Lição 7: “Jesus e a Aliança” à Luz da Mensagem de 1888

 

O Sumo Sacerdote de uma Nova e Melhor Aliança

Apresentamos, neste artigo, uma breve análise dos capítulos 9 e 10 da carta aos Hebreus, com ênfase no assunto dos dois concertos (ou alianças). Embora tenhamos comentado muito sobre esta questão no primeiro trimestre deste ano, examinamos aqui pontos diferentes e igualmente importantes. No texto principal está o texto bíblico que serve de base para os comentários, ficando entre parênteses ( ) os textos do Antigo Testamento aos quais o autor faz alusão e os do Novo que tratam do mesmo assunto. Recomendamos a leitura de todos as referências bíblicas, a fim de se obter uma boa compreensão do assunto. Entre colchetes [ ] estão as palavras que não aparecem no original mas foram acrescentadas para esclarecer o sentido. Em forma de itens apresentamos a análise dos versículos com a devida menção aos autores.

Ora, a suma do que temos dito é [que] temos um sumo sacerdote tal (cf. Heb. 3:1; 4:14; 6:20; 7:26; 9:11), que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade (Sal. 110:1), ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios (Num. 24:6); por isso era necessário que Este também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se Ele estivesse na terra, nem tão pouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplo e sombra (cf. Colos. 2:17) das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando para acabar o tabernáculo; porque foi dito: “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Êxo. 25:40). Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente (cf. Heb. 7:22; 9:15; 12:24), quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.

  • A que o apóstolo está se referindo quando diz: “Uma melhor aliança”? Está falando da nova aliança. Esta é uma aliança melhor que a antiga aliança. Por que? Quem deu a antiga aliança? Deus. Acaso Ele deu uma aliança defeituosa? Certamente que não. Então, onde está o problema da antiga aliança? O segredo está na palavra “promessas”. Na antiga aliança, quem fez a promessa? Deus deu a lei, mas o povo fez a promessa. E qual foi esta promessa? “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Êxodo 19:8). Na nova aliança a lei é a mesma, visto que a lei em ambas as alianças não é alterada. A diferença está na promessa. O que torna a nova aliança superior à outra? Não a lei, mas a promessa; pois Deus dá a lei e Ele mesmo cumpre a promessa. - Jack Sequeira, Study of Hebrews [Estudos de Hebreus].
      
  • Cada vez que faz uma promessa a Deus, você está se colocando na antiga aliança. Esta aliança não tem nada a ver com tempo; mas sim com o momento em que você promete a Deus que será bom. Você faz promessas a Deus? Então você está se colocando debaixo da antiga aliança. A questão não é a sua sinceridade, porque os judeus também foram sinceros quando fizeram promessas. Pedro estava sendo sincero quando prometeu: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum Te negarei” (Lucas 14:31). O problema é que o homem não é capaz de cumprir as promessas que faz. Quando quebra uma promessa, você fica desanimado e com medo. A solução para isto é a nova aliança. – J. Sequeira.
        
  • Destacamos o seguinte quadro retirado dos Comentários da Lição, realizados pela Casa Publicadora Brasileira:
        

Antiga aliança

Nova aliança

1. Participantes: Deus e Israel

1. Participantes: Deus e Israel

2. Mediador: Moisés

2. Mediador: Cristo

3. Baseada nas promessas mútuas

3. Baseada na promessa de Deus a Israel, e em nossa aceitação pela fé

4. Lei: Dez Mandamentos

4. Lei: Dez Mandamentos

5. Escrita em tábuas de pedra

5. Escrita no coração do crente

6. Ratificada no Sinai

6. Ratificada no Calvário

7. Pelo derramamento do sangue de animais

7. Pelo derramamento do sangue de Cristo

8. Ministração: Em termos de um infinito número de sacrifícios de animais, cujo sangue era ministrador por sacerdotes terrestres

8. Ministração: Em termos de um de único sacrifício, feito por Cristo, o qual agora ministra o Seu sangue no santuário celestial

Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo, lhes diz: “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquela Minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta [é] a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo; e não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais” (Jer. 31:31-34). Dizendo Nova [aliança], envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

