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A JUSTIFICAÇÃO E JUSTIÇA PELA FÉ
Comparação de Três Pontos de Vista Contrastantes
Pr.
Robert J. Wieland, 30.08.1977
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
1.Começa com a necessidade do homem por segurança eterna.
Assim o apelo é centrado no eu. Nunca vai além do
egocentrismo.
2.O amor de Deus é em si mesmo egocêntrico. Cristo foi
sustentado por interesse centrado no eu. Ele não morreu o
equivalente da segun-da morte, mas foi imediatamente ao
Paraíso, como a doutrina da imor- talidade natural da alma
requer. Assim o verdadeiro amor do Novo Testamento, ágape,
é eclipsado e anulado.
3.Fé é confiança no sentido de uma pessoa
gananciosa querer garantir a segurança pessoal na salvação.
Embora haja muito falar de Cristo, mas de fato tudo se
centraliza no eu e a fé permanece como o meio de satisfazer a
insegurança pessoal.
4.Jesus ensinou que o amor-próprio é uma virtude - "amarás
o teu próximo como a ti mesmo". Mas são forçados a
mal compreender a Sua ordem. O erro fundamental da
imortalidade natural da alma lança fora de foco de forma
errada todos os seus pontos de vista sobre a justiça pela fé.
5.Deus há muito tempo fez uma provisão para a nossa salvação,
mas Jesus não faz nada por nós até que o aceitemos.
Assim, a idéia trasmitida é que se formos salvos será
devido à nossa própria iniciativa. E se estivermos perdidos
é Deus que tomará a iniciativa de nos punir.
6.O evangelho é as boas novas do que Deus fará por
nós se fizermos a nossa parte, isto é, aceitar a Jesus
e assim mudar nosso irado Deus num amigo.
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
1.Muito similar. O apelo comum é para nosso egoísmo
natural. Parece difícil concebermos qualquer outro apelo mais
efetivo do que o egocên- trico. Começa com a necessidade do
pecador.
2.Mui poucos de nossos escritores e pregadores contemporâneos
reconhe-cem a natureza egocêntrica do amor como entendido
pelas igrejas populares, em contraste com o amor abnegado do
Novo Testamento (ágape). Muita confusão sobre o
significado do amor.
3.Praticamente a mesma coisa. A fé é quase universalmente
definida
nos mesmos termos como os Evangélicos.
4.Jesus ensinou que o amor do eu é uma virtude, uma pré-condição
necessária para amar os outros. O amor-próprio é
fortemente enfati-zado, sendo extremamente popular. O amor do
eu e o apropriado res-peito-próprio são confundidos.
5.Deus tem feito uma provisão para nossa salvação, mas
isto não nos fará nenhum bem até que aceitemos a Cristo.
O egocentrismo distorce e altera todos os conceitos de
justifica-ção. Isto é inevitável quando o peca-dor é ensinado
que tudo depende do que ele faz com a oferta de Deus.
6.O evangelho é as boas novas do que Deus fará por
nós se fizermos a nossa parte. Tudo depende de nossa iniciativa
agora. Ele espera que nós demos o primeiro passo.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
1.Começa com a revelação do amor de Deus na cruz (I
Cor. 2:1-5).
O apelo é por uma motivação mais elevada - amor e gratidão.
Assim não é egocêntrico.
2.O verdadeiro amor é absoluta- mente abnegado, desejando
mesmo abdicar da salvação pessoal pelo bem dos outros. O
amor de Cristo é o modelo. Ele morreu o equivalente da
segunda morte. Este amor, ha- bitando no coração, expulsa
o ego- centrismo, a causa da mornidão, e terminará a obra do
evangelho.
3.Fé é uma apreciação tão profunda do amor sacrifical
de Deus que o crente é constrangido a adotar os princípios
do Céu de amor abnega- do como a motivação para todos os
seus atos. Faz o que é certo porque é certo e não com a
esperança de recompensa ou medo de punição. Conquista o
egocentrismo e a mornidão.
4.Jesus ensinou que a pessoa con-vertida amará o seu próximo
como, antes da conversão, achava natural amar a si mesma.
Somente quando o eu é crucificado com Cristo podem os homens
ter um verdadeiro senso do valor-próprio. Isto ocorre quando
o amor-próprio, o pilar central do reino de Satanás, é
expulso da alma pela fé.
5.Cristo justificou a todos os homens; as boas novas
assim lhes dizem. Pelo Espírito, Jesus, persistente e ativamente,
atrai a todos até que O façam retirar-Se pela
persistente rejeição. As boas novas não são SE
fizermos a nossa parte, mas se realmente apreciamos o que ELE
tem feito (ter fé). A verdadeira aceitação é a fé real.
