Paroschi, Eleazar, Michelson e Congresso MV erram por ignorar a Cosmologia Bíblica

A nova polêmica teológica surgida no Brasil, através do protesto dos irmãos do Congresso MV, em que o teólogo Wilson Paroschi é acusado de contrariar o posicionamento de Ellen G. White a respeito da obra de Cristo no santuário celestial após 22 de outubro de 1844, revela equívocos causados pelo desprezo à cosmologia bíblica dos três níveis do Universo: (1) Céus (ou terceiro céu, lugar da habitação de Deus, separado do primeiro céu, onde voam as aves, e do segundo céu onde estão os luminares, pelo firmamento, que também separou águas de cima e águas de baixo na Criação), (2) terra e (3) mar (abismo, profundezas).

Os equívocos de todos os envolvidos nessa discussão começam por descuidarem do significado do termo “ascensão”, quando tentam responder à pergunta: “Para onde Jesus foi depois da ressurreição?” Ora, Jesus não decolou, nem tampouco entrou em órbita. Simplesmente subiu, contrariando a teoria humana da gravidade. “Ascensão” é pura e simplesmente isso: “Ação ou efeito de ascender, de se mover de baixo para cima; elevação.”

Jesus SUBIU para os Céus, acima do firmamento, ao terceiro Céu, lugar da habitação de Deus, o Pai nosso, que está nos Céus e não no espaço sideral, segundo as Bíblia. Quem ascende, “sobe para cima”. No modelo da Terra esférica, giratória e rodopiante, não existem céus acima, apenas atmosfera e espaço ao redor, em volta, ao lado… e assim Jesus não poderia subir ara lugar algum!

Os versículos abaixo só fazem sentido quando se adota a cosmologia bíblica:

“Disse-lhe Jesus: Não me toques; porque ainda não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes que subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” João 20:17

“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes subir.” Atos 1:9-11

A simbologia do santuário terrestre refere-se a três fases (e não a lugares distintos) do ministério de Jesus Cristo. O pátio foi Sua obra na terra, o trabalho no “santo” refere-se ao sacerdócio celestial até 1844 e o trabalho “santíssimo” à nova fase pós-1844 no calendário terrestre equivalente ao Dia da Expiação no Santuário Celestial.

Não são compartimentos celestes, mas fases. Todo o Céu é santo e santíssimo, separado do pecado e dos pecadores, pelo firmamento.

Jesus simplesmente foi para os Céus, para junto de Deus, de onde descerá em breve para nos buscar:

“Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, té que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” Atos 2:31-36

Note que o Espírito Santo foi “derramado”, isto é, de cima para baixo.

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4:12

“E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há. ” Atos 4:24

“Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor,Ou qual é o lugar do meu repouso?” Atos 7:48,49

“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.” Atos 7:55,56

“Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” Romanos 8:34

Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8:39

“Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus,” Efésios 1:20

“O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.” 1 Pedro 3:22

“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Apocalipse 3:21

Leia também:

Argumentos confusos e equivocados

6 comentários em “Paroschi, Eleazar, Michelson e Congresso MV erram por ignorar a Cosmologia Bíblica”

  1. Demostre conexão de Daniel 8:14 e levítico lá bíblia, não existe conexão, caso discorde, prove.
    Ao acender ao céu ele já inaugurou o Santíssimo, hebreus é claro nisso.
    Outro ponto que o tal cálculo ignora questões básica sobre o tempo, nem sequer o dia 22/10/1844 foi o dia da expiação, diga-se de passagem pegamos de uma seita a data.

    1. Nossa preocupação prioritária é com a preservação da cosmologia bíblica. Outros detalhes, cabe à própria denominação responder e principalmente a você, pesquisar. Se tem preguiça de esquadri nar a Bíblia pore si mesmo, pesquise sobre o assunto nos sites oficiais da IASD.

  2. A simbologia do santuário terrestre refere-se a três fases (e não a lugares distintos) do ministério de Jesus Cristo. O pátio foi Sua obra na terra, o trabalho no “santo” refere-se ao sacerdócio celestial até 1844 e o trabalho “santíssimo” à nova fase pós-1844 no calendário terrestre equivalente ao Dia da Expiação no Santuário Celestial.

    Ok, base bíblica para sua afirmação? Nenhuma

    A maior fábula é o dia 22/10/1844

    1. O vídeo aborda a coordenação harmônica entre os períodos das 70 semanas e das 2.300 tardes e manhãs, bem como sua precisão matemática.

      O movimento adventista do sétimo dia repousa no cumprimento profético em 22 de outubro de 1844. Porém, alguns têm criticado nossa interpretação dos capítulos 8 e 9 de Daniel, alegando que as datas propostas não teriam suporte histórico.

      Este vídeo demonstra que existe uma inteligência por trás dessas duas profecias. O mecanismo profético está configurado com base no movimento do Sol, da Terra e da Lua. Logo, a determinação de seu cumprimento exato não depende apenas de interpretação bíblica, podendo ser medido e aferido pela matemática e pela astronomia.

      A sincronia dos períodos proféticos é tão perfeita que permite coordenar as 70 semanas e as 2.300 tardes e manhãs numa precisão matemática atestada pelo movimento dos astros. Há um sincronismo incrível na palavra de Deus, que é confirmado pela observação do Sol, da Lua e das estrelas.

      Desse modo, é possível demonstrar que Jesus morreu exatamente na Páscoa do ano 31 d.C. (15 de nisan) e que isso está atrelado ao início e ao fim das 2.300 tardes e manhãs, em que ambas as datas ocorrem num Dia da Expiação (10 de tishri). Essa conta não daria certo com outros períodos de tempo, como 2.295 ou 2.301 anos.

      Bem, aproveite para estudar as profecias do livro de Daniel.

      ERRATA:
      No vídeo, eu apontei a década errada sobre o ministério de Leroy Froom. Como não utilizo teleprompter, e as falas são feitas no improviso, eu tropecei nas datas e informei as décadas de 70 e 80 para Leroy From. Mas, na verdade, ele teve mais influência nas décadas de 40 e 50, vindo a falecer na década de 70.

      Compre o livro: https://www.editoraluzdomundo.com.br/a-astronomia-e-a-gloria-do-adventismo

      1. Prove que o dia da expiação judaica ocorreu em 22/10/1844, nem os judeu concordam com tal data, que ocorreu um mês antes. A fixação adventista é incrível em torno da data.
        Te desafio a provar que purificado está embutido no texto original, os estudiosos já perceberam que a tradução do grego para inglês errou feio e graças a isso temos essa anomalia fictícia de que Jesus ficou 1814 anos esperando a boa vontade de meia dúzia de pessoas esquisitas serem desapontadas, para então mudar de compartimento. Que lenda! Parabéns!

        1. Assista ao vídeo indicado abaixo, ou pesquise por si mesmo. Quem deve defender a correção da interpretação profética adventista são os pastores da IASD e seus teólogos, professores em suas universidades. A eles, cabe desafio, como esse que nos tenta fazer. Vá estudar, rapaz Pesquise e vai perceber que a cosmologia bíblica é essencial para a compreensão de qualquer profecia das Escrituras.

Deixe um comentário para Hermano de Jesus -- Editor Cancelar resposta