Revista Adventista, Onde QUASE TODOS São Bem-Vindos

“Onde todos são bem-vindos”, é a matéria de capa da Revista Adventista de maio de 2002, mas o verdadeiro título, mais adequado ao conteúdo desta, deveria ser “Onde todos são bem-vindos, menos a oposição”.

Na página 3 – Seção de cartas – o leitor Etevaldo Sousa de Almeida, de Feira de Santana, Bahia, assim escreveu:

“Li a matéria escrita pelo pastor Joel Sarli e concordo com o que foi abordado. Gostaria, entretanto de saber a razão pela qual ultimamente a revista tem trazido temas dessa natureza. Está a igreja sendo atacada?" Certamente o leitor estava referindo-se a matéria “Não toqueis nos meus ungidos”. 

E obteve essa resposta: 

"Nota do editor: O papel da Revista é fortalecer as ovelhas e adverti-las de que há lobos dentro e fora da igreja, a qual sempre foi atacada e será até o fim. Há basicamente, duas razões para esses ataques: primeira o diabo não gosta do povo que prega as verdades ensinadas pelos apóstolos; segunda, nem todos os membros e líderes vivem o que professam. Mas a existência do joio e do trigo não é motivo para ataques, e sim para oração, conselho, reavivamento e reforma.

"O remanescente de Deus não é constituído de pessoas que saem do redil, mas das que nele permanecem fiéis, dando bom exemplo. Portanto, a única Babilônia da qual devemos estar longe é todo e qualquer movimento religioso que sustenta falsos ensinos."

Resposta leiga a carta do Etevaldo: Sim, irmão, a igreja está sendo atacada, por lobos travestidos de carneiros com discursos de anjos. Há nela lobos vorazes manipuladores de palavras e multidões, autores de parábolas falsas, pastores que distorcem a palavra de Deus e os escritos de Ellen White. Há jesuítas liderando a igreja adventista, desviadores de dízimos, manipuladores de eleições, descredenciadores de pastores fiéis, ecumênicos que fingem guardar o sábado.

O papel da falsa parábola elogiada é colocar os leitores da revista contra quem denuncia os desvios de alguns líderes. Existe a Igreja de Deus e a Organização do homem. O que está sendo criticada é a parte da liderança que se associou a Roma. A oposição não ataca as verdades pregadas pelos apóstolos, mas sim as mentiras pregadas pela Organização.

Ouvi um pastor recentemente distorcer a Bíblia  alegando que o dízimo pode ser roubado e que  pecado é denunciar os ladrões...

Na verdade, a Organização não sofre ataques, mas conselhos.

Ao afirmar que devemos estar longe de movimentos religiosos que sustentam falsos ensinos, o editor nos recomenda que nos afastemos da Organização adventista!

Na página 4, temos o artigo “Liberdade Religiosa”, que enaltece um projeto que visa impedir a realização  de concursos, vestibulares e provas aos sábados. Louvável do nosso ponto de vista, mas sabemos que assim que vier o decreto dominical esse decreto será revogado.

[Nota do Editor: Além disso, é preciso ter em mente que o Estado jamais deveria interferir no espaço sagrado da religião e não legislar a respeito dela, seja para beneficiar ou para prejudicar qualquer grupo. Como adventistas, temos o exemplo de Daniel e seus companheiros em Babilônia, que, embora ocupassem posição de autoridade, jamais buscaram proteções ou brechas legais, para defender seus direitos individuais em relação à prática de sua religião. Não buscaram condições favoráveis, simplesmente optaram pela obediência a Deus, sem se importar com o resultado, que implicava em sua condenação à morte. Seja na fornalha ardente ou na cova dos leões, todos foram miraculosamente recompensados por Deus. Sobre Liberdade Religiosa e Individualidade X Babilônia, o download de texto da autoria de A. T. Jones, disponibilizado no site www.adventistas.info. -- Robson Ramos.] 

Na mesma página 4, há referencia a uma versão mais moderna do livro “Caminho à Cristo” Será uma versão ecumênica?

Ainda nessa página, há uma informação de que ler “Os Sertões” ficou mais fácil. Por que fazer propaganda pagã em revista cristã? Eu recomendaria a leitura da Bíblia!

Na página 5, há uma entrevista com Humberto Rasi, líder mundial da igreja em assuntos de educação. Não vou comentá-la porque não sou especialista no assunto, porém a única escola adventista que conheço mais parece um cabide de empregos, com professores despreparados, que usam anéis, jóias, feiras de livros oferecendo obras pagãs, pastores recém formados, despreparados, que sem emprego na Organização são enviados para dar aulas de religião, e o fazem sem nenhuma motivação a não ser manter o vínculo com a Associação até arrumarem um emprego melhor (o de pastor distrital). O nível do ensino caiu muito, nem todos os professores são adventistas, nem todos os professores e funcionários dão bons testemunhos para os alunos... Muitas vezes, a única diferença da escola adventista e das escolas do mundo é o preço. A adventista é mais cara...

Quanto ao artigo da página 16 : “Produtos pirateados”, repito o comentário que alguém fez aqui no site: Ainda bem que os direitos autorais da Bíblia não pertencem à CPB!

Há na página 20 um artigo sobre colportagem que diz que o livro “Passaporte para a Vida” de Alessandro Bullon contagiou a todos. O capítulo que eu mais gostei foi “Passaporte para melhorar a arrecadação de dízimos”!