6.O evangelho é as boas novas do que Deus fez e está
fazendo por nós agora. Ele nos tem atraído em toda
nossa vida (Jer. 31:3, João
12:32). Se não resistirmos, seremos salvos. O evangelho
motiva para uma verdadeira entrega do coração, uma
resposta da fé. (Caminho a Cristo, p. 27).
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
7.Para Deus nos aceitar depende de aceitarmos a Cristo.
Estamos fora da família de Deus até que aceitemos a
Cristo.
8.Deus torturará o perdido num inferno de fogo eterno. A
doutrina da imortalidade natural da alma requer isto. O motivo
egocêntrico distorce dessa forma seu ponto de vista sobre o
caráter de Deus.
9.Remissão é o perdão dos pecados por Deus.
Nenhuma distinção entre o perdão e o apagar os pecados.
Deus virtualmente desculpa o pecado na base da obra
terminada por Cristo no Calvário.
10.É difícil ser salvo e fácil perder-se, mas de modo
geral não desenvolveram essa idéia tanto quanto nós.
11.O pecador deve ser pressionado a aceitar e se entregar a
Cristo - aceitando a Cristo enquanto continua a ser centrado
no eu e desobediente a lei de Deus.
12.Quando o pecador aceita ele é justificado.
13.A justificação pela fé é um ato judicial de
contabilidade por Deus em que um homem injusto, ainda mau, é
declarado justo enquanto continua a ser indulgente com motivações
pecaminosas. Motivo antinomiano (a fé e não os atos como a
única condição de salvação).
14.A expiação é o aplacamento da ira do Pai, realizado
por Cristo, contra o pecado e pecadores, assegurando o perdão
e a tolerância do pecado. No melhor é vencer o pecado nos níveis
mais baixos, apenas para vê-lo reaparecer nos níveis mais
altos.
15.Simples mas justamente afirma-do, seu ponto de vista
sobre justi-ficação e justiça pela fé conduz à desobediência
dos mandamentos de Deus. Como se pode explicar a continuada
rejeição do quarto mandamento após 1844?
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
7.Deus nos aceitar depende de aceitarmos a Cristo. Quase o
mesmo.
8.Deus torturará e destruirá o perdido num inferno de
fogo que aniquila.
9.Remissão é o perdão dos pecados por Deus. Pouca ênfase
no custo envolvido ou no fato de que a absolvição do Novo
Testamento seja retirar o pecado.
10.A maioria pensa que é difícil ser salvo e fácil estar
perdido. Uma vez que poucos serão salvos, deve ser mesmo
difícil ser salvo. Através de muitos meios essa idéia está
arraigada nos jovens.
11.As técnicas evangelísticas comuns utilizam várias
formas sutis (algumas não sutis) para pressionar o pecador a aceitar
e entregar-se, tais como, apelos altamente persua-
sivos para ir a frente, baseados em motivação egocêntrica,
esperança de recompensa ou medo de punição.
12.Quando o pecador aceita ele é justificado.
13.Basicamente o mesmo, com raras exceções. Os aspectos
objetivos e subjetivos da justificação são confundidos.
Nenhuma mudança do coração ocorre nessa justificação
pela fé.
14.De algum modo misterioso há uma expiação pelos
pecados que satisfaz a ira de Deus contra os pecadores. A quem
mais pode a expiação safisfazer? Ênfase exagerada na
estrutura legalista da expiação eclipsa o poder da graça.
15.Nosso ponto de vista popular sobre justificação e
justiça pela fé por décadas não tem verdadeiramen- te
purificado a igreja de imoralida-de, mornidão, mundanismo,
cobiça, orgulho.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
7.Deus já nos aceitou em Cristo. Nossa parte é crer nesta
verdade, que é o evangelho. Tal fé opera, provendo inteira
motivação para a obediência.
8."Deus não destrói o homem; todo homem que for
destruído, destruir-se-á a si mesmo". O pecado, não
Deus, destrói os ímpios. A segunda morte é algo
misericordioso para finalizar a real miséria deles.
9.Remissão é retirar os pecados. A ênfase está sobre o
custo da remissão - o sacrifício de Cristo; "a remoção
dos pecados é necessária para a purificação do santuário,
e para a vindicação de Cristo.
10.É fácil ser salvo e difícil perder-se, uma vez que
compreendamos e creiamos na verdade da justificação pela fé.
O evangelho é importante pelo que ele é - as boas
novas.
11.Qualquer uso de pressão, truques, ou medo, denuncia a
ineficácia da mensagem apresentada. A mensagem de 1888
anunciou um novo dia no evangelismo, de acordo com E.G.White.
Uma vez que a verdade seja propriamente revelada para o
pesquisador da verdade, nada pode impedi-lo de responder.
12.Na realidade, todos os homens foram justificados quando
Cristo morreu por todos. Isto é forense.
13.Quando Deus declara alguém justo Ele não mente.
