Entenda Melhor o "Caso Poá"

Li uma carta neste site assinada por Luiz Martini e entendo que é preciso esclarecer algumas coisas.

A princípio ele afirmou que o caso Poá descrito no site é uma mentira deslavada, que partiu de uma mente insana. Dessa afirmação podemos deduzir que ele se refere a todo o caso, porém mais em baixo afirma que  “posso dizer que o publicado no Adventistas.com não passa de mentira (quanto a isso, é claro)” . Afinal a mentira deslavada é todo o caso ou parte? Depois ainda afirma “uma baboseira sem fim”, dando a entender que trata-se de todo o caso.

Quanto ao fato do ancião ter requerido para si a posse da congregação, o que deve ter ocorrido foi o seguinte: de acordo com o manual da igreja, a igreja local é soberana em seus atos, no entanto, a associação resolveu intervir e transformar a igreja em grupo, não sei se isto está previsto no manual, ou se previsto, se poderia ser aplicado no caso, porque, como grupo, a Associação teria o seu controle.

Quando a igreja foi transformada em grupo o ancião percebeu que o próximo passo seria a invasão da Associação, então prevendo isso ingressou com o Interdito Proibitório, ou seja uma ação para manter o controle da igreja local. Em certo sentido esta ação é correta, já que pelo Manual da Igreja, a igreja é soberana em seus atos e a Associação não poderia utilizar o judiciário para a posse e somente o judiciário poderia impedir essa posse.

Segundo consta a Associação foi notificada da existência dessa ação e ingressou com seu processo. Aí parece, não tenho certeza, houve uma certa má fé da Associação. Porque quando a Associação ingressou com sua ação ela deveria informar em sua inicial que havia o “interdito proibitório” para as duas correrem juntas. Só que eles não informaram ao juiz da segunda  ação sobre a primeira  e como o juiz havia concedido a liminar da posse então o processo do Aparecido deixou de ter eficácia. Portanto a Associação foi esperta ao esconder o primeiro processo.

A afirmação de que o ancião não queria deixar a igreja e estava dormindo lá, não é verdadeira. O Aparecido informou que esteve na igreja em algumas noites em que houve vigília e mesmo que ele tivesse dormido na igreja. Isso teria sido até lógico, já que o ancião deveria ter informações de que a invasão da Associação estava prevista e ele poderia querer manter-se vigilante.

Quanto a esse membro muito respeitado da igreja de Suzano, a forma como ele contou para você a história e a falta de detalhes importantes transformaram o culpado em inocente e o inocente em culpado. 

E ainda, dizer que se não fosse assim a Associação não construiria uma igreja em tempo recorde, dois meses, além de não ser reposta a coisa nenhuma, pergunta-se:  por que existem centenas de igrejas precárias já que em dois meses pode-se construir uma nova?

A maneira como o irmão escreveu a carta pode colocar os irmãos de Poá contra os irmãos de Suzano e isso não interessa para os irmãos de Poá e nem para os irmãos de Suzano, nem para leigos, nem para o povo adventista.

O caso Poá não é uma mentira deslavada partindo de uma mente insana como o irmão afirmou. Pelo contrário, segundo consta até agora a liderança de Poá tem agido corretamente. Se o ancião de Poá requereu para si a posse da congregação é porque ele sabia da ameaça de invasão por parte da Associação, o que realmente ocorreu.

A versão do irmão não é mentirosa, mas é tendenciosa. Para chegar-se a uma conclusão dessas é preciso analisar e entender os fatos. Uma história verdadeira pode ter várias versões e a sua versão embora contenha verdades, explana-as de maneira tendenciosa.

Quando você disse que esteve em Suzano e conheceu lá alguns irmãos de moral ilibada que disseram que o “Caso Poá” descrito no site é uma mentira deslavada, você sem querer ou influenciado por alguém passou a colocar os irmãos de Suzano contra os irmãos de Poá. Irmão, você poderia ter dado sua versão sem colocar irmãos contra irmãos. O irmão também exagerou ao apontar o ancião como doido varrido porque ele teria dormido na igreja, fato inclusive que não ocorreu.

Quanto a afirmação de que a verdade só é obtida quando há a voz dos dois lados, isso é verdade, mas você aplicou isso para o site e não aplicou a si mesmo. Porém a voz que aqui não se escuta é da Associação que se recusa a informar aqui sua versão da verdade, e talvez usa algumas pessoas como você para espalhar a sua versão. Sua versão dos fatos tem o poder de transformar o culpado em inocente e o inocente em culpado. Isso é terível!

