Azenilto Brito Cita a Sra. White em Defesa da Trindade

O que disponibilizei a nossos irmãos foi a reprodução do estudo no. 07 do meu livro O Desafio da Torre de Vigia. Nesse material busco articular, através de textos bíblicos e ponderações de pesquisadores do tema da Divindade, além de minhas próprias conclusões, o importante assunto para servir de subsídios aos estudantes da matéria.

Creio ter deixado claro ao introduzir o material que não pretendo ter todas as respostas. Tampouco creio ter buscado mostrar ser superior aos demais pesquisadores. Quando foi ressaltada a necessidade de embasamento teológico para tratar de temas bíblicos, e conhecimento de línguas originais, felizmente o próprio contestador reconhece tal necessidade e até cita alguns termos de línguas originais para defender suas teses. Logo, não parece que estou muito longe da verdade nesse aspecto. Contudo, o que apresento recebe a alcunha de "calhamaço", quando o que ele nos oferece, apesar dos ornamentos coloridos, é uma massa de material de pobre organização, difícil de digerir, repetitivo, em linguagem pretensiosa e ofensiva, recurso muito utilizado como compensação pela falta de bons argumentos.

Mencionei os pioneiros adventistas reconhecendo sua dedicação, sinceridade, mas também lembrando suas limitações em conhecimento de dados importantes para uma segura exegese de certos temas bíblicos. Houve mudanças de interpretação e compreensão da teologia adventista em vários aspectos e a imagem que esse cavalheiro busca dar de que eles tinham uma espécie de "depósito de verdades inalteráveis e iluminação indiscutível" é puramente fantasiosa. Ele não consegue demonstrá-lo com todos os sofismas que apresenta. O serem dedicados e sinceros não significa que eram a última palavra em interpretação bíblica.

Agora, quem se põe a criticar a moderna erudição, seja indiretamente por insinuações ou diretamente, deve ter a capacidade de apresentar algo melhor e, sobretudo, que represente algum conforto a pecadores ansiosos por melhor compreender a Deus, à imensidão de Seu amor e de como "estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo". Este aspecto não consegui identificar na mensagem desse irmão.

Esse cavalheiro não me conhece pessoalmente, não sabe sequer se uso óculos, portanto, nada sabe de minha capacidade visual física. Imagine-se, então, querer julgar a capacidade de visão espiritual de alguém com quem nunca teve contato pessoal. Não obstante, esse irmão fala de minha provável "cegueira espiritual", incrível, não?

Talvez fosse mais construtivo se ele respondesse à pergunta levantada na seção em português do fórum do VOA onde coloquei matérias para subsidiar este estudo (endereço:  www.online-adventist.org) e que foi transcrito neste site sobre quão mais espiritual e fortalecidos na fé esses contestadores do tema da Trindade se sentem, e por quê.

Quanto aos pensamentos da Sra. White sobre a Divindade de Cristo e do Espírito Santo, talvez esse pessoal desconheça o teor de certas de suas mensagens, como as que abaixo cito. Ela certamente não se parece com nenhuma "vaca de presépio" ao apresentar os pensamentos transcritos.

"Mensagens contendo as credenciais divinas têm sido enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a justiça de Cristo, plena de bondade e verdade, têm sido apresentadas; a plenitude da Divindade em Jesus Cristo tem sido estabelecida entre nós com beleza e encanto para atrair aqueles corações que não estão encerrados pelo preconceito. Sabemos que Deus tem operado entre nós". - Review and Herald, 27 de maio de 1890, pár. 6.

Como diz um irmão no Fórum  referido, em inglês, seção "Bible and Theology": "Parece muito estranho para mim que essas pessoas possam continuar a 'insistir' no oposto, possam continuar a insistir que Cristo não era VERDADEIRAMENTE DEUS, possam insistir que Ele é um deus derivado, menor, quando EGW claramente diz:

"Em Cristo há vida, original, não emprestada, não derivada. 'Aquele que tem o Filho tem a vida'. I João 5:12. A divindade de Cristo é a segurança do cristão de vida eterna". - Desire of Ages [O Desejado de Todas as Nações], p. 530, pár. 3:

"De Jesus procede nossa vida. NEle há vida que é original--não emprestada, não derivada. Nele está a fonte da vida. Em nós há um fio dágua que procede da fonte da vida". -- Review and Herald, 8 de junho de 1914, pár. 1.

"Cristo é igual a Deus, infinito e onipotente. Ele poderia pagar o resgate da liberdade do homem. Ele é o Filho eterno, que existe por Si . . . Não podiam ver que o próprio fato de que os anjos não poderiam nos salvar porque a vida deles procede de Deus, mas Cristo pode nos salvar, porque Ele próprio é o Deus auto-existente? . . . O fato de que Cristo era igual a Deus--o fato de que Ele é plenamente Deus--O capacita a ser o seu Salvador!" - Youth's Instructor, 21 de junho de 1900, pár. 2.

"A grandeza de Deus não pode ser medida ou compreendida. E essa doutrina que nega a absoluta divindade de Jesus Cristo, nega também a Divindade do Pai, pois ninguém conhece o Filho, senão o Pai". - Signs of the Times, 27 de junho de  1895 par. 3.

"O próprio Deus sofreu no sofrimento de seu Filho. Enquanto Jesus caminhava sobre a terra nas limitações na humanidade, Ele pôde dizer, 'Eu e o Pai somos um'. Tendo empreendido a obra da redenção, o Senhor nada poupou, por custoso que fosse, que seja essencial para completar o seus desígnio". - Signs of the Times, 5 de março de 1896, par. 8.

"O poder do mal havia sido fortalecido por séculos, e a submissão dos homens a esse cativeiro satânico era impressionante. O pecado só podia ser resistido e vencido mediante a poderosa agência da Terceira Pessoa da Divindade, que viria sem energia alterada, mas na plenitude do poder divino. É o Espírito que torna eficaz o que foi obrado pelo Redentor do mundo. É mediante o Espírito que o coração é tornado puro". - Desire of Ages [O Desejado de Todas as Nações], pág. 671, pár. 2.

"Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é uma pessoa tanto quanto Deus o é, está caminhando por esses terrenos, que o Senhor Deus é nosso guardião e ajudador. Ele ouve cada palavra que proferimos e conhece cada pensamento de nossa mente".- Manuscript Release 7:290

A todos, um grande abraço! -- Prof. Azenilto G. Brito

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