A justificação pela fé vai além da justificação forense
e envolve uma verdadeira mudança de coração. Deus conta a fé
como justiça, e a Sua declaração é em realidade
avaliação ou reconhecimento. (ver o nº 3).
14.Embora Deus verdadeiramente odeie o pecado, o sacrifício
de Cristo não O pacifica ou O motiva para amar os
pecadores, pois Ele já os amou. A propiciação é oferecida
pelo Pai; ela reconcilia o pecador crente e o universo. Como a
carne reveste os ossos, assim a graça reveste a base legal da
expiação.
15.A verdadeira justiça pela fé conduz o crente à
preparação para a transladação; mais importante, con-duz a
corporação da igreja para aquele objetivo (transladação),
na mesma geração que a aceita. Manifestada em obediência a
todos os mandamentos de Deus.
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
16.O supremo objetivo na vida é conquistar a segurança
eterna, ser salvo, pois se morrermos hoje iremos para o
céu.
17.O pecado é a conduta inaceitável à comunidade cristã
popular. Ela não inclui a guarda do domingo ou a quebra do sábado.
18.O arrependimento é um dever desagradável a ser
cumprido no início da vida cristã.
19.Nascido sob a lei (Gal. 4:4) significa que Cristo nasceu sob as ordenanças
judaicas.
20.A natureza e a carne de Cristo eram diferentes das
nossas - Ele foi imune ou isento do pecado original.
21.Cristo levou nossa culpa apenas vicariamente, não
verdadeiramente. Isto é conseqüência do citado acima.
22.A tentação, para Cristo, não era uma coisa real que nós
temos de enfrentar. Suas tentações eram apenas tentações
inocentes - isto é, era tentado apenas a fazer coisas que não
seriam pecaminosas, alguns dizem, ou Ele foi tentado como foi
o inocente Adão.
23.Cristo era naturalmente bom. Sua vontade era idêntica a
de Seu Pai.
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
16.O supremo objetivo na vida é estar preparado para
entrar no céu, ganhar a eterna segurança lá. A garantia
pessoal da segurança tem a mais alta prioridade.
17.O pecado é a transgressão da lei - a definição padrão
adventista. Com freqüência entendido superficialmen-te como
mera quebra de um tabu moral. Muita ênfase sobre atos conhecidos
de pecado.
18.Temos um conceito nebuloso de arrependimento. O
arrependimento é considerado inconsistente com a felicidade
e a felicidade é o objetivo do cristão. Cair sobre a
Rocha é ridículo. Muita oposição à cruz do crente. O
ego deve ser satisfeito.
19.Nasceu sob a lei em Gal. 4:4 significa que Cristo nasceu sob a lei cerimonial judaica
(cf. comentários sobre o texto, 6SDABC, 966).
20.A maioria de nossos escritores e teólogos agora ensinam
que Cristo tomou a natureza sem pecado de Adão antes de sua
queda no Éden. Assim Jesus tinha carne santa.
21.Cristo levou nossa culpa vicariamente e apenas
assim. Ele não podia realmente levar a culpa. Isto é em
conseqüência da falha de entender a realidade da
identidade de Cristo com a corporação da humanidade.
22.Era impossível, inútil, e desne-cessário
para Cristo ser verdadeira-mente tentado em todos os pontos
como nós somos. Virtualmente o mesmo que o ponto de vista
evangé-lico. Essa trágica compreensão in-correta resulta da
ignorância genera-lizada da mensagem de 1888. A citação
acima é da Ministry Magazine,
janeiro de 1961. Indubitavelmente esse ponto de vista
exacerbou a imoralidade e o divórcio dentro da igreja.
23.Cristo era naturalmente bom. Sua própria vontade
era idêntica a de Seu Pai. Nenhum conflito inte-rior. Esse
ponto de vista falha em apreciar a realidade da encarnação e
das tentações de Cristo como reveladas em Mateus
26:39.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
16.O objetivo supremo na vida é assegurar a honra e a
vindicação de Cristo no encerramento da grande controvérsia.
Cristo deve receber a Sua recompensa.
17.Tudo quanto não procede da fé é pecado ou o
pecado é tudo o que não é de fé. (Lembre-se da definição
do Novo Testamento no nº 3). O pecado não é a mera quebra
de um tabu, mas a falha em apreciar o verdadeiro caráter de
Deus, revelado na cruz.
18.O arrependimento é uma experi-ência satisfatória e
feliz da realida-de. Aprofunda-se através da vida. Uma sempre
profunda tristeza pelo pecado significa um sempre mais íntimo
relacionamento com Cristo, que foi feito pecado por nós.
O que se gloria na cruz está comprometido com qualquer
sacrifício.
19.Nasceu sob a lei em Gal. 4:4 significa sob a condenação da lei moral. Assim Cristo não
foi imune
de nada, mas não escolheu o pecado. Ele foi ambos Substituto
e Exemplo.
