Fim dos Tempos: Papa, Peres e Abbas invocarão paz no Oriente Médio em cerimônia no Vaticano

Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão. — 1 Tessalonicenses 5:1-4

encontro_abbas_peres1O presidente israelense, Shimon Peres, e o palestino Mahmud Abbas invocarão a paz no Oriente Médio com o Papa Francisco e o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, no próximo domingo, durante uma cerimônia de uma hora nos Jardins do Vaticano, indicou a Santa Sé nesta sexta-feira.

Peres chegará primeiro ao Vaticano, por volta das 18h15 locais (13h15 de Brasília), e 15 minutos depois será a vez de Abbas, proveniente do Egito.

Ambos serão acolhidos na residência de Santa Marta (onde Francisco vive) pelo líder da Igreja Católica, com quem se encontrarão rapidamente.

Posteriormente os três, junto ao patriarca ortodoxo, caminharão a uma pequena campina nos Jardins, perto do Museu Vaticano.

Após uma apresentação musical, os representantes das três religiões monoteístas – judeus, cristãos e muçulmanos – terão respectivamente um tempo para rezar sobre cada um dos temas escolhidos de comum acordo: a “criação” que une a todos como irmãos, o “pedido de perdão” e finalmente a “invocação pela paz”.

Os judeus rezarão em hebraico, os cristãos em inglês, árabe e italiano, e depois os muçulmanos em árabe.

Posteriormente, em uma segunda etapa, o Papa e os dois presidentes farão cada um sua própria invocação pela paz.

O encontro será encerrado com um “gesto comum de paz”: os três darão as mãos e depois plantarão uma oliveira.

Um curto encontro a portas fechadas no Pavilhão da Academia Pontifícia de Ciências encerrará o encontro. Os dois presidentes deixarão posteriormente o Vaticano.

As delegações contarão com 15 a 20 pessoas cada uma, declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.

As listas não foram publicadas, mas “os participantes não são membros dos dois governos”, e sim representantes da sociedade e das confissões nos dois países, incluindo os drusos.

“Estava claro que os políticos iam ficar de fora”, explicou o padre Pierbattista Piazzaballa, custódio da Terra Santa e organizador do encontro.

O padre Pizzaballa insistiu sobre a dimensão religiosa do encontro: “é uma pausa em relação à política. O papa quis olhar além, ganhar altura. Ninguém tem a ilusão de que na segunda-feira será declarada paz na Terra, que a paz estará mais próxima. Mas esta pausa, este fôlego precisávamos há tempos”, disse.

“Não é uma oração interreligiosa. Não rezamos juntos, nos reunimos para rezar”, insistiu.

As delegações serão mistas e representarão todas as religiões que existem nos dois países, disse.

“Cada delegação escolheu seus textos. Todos sabem tudo dos demais: há uma transparência absoluta sobre as orações, sem surpresas”, declarou.

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