Irmão, realmente você sabe de algumas verdades, só que alguém as deturpa e o senhor as transmite deturpadas. Penso que o irmão, se é sincero, deveria pedir desculpas públicas aos irmãos de Poá e de Suzano e ao Aparecido, e inclusive, fui informado que o senhor já pediu desculpas pessoais ao Aparecido, atitude que é correta e o parabenizo por isso. Porém como o caso ultrapassa o campo pessoal penso que essas desculpas deveriam ser veiculadas no mesmo local onde foi publicada a carta, inclusive porque pode até ser que o senhor não tenha agido de má-fé, mas o senhor deve tomar cuidado com as versões da Organização que escuta.

Inclusive a afirmação sua de que o senhor poderá dar mais detalhes sobre a sujeira que se esconde debaixo dos pés do ancião Aparecido é muito precipitada e o Aparecido merece receber suas desculpas em público, mesmo porque pedir perdão faz parte de nosso dia a dia como adventistas e a contenda não interessa nem ao senhor nem aos irmãos de Suzano ou Poá e um pedido de desculpas público é bom para todos nós como cristãos.

Quanto a sua afirmação de que o dízimo está envolvido como parte na polêmica, o senhor pode até ter razão. Basta ler a inicial para perceber quem é doido varrido por patrimônio. Porém mais uma vez o senhor narra a verdade de maneira tendenciosa , o senhor afirmou que o dízimo está envolvido como parte central na dissidência do ancião poaense, como se fosse o Aparecido o maior arrecadador de dízimos da história adventista. Ou seja, o senhor partiu de uma possível verdade ao relatar que o dízimo pode estar no meio da história, mas o senhor colocou o ancião como vilão da história de uso de dízimos.

E ainda, a informação de que o dizimo está envolvido como parte central no caso Poá, não consta dos autos processuais portanto se faz parte do caso Poá, quem poderá estar mentindo é a Associação que nos autos não refere-se a dízimo. Aliás , a Associação pode perder tudo que conquistou  com a obrigatoriedade do dízimo e muito mais se os irmãos partirem de uma estratégia relacionada aos dízimos e como a Associação sabe disso, talvez ignorou nos autos a polêmica sobre dízimo.

Todos deveríamos rever algumas coisas sobre o caso Poá, como o missivista disse e para isso vamos analisar a inicial e a tréplica para responder de maneira mais ampla esta carta.

Esse caso tem implicações espirituais maiores do que o missivista possa imaginar e é preciso esclarecer a verdade para que parte do povo adventista não seja enganado, principalmente a parte que recusa-se a ser enganada, mesmo porque até agora o órgão oficial da igreja (Revista Adventista), não manifestou-se sobre o caso Poá.

Da inicial -- Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Liminar.

A inicial relata que a autora União Central, mantenedora da Associação Paulista Leste, é proprietária do imóvel. Portanto, irmão, a igreja que nós freqüentamos não pertence a Deus, não pertence a nós, pertence a União. Ou seja, abrimos a igreja em nome de Deus, a construímos com nossos dízimos e ela não pertence a Deus nem a nós, pertence, a União.

Em seu tópico dois, a inicial relata que “com verbas oriundas de doações dos membros Adventistas do Sétimo Dia de Poá, cidades vizinhas e da Organização, a autora edificou sobre referido imóvel, um prédio para fins religiosos”.

Lendo esse parágrafo dá para perceber que os irmãos que doaram as verbas devem ser indenizados pelo menos com relação à construção do prédio. E se deduzirmos que as verbas doadas pela organização são resultados de dízimos e ofertas, a Associação deve devolver o prédio inteiro, inclusive o terreno.

Há tópicos da inicial que já foram analisados neste site, portanto nos reportaremos ao que não foi analisado (Clique para ler a inicial da associação).

A inicial relata que Aparecido, Sérgio e Januária passaram a insurgir-se contra a administração da igreja, inclusive com agressões físicas e ameaças aos membros discordantes de suas atitudes rebeldes. Deste relato, gostaríamos que a Associação apresentasse provas.

Irmãos, vamos relatar algo importante que tira a credibilidade da carta enviada pelo irmão Luis Martini.

Assim a Associação relata em sua inicial:

“Tudo começou quando o líder dissidente, por conta própria, resolveu realizar  uma série de conferências religiosas na igreja de Poá, e mandou confeccionar alguns panfletos com o endereço da igreja”.

Irmão Martini, como tudo começou? Quem informa que tudo começou dessa forma? O irmão está tão mal informado que não sabe o que a Associação afirmou. Como começou o crime dos irmãos de Poá? Qual o teor das conferências religiosas? Quais os temas? Qual o teor dos “panfletos”, qual o tema? Se a própria Associação informa que existe motivos religiosos para a ação como pode desmentir-se depois? 