20.Cristo tomou a natureza pecami-nosa do homem após
a queda de Adão. Desse modo Ele foi enviado na semelhança
da carne pecaminosa. Jesus não foi isento de nada, mas não
escolheu o pecado. Foi ambos Substituto e Exemplo ao pecador.
21.Cristo realmente levou a nossa culpa, embora Ele fosse
sem pecado. Cristo verdadeiramente Se identificou conosco
completamente. Seu batismo foi para o arrependimento.
(A palavra vicário nunca foi usada por EGW, ATJ ou
EJW). Cf. GCB 1901, p. 36.
22.Cristo foi verdadeira e severa-mente tentado em todos os
pontos como nós somos, identicamente conosco, não meramente
como foi o inocente Adão. Ele foi tentado de dentro como nós
somos, embora sem pecado. Ele conhece a plena força de
qualquer tentação que qualquer filha ou filho caído de Adão
pode sentir - não há ninguém que Ele não possa socorrer. Heb.
2:18.
23.A justiça de Cristo não era natural, mas pela fé.
Ele teve de negar a Sua própria vontade a fim de seguir a
vontade de Seu Pai, pois Sua vontade natural era oposta a de
Seu Pai. João 5:30; 6:38.
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
24.Especificamente, cristo não foi exemplo ou norma
na área de
sexualidade. (Para um exemplo deste ponto de vista ver painel
de discução em Christianity
Today, 21.7.1967.)
25.Devido a um falso ponto de vista sobre a natureza de
Cristo, Sua justiça é um termo sem sentido. O ponto
de vista calvinista limita
Sua justiça à substituição e ignora a realidade de
Seu exemplo para nós.
26.Nenhum conceito qualquer que seja da purificação do
santuário celestial como uma obra paralela ou consistente
com a justiça pela fé. Não têm conhecimento do caminho
para o Santíssimo, e não podem ser beneficiados pela
intercessão de Jesus ali. Primeiros
Escritos, 261.
27.Nenhum conceito qualquer que seja da purificação do
santuário celestial. Virtualmente ignorância total.
28.Pecar e se arrepender é a ordem do dia até que Jesus
retorne.
29.A síndrome pecar e arrepender-se está no cerne
do romanismo: o pecado é perpetuado. Na realidade, o conceito
popular evangélico é o mesmo, porque o orgulho espiritual é
a essência do entendimento deles de vencer o pecado. (Onde não
haja verdadeira guarda do sábado não pode haver verdadeiro descanso
do eu.
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
24.Não há praticamente nenhuma referência na literatura
adventista contemporânea sobre a possibilidade de Cristo ser
tentado no campo da sexualidade. Parece chocante pensar que
Ele foi um ser sexual normal.
25.A justiça de Cristo é um termo familiar para nós,
mas nossa confusão sobre a natureza de Cristo torna o conceito
nebuloso. É geralmente admitido que Cristo era bom porque Ele
tinha uma herança genética diferente da nossa. É boa a
nossa sorte de que Ele seja um milionário moral que pode cobrir
nossos débitos morais para nós. Teremos de nos manter
pecando, pelo menos inconcientemente. Mantenhamos nosso seguro
pago através de confiar e estamos cobertos.
26.A maioria de nosso povo não tem nenhum conceito da
purificação do santuário como uma obra vital para a genuína
justiça pela fé, ou intima-mente relacionada com ela. Relu-tância
de pregar a verdade do santu-ário por receio de
identificar-se com ramificações ou com o chamado perfeccionismo.
27.Quase inexistentes apresentações contemporâneas da
purificação do santuário, como tendo um efeito prático na
experiência cristã, com poucas exceções de controvérsias
recentes inspiradas pela mensagem de 1888.
28.A ênfase popular é sobre a impossibilidade de viver
sem pecar. Isto é devido à concepção errônea prevalecente
sobre a natureza de Cristo e do descuido sobre a verdade do
santuário.
29.Graça barata é o único resultado possível de
prevalecer confusão a respeito da natureza de Cristo, do
preconceito contra a perfeição do caráter cristão, do
eclipse da cruz, e da negligência da purificação do santuário.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
24.Não vacila em apresentar Cristo como completamente
relevante. Ele verdadeiramente veio na carne. As definições
claras sobre a tentabilida-de de Cristo estão nos Salmos
Messiânicos. Se Ele não for um Salvador completo, Ele não
pode socorrer os que são assim tentados. Essa é a
mensagem que o cristão moderno necessita.
25.A justiça de Cristo é a norma para cada pessoa em sua
circunstância particular em qualquer momento. Em outras
palavras, através da rendição aos princípios da cruz,
Cristo enfrenta nossos problemas particulares doravante pela
completa vitória sobre o pecado e o eu. Esta é a Sua justiça
─ é algo revelante para nós. Verdadeiramente, a partir
de agora Cristo nos libertou de modo que nunca tenhamos
necessidade de pecar novamente. A chave é
a fé verdadeira e genuína. Cristo é ambos Exemplo e
Substituto.
