O Que Fazer Pela Música?!

Venho acompanhando os e-mails de pessoas revoltadas com o grupo Novo Tom e a nossa música. Realmente a nossa música vem sofrendo influências do mundo musical. Sabemos que a evolução das coisas é inevitável e a música também vem acompanhando essa evolução.

Lembram-se de quando o Heritage Singers veio ao Brasil em 1979? E que as músicas que eles cantavam escandalizaram muitos irmãos da época? Se pegarmos as mesmas músicas daquele tempo e escutarmos hoje, não vai haver nenhuma manifestação de que seja moderna ou agitada. Mas se pegarmos as músicas que eles cantam hoje tenho certeza que iriam classificá-las de mundanas. Isso é o resultado da evolução.

Lembro também, por volta de 1980 a 1985, que se aparecesse uma pessoa tocando na igreja um saxofone também era motivo de discussão porque o instrumento lembrava banda de jazz. Mas hoje não é mais visto como antigamente. Por quê? 

E hoje em dia noto que o instrumento crucificado é a bateria. Refiro-me à bateria bem tocada como acompanhamento e não como solo. Se estiver no playback ou no teclado, tudo bem. Mas se estiver montada uma bateria eletrônica na frente da igreja aí, sim, é errado. Deve ser exorcizada? Qual é a saída para isso, pararmos no tempo?

A juventude de hoje não para de evoluir, por vários fatores, mídia, televisão, cds, etc... E isso é um problema sério para igreja. Se ela não oferecer um programa "interessante", os jovens com certeza irão procurar outros divertimentos como cinemas, bares, e até danceterias, divertimento bem real e presente entre os jovens adventistas. E aí? Será que a saída é meter "pau" no Lineu, Flávio, Novo Tom, Alessandra, Ariney e outros?

Não quero julgar se eles estão certos ou não, mas é complicado. Só criticar é fácil. E a solução?

Certa vez fui a uma "Casa Aberta" e o que me chamou a atenção foi na apresentação do Quarteto Ministry, esse citado por uma internauta como música-exemplo, quando os pastores entraram no palco, várias meninas que estavam ao meu lado começaram a ficar "estéricas" e até chegaram a gritar "Gostosos". Agora eu pergunto: O problema está com o quarteto e suas músicas? Ou pastores? Claro que não, eu aprecio as músicas do quarteto, o problema está com os jovens de hoje que confundem uma apresentação músical fora da igreja com um show qualquer do mundo e se esquecem que a programação é de louvor a Deus. 

Na apresentação do Novo Tom e Projetart, na Liberdade, SP, eu estava presente e em todo momento em que o grupo Projetart acabava de cantar os componentes apontavam para cima dizendo que o louvor era pra Deus. Em nenhum momento eles dançaram, como disse uma internauta. Eles faziam expressão de palco, que é bem diferente de dança. Já parou pra notar como é horrível e cansativo ver um grupo parado sem gestos? 

E só consegui entrar na primeira sessão porque consegui ingressos com uma componente do grupo Projetart, porque não estavam vendendo para a primeira sessão, mas os jovens estavam em peso e como de costume aplaudindo, gritando e assobiando... Qual a saída? Se você pensa que é fácil que é só seguir o que Ellen White diz, nada contra e, sim, a favor. Beleza, vamos falar para os jovens também que ela condena cinemas, discotecas etc... e torno a perguntar: Qual a saída?

Irmãos, vamos pensar numa solução ao invés de julgar e criticar quem tenta fazer o melhor para atrair os jovens para Cristo. Eu acho que uma hipótese é instruir os nossos jovens a como se portar numa apresentação musical fora da igreja. Infelizmente a cultura que nós temos dentro da igreja não ajuda muito. Existe um fato muito interessante aqui não podemos bater palmas na igreja, mas na conferência geral podemos aplaudir os grupos africanos que cantam e dançam em louvor a Deus. 

A outra sugestão é continuar orando para que Deus continue aceitando o nosso louvor que, na minha opinião, está sendo prestado com sinceridade por parte de todos.

Um abraço

Roberson Sagaz de Ornellas


Aprendi desde a muito pelos pastores no Brasil que musica é questão de PRINCÍPIO. Mais tarde surgiram algumas pessoas dizendo que musica é costume, e recentemente ouvi de uma figura ilustre da igreja, pastor diga-se de passagem, que musica é uma CONVENÇÃO.

A esta altura das falas sobre mÚsica seria bom e interessante que os pastores definissem realmente o que é a mÚsica: PRINCÍPIO, COSTUME OU CONVENÇÃO? Por gentileza, os especialistas no assunto que tomem os seus postos e procurem esclarecer isso pra nossa juventude e membros, que já não sabem mais o que a musica é na verdade.

Outra coisa que me chama muito a atenção é que já estudei de tudo nas lições da escola sabatina, mas observem nunca sobre a musica .Por quê? Que mistério existe atrás de tudo isso? Será que temos sido enganados pela igreja e pela escola dos profetas sobre esse assunto? Será tabu? Ou falta de conhecimento mesmo.

Muito obrigado.

Tony, Los Angeles


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