.

  • A verdade é que o  Concílio de Nicéia, cidade situada na Ásia Menor, em 325 AD foi composto de 318 representantes, dos quais apenas 8 vinham da região Ocidental da Europa enquanto os outros 316 eram em sua maioria da Ásia, Síria, Palestina, Egito, Grécia e Trácia, onde o Bispo de Roma não tinha quase nenhuma influência!! Aliás, o Papa Silvestre I mesmo nem esteve presente no concílio, enviando apenas 2 representantes seus, Victor and Vincentius!! Quem presidiu nem foi o Papa e sim Hosius de Cordova.

Ennis Meier conclui: “Não estamos sugerindo que ninguém abandone a Igreja Adventista, mas o fato de que a principal doutrina do Anticristo tenha se tornado uma posição oficial da igreja, deixa claro que a apostasia da Administração envolve a igreja como um todo.”

Haveria alguma mensagem subliminar na palavra Administração da afirmação acima? Quem lê, entenda.

  • Pergunto: Onde é que Paulo ou outro escritor bíblico explicitamente condena a doutrina da Trindade como a principal doutrina do Anticristo? Onde está isso na Bíblia?

Segundo Paulo, a obra do Anticristo é primordialmente levar pessoas a descrerem de Jesus, sua divindade, sua humanidade, sua obra salvífica e aceitarem os enganos Satânicos quanto a Deus e ao Seu plano. A doutrina da Trindade longe de ser um engano, leva os crentes a entenderem de maneira profunda o plano, a obra, o interesse e o amor de Deus para com os seres humanos manifestados pelas três pessoas da Divindade.

Colossenses 2:8-9: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição de homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”

  • Pergunta final: Qual é o objetivo daqueles que estão combatendo a total plenitude da divindade manifestada em Cristo e na Trindade?

Obrigado pela total abertura de discussão teológica provida por esse site. Que todos cresçamos no conhecimento de Jesus e que a Palavra de Deus reine soberana em nossa vidas.

Um grande abraço a todos! -- Pr. André Reis


fatos Oficiais da conferência geral ao irmão leigo sobre a trindade

Segue uma breve análise histórica da posição adventista sobre a Trindade.

Os fatos fornecidos por historiadores da IASD revelam que já em 1892 um livro publicado pela IASD intitulado Bible Students Library publicado pela casa publicadora Adventista, a Pacific Press em forma de panfletos doutrinários, com o objetivo de esclarecer pontos doutrinários dos Adventistas do Sétimos Dia, fez uma das primeiras referência da Igreja à trindade no panfleto número 90.

Neste ponto é bom ressaltar que alguns dos pioneiros não criam na Trindade a princípio como Urias Smith, John Andrews, o próprio Tiago White. Muitos mudaram sua posição com o tempo como Prescott. Muitos morreram sem crer. Afinal, as doutrinas da IASD ainda estavam se desenvolvendo e Ellen White teve parte ativa nesse processo.

u Afirmar que porque os pioneiros criam em algo deve ser verdade é ingênuo. Guilherme Miller, o pioneiro adventista por excelência, nunca aceitou a verdade do Sábado e morreu um guardador do Domingo!

Vejamos a evidência do Espírito de Profecia:

Em 8 de Abril de 1897, para combater a idéia de muitos pioneiros de que Cristo começou a existir em algum tempo da eternidade, como Urias Smith pensava, Ellen White publicou um artigo na revista Signs of The Times de 8 de Abril de 1897 onde ela afirma: “Em Cristo há vida, original, não emprestada, não derivada.” Citado em Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 296.

Também em 1897 Ellen White escreveu: “Ele [Jesus] era igual a Deus, infinito e onipotente. … Ele é o eterno e auto-existente filho.” Manuscrito 101, 1897.

Em 1898, ela escreveu: ”Silêncio caiu sobre a vasta assembléia. O nome de Deus, dado a Moisés para expressar a idéia da eterna presença tinha sido clamado como Seu próprio pelo Rabi da Galiléia. Ele anunciara a Si mesmo como o Ser auto-existente, Aquele que havia sido prometido a Israel “cujas saídas são desde tempos antigos, desde os dias da eternidade.”  O Desejado de Todas as Nações, p. 469. {7ABC 438.6}

Em 1899, Ellen White escreveu para os estudantes do Avondale College: “Necessitamos entender que o Espírito Santo, que é uma pessoa tanto como Deus é uma pessoa, caminha por esse lugar.” Evangelismo, p. 616.

u  As falsas acusações de que o livro Evangelismo foi adulterado por líderes não procede pois a única mudança ocorrida foi citar a declaração original de Ellen White que trazia uma vírgula em vez de um ponto depois da palavra “lugar”. Isso em nada muda o fato de que Ellen White afirmou categoricamente que o Espírito Santo é uma pessoa distinta e tão pessoa como Deus.

Em 1905, Ellen White defendeu veementemente a doutrina da Trindade ao escrever:

“O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e é invisível aos olhos mortais. O Filho é toda a plenitude da Divinidade manifesta O Consolador que Cristo prometeu enviar após sua ascensão ao céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, fazendo manifesto o poder da graça divina a todos que recebem e crêem em Cristo como salvador pessoal. Há três pessoas viventes no trio celeste; no nome desses três grande poderes --o Pai o filho e o Espírito Santo — os que recebem a Cristo pela fé viva são batizadas, e esses poderes cooperarão com os seus obedientes súditos do céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 441; parágrafo 9.