26.É verdadeiramente impossível entender o tipo de justiça
pela fé que preparará um povo para a vinda do Senhor, sem
ter um claro discerni-mento da verdade do santuário em sua
fase final. De outro modo ambas as doutrinas são estéreis.
27.O verdadeiro cerne na mensagem de 1888 é a purificação
do santuário. Isto resulta no efeito prático da remoção
dos pecados do coração dos crentes. A corrente de pecado que
flui para dentro do santuário deve ser interrompida em sua
fonte - os corações do povo de Deus.
28.A perfeição do caráter não é somente o objetivo;
está facilmente disponível tão logo o povo de Deus tenha a
fé de Jesus. A única dificul-dade é a ignorância da
verdadeira justiça pela fé ou a rejeição dela.
29.Justiça pela fé impõe um padrão extremamente elevado
- mesmo o do próprio Cristo. A vida de perfeita entrega que
Ele viveu na semelhan-ça da carne pecaminosa se torna
o padrão ou norma para os que têm a fé de Jesus.
Quando essa obra for realizada, a purificação do santuário
celestial está concluída. Cristo vê o Seu caráter perfeitamente
refletido em Sua igreja.
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
30.I João 2:1 nos diz para não pecarmos, mas virtualmente
nos dá licença para pecar. Jesus como nosso advogado ajusta
as coisas com o Juíz, o Pai.
31.É uma virtude afirmar, "Eu estou salvo".
Esta é uma idéia confusa, freqüentemente associada com um
trágico orgulho espiritual e um falso senso de segurança à
luz de Mateus 7: 21-23. Conseqüência direta de inteira ênfase
egocêntrica.
32.O interesse egocêntrico prevale-cente torna impossível
pensar em se arrepender senão dos próprios pecados; e o
motivo para o arre-pendimento é a segurança pessoal.
33.Manter a vida cristã é uma coisa muito difícil,
requerendo a obser-vância de muitas regras.
34.Diferenças doutrinárias são inevi-táveis.
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
30.I João 2: 1 nos diz para não pecarmos, como a
seguradora nos diz para não termos um acidente. Mas como
deslizamos mais cedo ou mais tarde, então fiquemos certos de
que estamos cobertos pela apólice do Advogado. Muitas
vezes a idéia que o nosso povo tem é que Cristo é nosso
Advogado que pleiteia com o Juiz para nos deixar impunes. Não
podemos esperar mais que vitória sobre pecados conhecidos.
A partici-pação em pecados desconhecidos implica ser
inevitável até a volta de Jesus. (Exemplos bíblicos de
pecados desconhecidos são a crucificação de Cristo e a
perpetuação do orgulho de Laodicéia).
31.Difundido ensino de nosso povo afirmar "Estou
salvo" em contradi-ção de Parábolas
de Jesus, 155. Conseqüência da influência da Cruzada
Universitária para Cristo, e das técnicas de Explosão do
Evangelismo do Rev. Kennedy.
32.O interesse egocêntrico prevale-cente torna impossível
encarar o arrependimento senão para os próprios pecados. A
motivação dominante é o interesse pela própria salvação
pessoal. Isto de certo nega o verdadeiro espírito de
arrependimento. Nenhuma real simpatia com Cristo é possível.
33.O mesmo. A ênfase é colocada na dificuldade de
permanecer cristão. Expectativa desencorajadora. Tudo depende
de segurarmos a mão de Deus. Impressão dada de que Deus não
se importa se O deixamos. Manter a nossa pressa ou gravidade
fará espatifarmo-nos no solo (uma apresentação
popular).
34.A idéia comum é que a unidade perfeita é impossível
até que o Senhor venha.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
30.No contexto, I João 2:1 diz que o propósito do sacrifício
de Cristo é para Seu povo deixar de pecar. E isto é para se
tornar efetivo quando Seu povo compreende o princípio da
culpa corporativa - e vê o seu relacionamento com os
pecados do mundo inteiro. Assim o interesse de João era
pela obra que a purificação do santuário deve fazer. O Pai,
o Filho e o Espírito Santo estão unidos para capacitar os
crentes a vencer como Cristo venceu. Isto de certo inclui a
vitória sobre todo o pecado, mas isto nunca é
conscientemente reivindicado ou concebido. (Isto não é o
chamado perfeccionismo fanático, nem centrado no eu,
mas é inteiramente pela fé).
31.Quem vê Cristo como Ele é verdadeiramente, é liberto
de todo o interesse egocêntrico por sua própria segurança.