Depois  a Associação assim continua:

“O pastor responsável pelo distrito de Poá ao ler o teor de tais folhetos, percebeu que se tratava de propaganda de caráter agressivo, faccioso, eivado de fanatismo religioso, atentatório às demais religiões, completamente contrário às normas de conduta da igreja Adventista do Sétimo Dia.”

Irmão Luiz Martini, leia os folhetos e informe-nos se você concorda com a Associação sobre os mesmos. (Clique aqui para ler os folhetos).

Depois a inicial informa que:

“...Passaram a ditar regras contrárias às normas da igreja, a proibir que as mulheres usassem calças (só é permitido o uso de vestidos), shorts, cabelos curtos e até selecionavam as pessoas convidadas para cânticos de louvor, transformando os horários de cultos num verdadeiro clima de ditadura, inclusive proibindo aos crentes de orar em pé, obrigando velhos, mulheres grávidas e crianças (e até pessoas doentes) a se ajoelharem para oração, num fanatismo doentio, preocupante e descontrolado”.

Irmão, na igreja que você freqüenta, as mulheres usam calças compridas no púlpito? Na igreja que você freqüenta as mulheres usam shorts? Isso é recomendação do Aparecido ou do Manual da Igreja? Quem canta na sua igreja não é selecionado?

Quanto a orar em pé ou de joelhos, sei que existe na igreja uma discussão sobre isso, recomendo até a leitura do ponderado artigo da Associação Geral sobre o tema (Clique!).

Mas daí afirmar que era proibido orar em pé, é um absurdo e dizer ainda que quem não podia ajoelhar-se era obrigado a ajoelhar-se, isso é uma acusação insana, mesmo porque quando a congregação pede para as pessoas orarem de joelhos, quem não pode ajoelhar-se continua sentado, ao menos na minha igreja é assim. Nunca vi nenhum ancião forçar velhos, grávidas e crianças a orarem de joelhos Desculpe-me, mas o advogado da Associação exagerou no ataque.

Irmãos, dá para perceber como tudo começou: folhetos e reuniões evangelísticas.

Percebeu, irmão? se você entrega folhetos como os que foram distribuídos pelos irmãos de Poá, promove reuniões evangelísticas, você tem que entregar as chaves da igreja, o livro caixa da tesouraria e o livro de atas da igreja. Guardem pelo menos uma cópia do livro caixa, ele pode ser muito útil depois...

Na própria inicial está relatada a maneira como a igreja de Poá reagiu as atitudes da Associação que procedeu dessa forma:

Ancião Revela Planos da Liderança e Membros de Poá, SP.

A Reunião Administrativa da IASD de Poá, aprovou por unanimidade os seguintes passos a tomar doravante:

1. Colocar um zelador permanente na igreja.

2. Transferir o culto evangelístico de hoje (Domingo) para o Grupo de Nova Poá, visando evitar um conflito antes da notificação da igreja aos órgãos que tratam o item 3.

3. Enviar Comunicação à UCB, DAS e Conferência Geral, relatando os reais fatos, bem como os motivos que os impedem de, como igreja, aceitar e acatar a decisão da Mesa da APL de dissolver a igreja (Instruído com cópia de vídeo).

4. Não aceitar o pastor designado pela APL como líder da igreja até final decisão.

5. A ocorrência de qualquer conflito (Pastor X Ancionato) quanto à posse do púlpito, desencadeará os seguintes procedimentos por parte da igreja:

Jejum permanente de alimentos sólidos do ancionato e de quem mais desejar (Joel 1:14; 2:15)

Jejum contínuo dos membros da igreja, a nível de revezamento e conforme a vontade de cada um (Joel 1:14; Ester 4: 3 e 16 – Ler todo o capítulo.

Vigília permanente na igreja (dia e noite) para que as orações do Santuário subam ao Senhor Nosso Deus – os membros inclusive poderão pernoitar na igreja em oração.

Início de uma Programação denominada de : DIAS DE ORACAO , com Cultos na igreja todos os dias das 20:00 às 21:00h (Com apresentações e debates dos temas que a APL diz ser polêmicos que não devem ser apresentados ao povo) tais como: A Posição Apropriada na Oração; O dever de Reprovar o Pecado, Temperança e Saúde ( inclusive sobre a alimentação cárnea); A reforma do vestuário, Insubordinação a Deus ou aos homens? A igreja de Deus, O remanescente de Deus, etc, etc, etc.

Assinado irmão Aparecido.” 

Onde está a resistência física aclamada pela Associação? Irmão, a  igreja, é sua, é de Deus, ou da organização? Qual a resposta da Associação a esta ata que revida com jejum e oração?