Faltam pastores e Sobram Igrejas e Associações

Na página 23, Marcos de Benedicto no artigo “Vocação Ministerial”, informa que a igreja tem déficit de pastores em algumas partes do mundo e que nos próximos anos a tendência pode se agravar. E informa que um dos fatores é o crescimento acelerado da igreja. Relata ainda que no Brasil ocorre um fenômeno oposto. Excesso de estudantes de teologia recém formados sem lugar para trabalhar. E reflete: “Não seria o total de vagas para teologia nos dois seminários adventistas no Brasil muito elevado para o mercado?"

É ele um pastor ou um mercador? Estaria ele querendo fechar um dos seminários e abrir uma central de cartões de crédito Bradesco/Visa? Ele recomenda exportar pastores como se tivéssemos cinco pastores para cada igreja!

Na  verdade, uma das respostas para a situação, encontra-se na página 26 onde há um informe sobre a inauguração de uma nova Associação ou Missão. Segundo se comenta, muitos não queriam essa nova associação, porém houve a famosa manipulação do Tércio Sali e a abertura da Associação foi aprovada.

[Nota do Editor: O "pastor do milhão" Paulo Stabenow não poderia ser reeleito para a presidência da APL porque já havia sido reeleito uma vez e há uma resolução denominacional, chamada "lei Tércio Sarli", que proíbe a prática. A saída foi criar um novo Campo para que continuasse presidindo e não sofresse a "humilhação" de voltar a ser distrital. Paralelamente, houve espaço para a "promoção" do pastor Alcy, até então lacaio de Stabenow, digo, tesoureiro.

Manobras desse tipo, que se repetem com freqüência, e a negação pública da mensagem adventista no Caso Poá já levaram pastores a pedir a exclusão de Tércio Sarli e Paulo Stabenow do ministério, aqui mesmo nesta página. Confira nos links abaixo:

Aliás, convém ler todo o índice de matérias que disponibilizamos aqui sobre o Caso Poá. -- Robson Ramos.]

Que prédio bonito, (página 21 e 26), que construção rápida (aprovada no ano passado e já inaugurada)... Dízimo para construir igreja não pode, mas para construir Associação pode! Quantos pastores poderiam ser pagos com o dinheiro gasto na nova associação?

A família De Benedicto entende muito de economia, o Marcos manda exportar pastores para diminuir os custos e o Rubens de Benedicto é o tesoureiro da nova Associação. Coisas da família adventista...

Unidos contra os "Dissidentes"

Na página 28, há um artigo “Unidos na Missão” e um dos temas desse artigo é: “Durante encontro pastores discutem prioridade da igreja, papel da liderança e relação com os dissidentes”. Como podemos observar a relação, ou retaliação de dissidentes passa a ser prioridade da igreja com direito a seminários internos.

O Presidente da DSA, Ruy Nagel, disse que “os obreiros do Senhor não devem perder tempo com os que se alimentam de críticas”, contradizendo inclusive um dos temas do seminário. Disse ainda repetindo os velhos chavões, estilo Lessa: “Algumas pessoas dão a impressão que foram batizadas em suco de limão”.

No entanto, dizemos nós, alguns líderes da igreja são tão ecumênicos que parecem que foram batizados em suco de romã, ou melhor, em Roma pagã.

O filósofo e doutrinador adventista, Alberto Timm. proferiu palestra intitulada “Como agir com as pessoas dissidentes” e em síntese disse que os membros necessitam de um preparo doutrinário profundo para conseguirem enfrentarem os grandes vendavais de falsas doutrinas.

Ou seja, daqui a pouco nossas igrejas  e demais instituições serão invadidas por sermões e cursos sobre “Como agir com os dissidentes”, “como neutralizar os sites oposicionistas”, “como difamar os críticos”, “como ignorar  um oposicionista em cinco dias” e os membros leigos aprenderão com pastores  como torcer escrituras ,como torcer textos de Ellen White e provavelmente como torcer oposicionistas. Os cursos de teologia para leigos serão transformados em cursos de guerrilha contra opositores.

Povo de Deus X IASD

Na página 29, propaganda de encontro de ex-alunos do IASP  com participação especial da “Família Lima”. É uma família de pastores que não conheço? São os arautos do reino terrestre? Qual o preço do ingresso para o show do Sábado? Informações e reservas. Fone (019) 38871551.

Na página 36, o tema falta de pastores é retomado como se os editores quisessem preparar o povo para a falta de pastores e excesso de associações.

E no editorial na página 2 Rubens Lessa admite que Laodicéia é nosso período, e logo depois  afirma: “É que o povo, hoje é depositário da mensagem completa – não apenas fragmentos”. Ou seja ele admite que estamos no período de Laodicéia e afirma que somos ricos e de que nada temos falta. Nada mais laodiceano do que  sua afirmação.

Depois, finalmente chega onde quer e passa a criticar os que se opõem aos desmandos de parte da Organização e os que discutem doutrinas. Escreve: “São os que não fazem outra coisa senão criticar e criticar. São os que gastam tempo precioso discutindo peculiaridades doutrinárias. E depois vai distorcendo os textos de Ellen White retirando-os de seu contexto para atacar a oposição da qual não ousa dizer os nomes e os sites.

Depois de distorcer vários textos [que se referem ao povo de Deus e não à IASD, que se imagina concessionária autorizada com exclusividade por Deus], finaliza com um texto de Mensagens Escolhidas onde Ellen White escreveu: “Quando alguém se afasta do corpo organizado do povo que observa os mandamentos de Deus...”

Há que se considerar que uma coisa é se afastar, outra é ser excluído. E as críticas da dita "oposição" não são para o povo que observa os mandamentos de Deus, mas, sim, para a parte da liderança que observa os mandamentos de Roma. Por tudo isso, repito, a chamada de capa da revista deste mês de maio de 2002 deveria ser: “Revista Adventista: Onde todos são bem-vindos, menos a oposição”. -- Leigo.com

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