  • As bênçãos da nova aliança estão baseadas unicamente na misericórdia para perdoar iniqüidades e pecados. ... Todos os que humilham o seu coração confessando os pecados acharão misericórdia, graça e segurança. Ao mostrar esta misericórdia ao pecador, Deus deixou de ser justo? Desonrou Sua santa lei, e daí em diante passará por alto a violação dela? Deus é constante. Não muda. ... as condições pelas quais a vida eterna pode ser obtida na nova aliança são as mesmas que havia debaixo da antiga: perfeita obediência [realizada por Cristo; ver a seguir]. Debaixo da antiga aliança havia muitas culpas de caráter atrevido e insolente para as quais não existia uma expiação especificada pela lei. Na nova e melhor aliança Cristo cumpriu a lei pelos transgressores da lei, quando é recebido pela fé como Salvador pessoal. Ellen White, Carta 276, 1904; em Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, pág. 943.
      

  • Os crentes eram salvos antigamente pelo mesmo Salvador que agora; mas era um Deus velado. Viam a misericórdia de Deus em símbolos. A promessa feita a Adão e Eva no Éden era o Evangelho para uma raça caída. ... O sacrifício de Cristo é o glorioso cumprimento do sistema hebreu. Já saiu o Sol da justiça. Cristo nossa justiça está brilhando esplendidamente sobre nós. ... O prazer de Deus e a Sua vontade são que as bênçãos oferecidas ao homem sejam dadas em perfeita plenitude. Ele fez provisão para que toda dificuldade possa ser vencida e cada necessidade seja satisfeita por meio do Espírito Santo; portanto, tornou possível que o homem aperfeiçoe um caráter cristão. Deus deseja que contemplemos Seu amor e promessas dados tão generosamente a todos os que não possuem méritos em si mesmos. Quer que dependamos plena, agradecida e alegremente da justiça que Cristo nos proporciona. E. White, Manuscrito 1489, 1897; em Idem, ibidem.
         

  • A antiga aliança foi essencial para o desenvolvimento dos hebreus porque a religião do Egito, onde eles estavam vivendo, ensinava que o homem é capaz de ajudar aos deuses na obra de salvação. Eles precisavam romper com esta auto-suficiência da religião pagã. A antiga aliança foi dada para destruir a confiança em seus próprios esforços e méritos. – J. Sequeira.
         
  • Escrever as leis “no seu entendimento” e “em seu coração” significa que Deus deseja colocar em nosso íntimo o mais sincero desejo de obedecer. Então os pensamentos de Cristo se tornam os nossos pensamentos, e os Seus desejos os nossos desejos. A respeito de Sua vida na Terra, Jesus disse: “Não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai que Me enviou” (João 5:30). Ele não considerava os mandamentos de Deus como sendo árduos, porém eram a Sua maior alegria. O que Davi afirma? “Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, a Tua lei está dentro do meu coração” (Salmo 40:8). João diz que “os Seus mandamentos não são pesados” (I João 5:3). – J. Sequeira.
        
  • Olhemos, então, as ordens, os mandamentos e a Lei de Deus com os olhos da fé. Veja-os como intenções dEle a seu respeito; como promessas da Videira Verdadeira ao Seu ramo (nós)! “Tudo o que deve ser feito a Seu mando, pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras” (Parábolas de Jesus, pág. 333). A responsabilidade de produzir uvas é da videira, não do ramo! – Como Vencer os Vícios, os Defeitos de Caráter e as Tentações Pela Fé, pág. 79.
         
  • Deus diz: “Não Me lembrarei mais [de seus pecados]”. Em outras palavras, em Cristo nós somos considerados perfeitos. Nós somos colocados perfeitos em natureza, perfeitos em caráter e perfeitos em estado. Nossa única segurança é aquilo que somos em Cristo. Você jamais pode dizer: “Eu mais Cristo” nem “Cristo mais eu”, mas sempre “Não eu, mas Cristo”. A maior necessidade de nossa igreja, para cada crente, é entrar completamente nesta experiência da nova aliança e na plena provisão feita por Deus para nós. – J. Sequeira.

 

Os Santuários Terrestre e Celestial

Ora, também a primeira tinha ordenanças de culto, e [um] santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado (Êxo. 25:31-40), o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição (Êxo. 25:23-30); ao que se chama o santuário [ou lugar santo]. Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos (Êxo. 26:31-33), que tinha o incensário de ouro (Êxo. 30:1-6), e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor (Êxo. 25:10-16); em que estava um vaso de ouro (Êxo. 16:33), que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido (Num. 17:8-10), e as tábuas da aliança (Êxo. 25:16; Deut. 10:3-5); e sobre [ela] os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.

Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços (Num. 18:2-6); mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e [pelas] culpas do povo (Êxo. 30:10; Lev. 16:2, 14, 15); dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço (cf. Heb. 10:1-2); [consistindo] somente em comidas (Lev. 11:2), e bebidas (Lev. 11:25; 15:18; Num. 19:13), e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção. Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros (cf. Heb. 3:1; 4:14; 6:20; 7:26; 8:1), por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes (Lev. 16:3, 14, 15), e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos (Núm. 19:9, 17-19), os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências (I Ped. 1:18-19; I João 1:7) das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo (cf. Heb. 6:1)?

E por isso é Mediador de um novo testamento (cf. Heb. 7:22; 8:6; 12:24), para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive? Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue; porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissope (Lev. 14:4; Num. 19:6), e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, dizendo: “Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado” (Êxo. 24:6-8). E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério (Lev. 8:15, 19). E quase todas [as coisas], segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão [de pecados] (Lev. 17:11).

  • A antiga aliança era um contrato, porque Deus deu a lei e o povo disse: “Nós iremos guardá-la”. Isto não foi um testamento, mas um contrato. Um testamento é feito por uma pessoa em benefício de outras. Então o Novo Testamento não é um contrato, mas simplesmente um testamento; nele Deus oferece a salvação a todos os homens. – J. Sequeira.

 

O Pecado é Removido pelo Sacrifício de Cristo

De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a Si mesmo Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário Lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez Se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez (Gên. 3:19), vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-Se uma vez (cf. Heb. 10:10) para tirar os pecados de muitos (Isa. 53:12; cf. I Ped. 2:24), aparecerá segunda vez (cf. Filip. 3:20; II Tim. 4:8), sem pecado, aos que O esperam para salvação.

  • A expiação de Cristo selou para sempre a eterna aliança da graça. Foi o cumprimento de todas as condições pelas quais Deus havia suspendido a livre concessão de graça à família humana. Naquele momento foi derribada toda barreira que interceptava a generosa distribuição de graça, misericórdia, paz e amor para o maior pecador da raça de Adão.  – E. White, Manuscrito 92, 1899; em CBA, vol. 7, pág. 945.
      
  • Em cada sacrifício estava implícita uma lição e impressa em cada cerimônia, solenemente pregada pelo sacerdote em seu santo ministério, e inculcada por Deus: que somente por meio do sangue de Cristo há perdão dos pecados. Mas quão pouco nós sentimos em conjunto a força desta grande verdade! Quão raras vezes, através de uma fé viva e real, fazemos que penetre em nossa vida esta grande verdade: que existe perdão para o menor pecado, mas também para o maior pecado! – E. White, Review and Herald, 21 de setembro de 1886; em Idem, pág. 944.
       
  • Jesus está agora no lugar santíssimo para apresentar-Se por nós diante de Deus. Ali não cessa momento após momento de apresentar a Seu povo completo nEle; mas pelo fato de sermos assim apresentados perante o Pai celestial, não devemos imaginar que podemos abusar de Sua misericórdia, e nos voltarmos descuidados, indiferentes e desenfreados. Cristo não é ministro de pecado. Somos completos nEle, aceitos no Amado, mas só permanecemos nEle pela fé. – E. White, Signs of the Times, 4 de julho de 1892; em Idem, pág. 945.

 

A Lei Divina no Coração

"As bênçãos do novo concerto baseiam-se puramente na misericórdia exercida no perdão das injustiças e pecados. O Senhor especifica: Farei isto e aquilo a todos os que se volverem para Mim, abandonando o mal e escolhendo o bem. "Serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais." Heb. 8:12. Todos os que humilham o coração, confessando seus pecados, encontrarão misericórdia e graça e segurança.