Está completamente consciente de sua própria
pecamino-sidade, nunca mesmo pensando em reclamar perfeição
ou segurança (realmente a mesma coisa). Seu centro de
interesse: como pode honrar seu Salvador agora e sempre. É
atraído pela glória da justiça de Cristo sem ter ansioso
interesse por sua própria recompensa. Em completo acordo
com Parábolas de Jesus,
155. Isto proporciona paz verdadeira.
32.O arrependimento e o batismo de Cristo introduz um
interesse mais amplo - culpa e arrependimento cor-porativos.
Vemos a nós mesmos cul-pados de fato pelos pecados do
mun-do inteiro. Isto torna possível um efetivo amor como
o de Cristo. Também torna possível uma identi-dade com
Cristo como aquela que uma esposa verdadeira e
compre-ensível sente por seu esposo. O arrependimento
corporativo angaria a compreensão e simpatia ativas do povo
de Cristo com Ele em Sua obra de encerramento da expiação. O
eu cessa de ser o centro de interesse.
33.Tudo depende em crermos que Deus nos ama, respeita e
valoriza
tanto que Ele está se segurando em nossa mão. O que faz a
vida cristã parecer difícil é o desprestígio da mensagem
da justiça de Cristo. O amor de Cristo nos constrange
e torna a vida centrada no eu doravante impossível.
34.Unidade perfeita é a norma numa igreja que tenha a fé
do NT. Desne- cessárias, p.e., idéias contrárias sobre
entendimento profético.
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
35.Cristianismo é um relacionamen-to com a Pessoa de
Cristo. Muito sentimentalismo está incluído.
36.Não há concepção clara do fim da comissão evangélica,
nem do amadurecimento do grão ou do caráter da preparação
para a vinda de Cristo.
37.O tempo para a segunda vinda de Cristo está
predeterminado pelo Pai. (Um conceito calvinista). Nada pode
apressar ou retardar o tempo do segundo advento, pois isto
alteraria a "soberana vontade" de Deus.
38.Se a volta de Cristo é desejada, é por causa do desejo
de recompensa.
39.O consenso é mais importante do que a verdade. Eis por
que guardam o domingo em lugar do sábado do Senhor.
40.Muita confusão sobre o contraste entre o velho e o novo
concertos; idéia do dispensacionalismo ampla-mente
mantida. Obediência aos dez mandamentos é viver o velho
concerto.
41.Muita exultação de que "Deus está operando
maravilhosamente por eles" nos modernos reavivamentos
tais como Charles Finney, Pearson e Hanna Whitall Smith,
Andrew Murray, Moody, Billy Sunday, Billy Grahan, Cruzada
Universitária, "Explosão de Evangelismo",
etc.
(Conferir Primeiros
Escritos,261, O Grande
Conflito, 464).
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
35.Justiça pela fé, um relacionamen-to com a Pessoa de
Cristo, idêntico aos evangélicos. "A carne para nada
aproveita". Ênfase no relacionamen-to físico conduz
ao emocionalismo, misticismo. Retratos de Cristo não ajudam.
"Falar de Cristo sem a Palavra conduz ao
sentimentalismo." (EGW).
36.Podemos crer e pregar a justiça pela fé sempre tão
claramente e poderosamente por muitas décadas e ainda a
comissão evangélica não ser concluída. (Ver R&H ,
Justiça pela Fé, p. 3; Olson, pp.236-239).
37.Até muito recentemente, a idéia prevalescente era (e
é ainda forte-mente defendida) que o tempo para a vinda de
Cristo está predeterminado, e o Seu povo não a pode nem
abreviar nem alongar.
38.A vinda de Cristo é desejada principalmente pelos
velhos, pelos doentes e aleijados por artrite ou morrendo de câncer.
Sua volta é desejada para que "possamos ir para o lar
de glória".
39.O consenso é tão importante, que a verdade pode
esperar quase inter-minavelmente. A maioria não pode estar
errada. Se nossas convicções diferem da maioria organizada,
devemos suprimi-las ou sufocá-las.
40.Muita confusão; mesmo algum dispensacionalismo
endossado. A raiz do velho concerto não é discernida; muita
ênfase em empenhar e prometer obediência aos dez mandamentos
(especialmente para as crianças).
41.Deus operou e está operando "maravilhosamente"
na maioria desses "modernos reavivamentos". Nosso
povo freqüentemente é insta-do a assistir esses encontros e
ministros são enviados a centros evangelísticos não-adventistas
para instrução em como apresentar a justiça pela fé. Isto
cria séria confusão. A implicação é que Babilônia está
pregando o "evangelho eterno", pelo menos tão
significativamente.
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
35.A justiça pela fé não é um relacionamento com a
Pessoa de Cristo, pois Ele foi pessoalmente para o céu. Mas
Ele enviou Seu Espírito Santo, e é através Dele que
conhecemos a Cristo pela Sua Palavra. Não há sentimentalismo
na justiça pela fé.