“Ameaças de uma possível catástrofe que pode advir pelo fanatismo que se lê nas entrelinhas da carta acima transcrita que prevê longos JEJUNS E VIGÍLIA aos membros.”

Irmãos, percebem que a Associação proíbe folhetos, reuniões de orações, jejuns e vigília. O que antes era obra de cristãos, hoje é considerada obra de fanáticos.

A irmã Ellen White previu que haveria um tempo em que nossos maiores inimigos seriam os membros da própria igreja. O próximo parágrafo parece o cumprimento dessa profecia (Clique!).

“No caso de Poá, os membros dissidentes estão querendo apressar uma perseguição religiosa que está prevista nas profecias, ignorando que as profecias só ocorrem na época designada por Deus, e por causa da ignorância desses líderes muitos membros não dissidentes, estão sendo levados a fazer longos jejuns, noites e semanas inteira de oração (de joelhos) e vigílias intermináveis”.

E o próximo parágrafo confirma mais ainda:

“A autora está também preocupada com a disseminação de folhetos alarmantes, confeccionados a mando dos réus, que tratam do “fim dos tempos”, “de perseguição religiosa, “de sectarismo”, que podem criar um clima de animosidade entre cristãos de várias denominações religiosas da cidade de Poá, folhetos esses que a autora tentou impedir que fossem distribuídos....”

Irmãos, qual o ser inteligente que deve ter influenciado a redação do texto acima? E leiam mais esse parágrafo para reconhecer a perseguição:

Irmãos, isso que a associação escreveu é de uma gravidade imensa e o céu está acompanhando. Em Waco, uma adventista ligou para o FBI dizendo a mesma coisa e o resultado foram 80 mortes (Clique!). É isso que pretende a associação leste?

Quanto a afirmação de que: “um bando de desordeiros, os quais sob a capa do adventismo e do pseudo puritanismo nada mais querem a não ser a posse da igreja de Poá...” Para isso não precisa invadir uma igreja, bastam processos sobre dízimos (Veja: Sonhos de um leigo, tragédia de um povo e pecados de uma organização).

Sugiro que os leigos deixem a organização levar o prédio, porque com processos legais referentes a dízimos podem ser devolvidos valores maiores para a verdadeira pregação do evangelho e não para processos contra leigos. Ou melhor, nem é preciso que se devolva o prédio, talvez seja melhor, abandonar essa discussão e todos nós cuidarmos do que realmente interessa: a verdadeira pregação do evangelho, já que parte da organização valoriza mais o prédio do que a vida espiritual dos irmãos e essa discussão pode nos desviar da nossa verdadeira missão como adventistas.

Sugiro a criação da Associação dos Advogados Leigos Adventistas para cuidar disso e sugiro como presidente aquele advogado de Sorocaba (Clique!). Eles podem levar o prédio, o importante é que não levem nossa fé.

Outras afirmações na inicial: esbulho, ato de violência praticado, usurpação , crime... não serão analisadas, mas fogem totalmente da verdade dos fatos.

Irmãos, um outro detalhe que consta na inicial, quando uma igreja pequena é construída alguns irmãos doam bancos, aparelhos de som, portas, etc. Lendo a inicial, dá para perceber que tudo isso também pertence a Organização.

Porém, irmãos, se sobrar para nós só a fé, essa é suficiente. Deixe a Organização levar o terreno, o prédio, os bancos, o púlpito, as caixas de som , o piano, o retroprojetor, os microfones, a mesa de som , o amplificador e para os irmãos que fique só a fé.

Finalmente: “Requer ainda a autora força policial.”

Usar o poder público e a polícia para expulsar membro da igreja cumpre ou não cumpre a profecia da irmã White? (Observe-se que aqui não se faz nenhum pronunciamento contra a polícia ou o judiciário já que ambos foram acionados pela Associação e estavam fazendo seu trabalho).

Irmãos, preparem-se! Depois de analisar a inicial, vamos analisar a replica e descobrir as mentiras de ambas as peças. Aqui surge a grande mentira escancarada: 

Na inicial, a Associação informa que “tudo começou quando o líder dissidente, por conta própria, resolveu realizar uma “série de conferências religiosas” na igreja de Poá, e mandou confeccionar alguns panfletos com o endereço da igreja.” Portanto tudo começou por motivos religiosos.

No entanto na réplica a história é outra.

O importante na réplica é que a Associação alega que, o Pastor ou o membro não são donos do templo, omitem que Deus é dono do Templo e assim informam que a Associação é dona do imóvel, só que esquecem que os membros é que doaram os dízimos para a riqueza da Associação.