Outras citações de Ellen White incluem:

“A divindade encheu-se de compaixão pela raça e o Pai, o Filho e o Espírito Santo entregaram-se à realizar o plano da redenção.” Conselhos Sobre Saúde, p. 222.

 “Mantende-vos onde os três poderes do céu, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo possam ser vossa eficiência.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 442. parágrafo 2.  

“Nossa santificação é obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” The Signs of the Times, 19 de Junho de 1901.

 “Os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo e o Espírito Santo – capacitando os discípulos com mais do que energia mortal, …poderiam avançar juntamente com eles na obra e convencer  o mundo do pecado.” Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 442. parágrafo 4.

“Devemos cooperar com os três mais altos poderes do céu, - O pai o Filho, e o Espírito Santo – e esses poderes operarão através de nós, tornando-nos obreiros com Deus. Citado no Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 441. Parágrafo 5.

Em 1931, um comitê de 4 pastores da Conferência Geral publicou no Yearbook (publicação oficial da IASD) uma sinopse das crenças fundamentais da Igreja Adventista. A crença 3 afirma:

“Que a Divindade, ou Trindade, consiste do Pai eterno, um Ser espiritual pessoal, onipotente, onipresente, onisciente, infinito em sabedoria e amor; que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, através do qual todas as coisas foram criadas e através do qual a salvação dos redimidos será realizada; o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, o grande poder regenerador na obra da redenção. Mat. 28:19”

u Como dizer que somente em 1980 foi aceita a doutrina da Trindade? Que base histórica há para isso? Nenhuma.

Em 1980, na Conferência Geral em Dallas, a Igreja propôs que 27 doutrinas, que haviam sido esposadas desde os primórdios da IASD pela igreja oficialmente, fossem a expressão da crença dos Adventistas do Sétimo Dia, e, entre elas a, doutrina da Trindade.

“Há um Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três pessoas co-eternas. Deus é imortal, todo poderoso, conhecendo todas as coisas, acima de todos e sempre presente. Ele é infinito e além da compreensão humana, mas conhecido pela Sua auto-revelação. Ele é sempre digno de culto, adoração e serviço por toda a criação.”

u Dizer que, porque a Igreja aceitou oficialmente um corpo de crenças em 1980, somente aí aceitou a doutrina da Trindade não resiste aos fatos, pois, entre outras, a doutrina do Sábado também foi incluída nessas 27 doutrinas em 1980, mas nem por isso só começamos a guardar o Sábado em 1980!!

u  Porque um termo (como trindade) não aparece na Bíblia não o impede de ser um conceito bíblico, assim como a guarda do domingo, o juízo investigativo, o espiritismo, a imortalidade da alma, o papado, a Igreja Católica, o romanismo, o ecumenismo, o protestantismo e outros também são termos que não aparecem na Bíblia mas sua presença e implicações escriturísticas são é inegáveis.

u Por isso, afirmar que a Igreja Adventista mudou sua posição de anti-trinitária para trinitária em 1980 não resiste aos fatos históricos providos pela história da Igreja Adventista.

Concluímos:

1.      Enquanto muitos pioneiros da IASD eram anti-trinitarianos e arianos (criam na criação de Jesus em algum momento), Ellen White claramente não esposava essas idéias como pode ser visto em seus escritos.

2.      A história da Igreja Adventista do Sétimo atesta que, como um todo, a IASD aceitou a doutrina da trindade a partir da década de 1890 até o presente e nunca esquivou-se de dar provas de sua crença.

3.      Sempre houve (e sempre haverá?) disputas e controvérsias sobre a doutrina da Trindade desde o início da IASD até hoje. Isso não impede dizermos que Ellen White, como profetisa, líder, teóloga por excelência e representante máxima do pensamento e doutrina Adventista cria e defendia a TRINDADE.

4.      Como os fatos históricos mostram, não há nada de secreto, misterioso, enganoso na posição Adventista no Brasil ou em qualquer parte do mundo sobre a trindade desde os seus primórdios, como se essa doutrina fosse uma conspiração satânica para enganar os escolhidos. O sensacionalismo, as especulações e más suspeitas para com o ministério e a teologia adventista sobre o assunto novamente não resistem aos fatos históricos da nossa querida Igreja.

5.      Que também não há um documento oficial da Igreja, uma carta de nenhum presidente da Associação Geral, um voto em ata, um livro oficial da Igreja que declare que a IASD repudiou ou repudia e condena a doutrina da Trindade. Esperamos a publicação de tal documento neste site assim que seja encontrado.

6.     “Se os homens rejeitam os testemunho das Escrituras inspiradas concernente à divindade de Cristo, é vão argumentar o ponto com eles; pois nenhum argumento, embora conclusivo, poderia convencê-los. “O homem natural não atenta para as coisas do Espírito de Deus: pois essas são loucura para ele; nem as pode conhecer, porque são discernidas espiritualmente.” I Cor. 2:14. Nenhum dos que defendem esse erro podem ter uma verdadeira concepção do caráter e missão de Cristo, ou do grande plano de Deus para a redenção do homem.” O Grande Conflito, p. 493. {7ABC 440.1}

Perante esses fatos incontestáveis, como continuar condenando a Igreja Adventista de um “crime” que ela nunca cometeu? Que ela seja absolvida das acusações.

A graça de Jesus, o Amor de Deus o Pai e a Comunhão do Espírito estejam com todos! Amém!

Pr. André Reis

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