Para ler as legendas dos vídeos, é preciso colocá-los em tela cheia.
Eduardo Vasco, jornalista brasileiro que foi à região, contou o que viu e ouviu da população e de militares que estão em cidades da RPL. Para Vasco, ficou claro que o que é noticiado pela grande mídia, é bastante distinto do que se encontra na realidade local.
Em meio a uma operação militar que, ao ser vista de perto, pode desencadear situações complicadas, o que leva alguém a viajar e cobrir o que está acontecendo mesmo com toda a facilidade de informação que temos hoje?
Segundo Eduardo Vasco, jornalista da COTV, é necessário ver “com os próprios olhos”, uma vez que a cobertura da mídia brasileira e internacional sobre a Rússia e o conflito em curso “é um desastre”.
“A imprensa internacional é um desastre. A gente tem a ideia, ao acompanhar outros meios de comunicação alternativos, que na verdade a realidade é muito diferente […] Por isso, precisamos ver com nossos olhos”, afirmou Vasco à reportagem.
Para ler as legendas dos vídeos, é preciso colocá-los em tela cheia.
A imprensa internacional é um desastre. A gente tem a ideia, ao acompanhar outros meios de comunicação alternativos, que na verdade a realidade é muito diferente […] Por isso, precisamos ver com nossos olhos", afirmou Vasco à reportagem.”
A trajetória do jornalista começou por Moscou, seguindo para Rostov-no-Don e depois para República Popular de Lugansk (RPL), mais especificamente nas cidades de Popasnaya e Rubezhnoe, as quais “haviam acabado de serem libertadas do controle ucraniano”.
Para ler as legendas dos vídeos, é preciso colocá-los em tela cheia.
“Vimos uma destruição enorme, que ocorreu, conforme contaram para gente, devido aos bombardeios ucranianos ou à utilização de tropas ucranianas de edifícios residenciais, escolas e hospitais como escudos e a população como escudos humanos.”
Ao mesmo tempo, Vasco relata que a situação dos moradores da região é “um contexto de penúria”, visto que a ajuda que chega “é do governo russo e do governo de Lugansk, porque as organizações internacionais, como ONU, Cruz Vermelha e Anistia Internacional, simplesmente abandonaram aquela população”.
“Na RPL, a maior parte dos homens está alistada no conflito, isso significa que os civis que estão nas ruas são idosos, crianças e mulheres, e essas são as vítimas dos bombardeios ucranianos […] Em um prédio em Rubezhnoe, mais ou menos com 50 pessoas, não tinha água, luz ou gás […] Os moradores sobrevivem com a ajuda do governo de Lugansk”, disse o jornalista.
Para ler as legendas dos vídeos, é preciso colocá-los em tela cheia.
População, militares e uma única esperança: libertação
Ao percorrer a região do Donbass, Vasco conta que ficou claro para ele que a população local “observa a presença das forças russas como forças libertadoras”.
“As pessoas com as quais conversamos […] veem os ucranianos como agressores, tanto o Exército de Kiev quanto as forças nazistas, o Batalhão Aidar e o Batalhão Azov, principalmente o Batalhão Aidar, sobre o qual foi relatado para gente que o mesmo realizou fuzilamento de civis, bombardeios de igrejas com civis dentro, até estupro e exposição de cadáveres para servir de exemplo […].”
“A opinião pública brasileira é moldada através do que é transmitido na TV e na Internet, e no Brasil, os meios de comunicação pertencem a seis famílias, é um monopólio brutal e esses meios apresentam a visão dos EUA. Portanto, pensam que a Rússia é o agressor”, declarou.