Eles querem com isso dizer que a propriedade juridicamente é da Associação, o que pode ser correto, já que a documentação pode induzir a isto, mas a única forma legal de ser devolvida a propriedade é com processos referentes a dízimos e ofertas. É melhor a associação arrepender-se desse processo, reavaliar a questão do dizimo obrigatório no Brasil e fazer acordos com os membros pois não podemos deduzir o que poderá recair sobre a organização, pois se Deus quiser Ele num segundo acaba com toda essa riqueza da Associação que perante Deus não vale nada.

Irmãos essa réplica não vale nada, o que vale é a inicial, lá está o pecado da Organização; lá está o motivo da perseguição, na réplica. A Associação passou a minimizar a origem religiosa do conflito e passou a privilegiar a parte do processo. Se Deus quiser montar uma Associação de advogados leigos e pedir de volta todos os dízimos e ofertas, Ele o fará.

Mas não é viável que membros fiquem discutindo esses assuntos. Como eles disseram na réplica: “O que os réus não conseguem entender, talvez por lhe faltar cultura jurídica é que...” Portanto, irmãos proponho que deixemos a cultura jurídica para advogados.

Agora é triste sabermos que os advogados da associação estão sendo pagos com dízimos. Tem um parágrafo na réplica que ultrapassa os limites:

“Sob pena de perda de identidade religiosa e da própria unidade doutrinária ou crença a que se filiaram.” Com essa inicial já foi demonstrada a perda de identidade religiosa e da unidade doutrinária ou crença a que se filiaram. Qual a identidade religiosa desse processo, qual sua unidade doutrinária? Esse processo parece que foi escrito por quem? O  manual da igreja permite tudo isso?

A igreja local, segundo o Manual, tem autonomia, esse processo  não está contrariando  esse principio da autonomia?

Há outro detalhe interessante na réplica: A Associação confirma na réplica que o prédio foi construído com verbas e esforço físico dos membros da igreja, portanto essa parte do processo pode ser usada para obter-se judicialmente a devolução do imóvel através de processo requerendo devolução de dízimos e ofertas, já que a própria Associação reconhece juridicamente que o prédio foi construído com verbas dos membros da igreja.

Outra mentira. Na inicial, declara-se que o conflito começou com a distribuição de panfletos e reuniões evangelísticas e na réplica declara-se que o ancião queria ficar famoso, etc...

Quanto aos termos “grupo de fanáticos, perigosos e mal intencionados, desordeiros, insubordinados e faltos cristãos", apenas confirmam as profecias. Provavelmente a Associação pode ganhar esse processo, isso porque o juiz entende de leis e não de Manual de igreja. Pelo Manual, o Aparecido está certo, mas o Juiz conhece os códigos processuais e não o nosso manual.

Se o juiz entender que houve má-fé da Associação ao esconder o interdito proibitório, o Aparecido pode ganhar, se o juiz entender que a documentação da Associação é precária o Aparecido pode ganhar, mas se o juiz der razão a Associação ele até tem esse poder, pois como juiz pode decidir como quiser e se o  seu conhecimento  for mais jurídico que apocalíptico como provavelmente é, ele poderá decidir a favor da Associação, embora “Reintegração de Posse de Imóvel da Igreja Adventista construído com dinheiro proveniente de dízimos e ofertas dos réus possa soar estranho para ele e possa ocasionar a difamação de nossa igreja não só naquele fórum, mas em todo o país. Se os irmãos explicarem para o judiciário anos de história do dízimo o mesmo juiz pode dar razão aos irmãos e os irmãos podem receber de volta centenas de igrejas.

O dízimo obrigatório pode ser a grande apostasia de nossa organização. O caso Jones e Waggoner, Mineapolis 1888, pode estar relacionado com dízimo. Os fatos relacionados com o dízimo obrigatório podem ser uns dos grandes pecados que estão  retardando a volta de Cristo. O dízimo obrigatório no Brasil precisa ser repensado pela Organização já que no país em que está a Conferência Geral, órgão maior de nossas instituições, o dizimo é voluntário, portanto há contradição entre a prática no Brasil e na América.

Exagero?

O pastor que introduziu a prática de dizimar na igreja adventista abandonou a igreja. O plano de Deus era a Benevolência Sistemática, o qual Deus estabelecera pela descida de Seu Santo Espírito, mas um pastor achou que o plano dos dízimos era melhor que o plano de Deus. (Veja "A introdução da Prática do Dizimar na Igreja Adventista.")

Irmãos, preparem-se com oração e jejum. Locais para pregação do evangelho, Deus proverá. -- Leigo.com

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