36.Crer e pregar a justiça pela fé é claramente
catalizar a igreja e o mundo numa única geração e terminar
a comissão evangélica.
37.Cristo deseja vir; Ele está pronto para vir, Ele virá
tão logo Sua noiva se prepare para dar-Lhe as boas vindas. Em
outras palavras, Cristo alegremente virá quando quer que
realmente queiramos que Ele venha. Querer que Ele venha segue
de um entendimento da justiça pela fé.
38.Simpatia por Cristo, um desejo que Ele receba Sua
recompensa e experimente Sua plena vindicação, e um desejo
de ver o fim dos sofri-mentos do mundo são as reais razões
por querer apressar o Seu retorno.
39.A genuína justiça pela fé sempre foi inicialmente
aceita por uma minoria. A verdadeira fé do Novo Testamento
comunica uma coragem que não teme a maioria ou o poder que
esta possa empunhar. Conduz a suportar a cruz com Cristo.
40.A raiz do velho concerto foi a promessa do povo
sem fé para obe-decer. Deus nunca nos pediu para fazer tal
promessa para Ele; isto gera a escravidão através do conhe-cimento
de promessas quebradas. Em vez disso, Ele nos pede para
crer em Suas promessas para nós.
41.Interesse e sério cuidado. Jones e Waggoner estavam
convencidos de que Deus dera uma única mensagem da justiça
pela fé à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e que "Babilônia
está caída" e não entende a mensagem.
O Ponto de Vista
Evangélico Popular
42.Revivalistas (promotores de cam-panha de reavivamento
religioso) talentosos têm sido a fonte da vida espiritual
nessas igrejas por mais de 140 anos.
43.A doutrina da justificação pela fé recebida como um
legado dos reformadores do século XVI.
44.As igrejas evangélicas eviden-ciam nenhuma necessidade
para uma melhor compreensão da justiça pela fé. Muita
satisfação-própria e orgulho espiritual. Pouco atentos à
mensagem laodiceana. "Nós estamos salvos".
45.Pouco senão nada atentos à nossa participação na
crucificação de Cristo, devido a nossa natural inimizade contra
Deus.
46.A igreja é suposta estar preparada, pelo menos "os
santos", para a vinda de Cristo ou o "arreba-tamento"
a qualquer momento. Qualquer um que está "salvo"
está preparado.
O Ponto de Vista Atual
Adventista do Sétimo Dia
42.Especialmente, os seguintes envagélicos não-adventistas
receberam de Deus a mesma mensagem que Ele deu aos adventistas
em 1888: Moody, Murray, McNeil, Simpson, Gordon, Holden,
Meyer, Waugh, McConkey, Scroggle, Howden, Smith, McKensie,
McIntosh, Brooks, Dixon, Kyle, Morgan, Needham, A.T. Pierson,
Seiss, Thomas West, "e um grande número de outros"
(cf. Froom,319-320).
43.A mensagem de 1888 sobre a justificação e justiça
pela fé vieram dos "credos das igrejas protestantes
da época" (Cf. Pease, 138,139).
44.Muito pouca necessidade expres-sa por mais entendimento
e aprecia-ção da justiça pela fé. Os ministros geralmente
sentem que eles a enten-dem e a pregam adequadamente, mesmo
poderosamente. "Nós enten-demos justiça pela fé;
somente não a vivemos como devíamos!" As obras são
necessárias, não a fé. "Esqueça-mos 1888, e
trabalhemos arduamen-te."
45.O mesmo ponto de vista geral e popular é que "nós"
aceitamos a justiça pela fé na época de 1888. Somente uns
poucos insignificantes no final a rejeitaram, menos de dez.
Assim, pouco ou nada atentos à necessidade por uma experiência
da "expiação final".
46.Num sentido único, a IASD está se tornando cada vez
melhor com relação à doutrina e à experiência da justiça
pela fé (Pease, p. 227). Froom concorda; agora que nossos
pontos de vista trinitarianos são idênticos aos dos credos
de Calcedônia e de Atanásio, estamos prontos ou quase
prontos para a Chuva Serôdia (Froom, Movement
of Destiny, 283-286, 314-319).
O Ponto de Vista de 1888
de Jones e Waggoner, endossado
por Ellen G. White
42.Jones e Waggoner especificamen-te não receberam sua
mensagem ao ler com atenção outros autores ou comentários
ou credos, mas da Bíblia. A "visão" de 1882
de Waggoner o convenceu de que Cristo crucificado é o coração
das três mensagens angélicas; ambos os mensageiros
evidenciaram refrescante independência de escritos de outros
autores. Sua mensagem é distintamente diferente das de outros
vários revivalistas evangélicos.