"Porventura Deus, mostrando misericórdia ao pecador, deixou de ser justo? Desonrou Ele Sua santa lei, e de ora em diante passará por alto a violação da mesma? Deus é verdadeiro. Ele não muda. As condições da salvação são sempre as mesmas. A vida, a vida eterna, é, para todos os que obedecerem à lei de Deus. Obediência perfeita, revelada no pensamento, palavra e ação, é tão necessária hoje como quando o doutor da lei perguntou a Cristo: "Que farei para herdar a vida eterna?" Disse-lhe Jesus: "Que está escrito na lei? Como lês? ... Faze isso e viverás." Luc. 10:25-28.

"Sob o novo concerto, as condições pelas quais se alcança a vida eterna são as mesmas que sob o antigo: Obediência perfeita. Sob o antigo concerto havia muitas transgressões de caráter ousado, presunçoso, para as quais não havia expiação especificada pela lei. No novo e melhor concerto, Cristo cumpriu a lei em favor dos seus transgressores, se O recebem pela fé, como Salvador pessoal. ... A misericórdia e o perdão são a recompensa de todos os que se chegam a Cristo confiados em que Seus méritos lhes tirarão os pecados. No concerto melhor somos purificados do pecado, pelo sangue de Cristo. ... O pecador é impotente para expiar um pecado que seja. O poder reside no dom gratuito de Cristo - uma promessa apreciada unicamente pelos que reconhecem seus pecados e os abandonam, lançando sua vida desamparada sobre Cristo, o Salvador que perdoa os pecados. Ele lhes porá no coração Sua lei perfeita, que é santa, justa e boa - a lei da própria natureza de Deus. Carta 276, 1904." -- Para Conhecê-Lo, Meditações Matinais 1965, 20 de outubro, pág. 299.

 

A obra de Cristo como mediador

A obra mediadora de Cristo não está limitada pelo tempo nem pelo alcance. Ser mediador significa mais que ser intercessor. Cristo era mediador antes do pecado entrar no mundo, e será mediador quando o pecado não mais existir no universo, e não haja necessidade alguma de perdão. “Todas as coisas subsistem nEle”. É a mesma “imagem do Deus invisível”. Ele é a vida. Só nEle e por meio dEle flui a vida de Deus a toda criação. Portanto, Ele é o meio, o mediador, o modo pelo qual a luz da vida ilumina o universo. Não se tornou mediador quando o homem caiu, mas era desde a eternidade. Nada, não somente algum homem, mas nenhum outro ser criado, vem ao Pai se não por Cristo. Nenhum anjo pode estar na presença divina, senão em Cristo. A entrada do pecado no mundo não necessitou o desenvolvimento de qualquer novo poder, ou que se fosse colocado em marcha nenhuma nova maquinaria. O poder que havia criado todas as coisas não fez mais que continuar, pela clemência infinita de Deus, a restauração do que tinha se perdido. Todas as coisas foram criadas em Cristo; portanto, temos redenção em Seu sangue  (Colossenses 1:14-17). O poder que anima e sustém ao universo é o mesmo poder que nos salva. “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (Efe. 3:20 e 21). (Ver Apocalipse 4:11, com relação a 5:9). – Ellet J. Waggoner, As Boas Novas, págs. 91 e 92.

A Lei e a Promessa

“É a Lei contrária as promessas de Deus? De maneira nenhuma!” Se fosse, a lei não teria sido dada “por meio de um mediador”, Jesus Cristo, já que todas as promessas de Deus são “Sim” nEle (II Coríntios 1:20). Em Cristo encontramos combinadas a lei e a promessa. Podemos saber que a lei não foi, e não vai contra a promessa, pelo fato de que foi Deus quem deu tanto uma como outra. Sabemos igualmente que a proclamação da lei não introduziu nenhum elemento novo na ”aliança”. Posto que a aliança tinha sido confirmada, nada poderia ser acrescentado, nem removido. Mas a lei não é algo inútil, pois nesse caso Deus não a teria dado. Que guardemos ou não a lei, não é uma questão opcional, porque Deus mesmo a ordenou. Mas ao mesmo tempo, não vai contra a promessa, nem introduz nenhum elemento nela. Por que? Simplesmente, porque a lei está incluída na promessa. A promessa do Espírito diz: “Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei” (Hebreus 8:10). É exatamente isso o que Deus fez com Abraão ao dar-lhe o pacto da circuncisão. (Romanos 4:11; 2:25-29; Filipenses 3:3). – E. Waggoner, Idem, págs. 92 e 93.

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