43.Discernimentos que fizeram a mensagem de 1888 única não
vieram dos "Credos das igrejas protestantes da época"
mas da inspiração direta do Espírito Santo sobre "as
mentes de homens divinamente apontados", que tinham
"credenciais do céu" (EGW). Isto é evidente
do fato que a mensagem de 1888 da justiça pela fé
relacionava aquela verdade à purifi-cação do santuário,
uma verdade que nenhuma igreja não-adventista ou "credo"
tem noção. Apenas superficialmente a mensagem de 1888
parece equiparar-se aos "credos das igrejas
protestantes".
44.Senso muito agudo de que a mensagem laodiceana é
pertinente. Nosso problema primário não é viver a verdade,
mas verdadeiramente crer nela. A verdadeira "fé
opera..." Se genuinamente crermos, genuinamente
viveremos. "Justiça pela fé" significa o
que ela diz - se tivermos verdadeira fé, a justiça se torna
uma realidade na vida.
45.Jones e Waggoner tiveram uma viva compreensão que o início
da Chuva Serôdia tinha sido rejeitado por seus pares e
contemporâneos em grande maioria. O problema básico é o
mesmo como o que existiu no Calvário - inimizade contra
Deus. Necessidade sentida pela expiação final.
46.Latente inimizade contra Deus e necessidade pela expiação
final foram as reais questões na conferên-cia de 1888 e
seguintes. Nenhuma palavra de E.G. White ou de Jones e
Waggoner sugerindo que a doutrina trinitariana fosse o
verdadeiro problema. O amor do eu foi o problema, não o
semi-arianismo. O último teria sido rapidamente cuidado se
o primeiro tivesse sido vencido. O arrependimento
denominacional deve vir antes de a Chuva Serôdia poder ser
reconhecida e recebida.
RESUMO DA DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
A doutrina verdadeira da justificação pela fé e da
justiça de Cristo, baseada na Bíblia e no Espírito de
Profecia de Ellen G. White, A.T. Jones e E.J. Waggoner,
tem os seguintes pontos essenciais:
1)O sacrifício de Cristo foi real e efetivo
em favor de todo o mundo, tal que a única razão para que alguém
possa perder-se é escolher resistir a graça salvadora de
Deus. Para os que finalmente forem salvos, foi Deus quem tomou
a iniciativa; no caso dos perdidos, foram eles que tomaram a
iniciativa. A salvação é pela fé; a condenação é pela
descrença.
2)Dessa forma o sacrifício de Cristo justificou
legalmente "a todo o homem", e literalmente
salvou o mundo da prematura destruição. Todos os homens
devem mesmo a sua vida física a Jesus Cristo, quer creiam
quer não creiam. Cada fatia de pão está estampada com a
cruz de Cristo. Quando o pecador ouve e crê no puro
evangelho, ele é justificado pela fé. Os perdidos
deliberadamente negam a justificação que Cristo já efetivou
por eles.
3)A justificação pela fé é assim
muito mais do que uma declaração legal de absolvição;
quando é aceita ela muda o coração pela ação do Espírito
Santo. O pecador recebe agora a expiação, que é a
reconciliação com Deus. Uma vez que é impossível ser
verdadeiramente reconciliado com Deus sem ser reconciliado com
a Sua santa lei, segue-se que a verdadeira justificação
pela fé faz com que o crente se torne obediente a
todos os mandamentos de Deus, inclusive às leis da saúde.
4)Esta obra maravilhosa é realizada através do
ministério do novo concerto em que o Senhor realmente escreve
Sua lei no coração do crente. A obediência é amada,
e a nova motivação - glorificar e honrar a Cristo e levar a
salvação aos outros - transcende o temor de perder-se ou a
esperança da recompensa em ser salvo (essas motivações
autocentradas são, como Paulo diz, estar sob a lei). A
fé de Abraão, que implica completa submissão à vontade de
Deus, habilita-nos a viver sob o novo concerto, enquanto
multidões de cristãos vivem hoje sob o velho concerto porque
o interesse centrado no eu é a sua motivação. O velho
concerto foi a promessa do povo de ser fiel; sob o novo
concerto a salvação vem por crermos nas promessas de
Deus para nós, não por Lhe fazermos promessas.
5)O amor de Deus é ativo, não meramente
passivo. Como o Bom Pastor, Cristo está ativamente buscando
a ovelha perdida. A nossa salvação não depende de nossa
busca do Salvador mas de nossa crença de que Ele está
procurando por nós. Aqueles que finalmente estão perdidos
continuam a resistir e desprezar a atração do amor de Jesus.
Esta é a essência da descrença.
6)A fé verdadeira implica em inteira submissão
e entrega de nossa vontade a Deus. Tendo essa fé genuína
é fácil ser salvo. O pecado, embora seja a transgressão da
lei de Deus, é um constante resistir à Sua graça. Uma vez
que Cristo já pagou o castigo pelo pecado de todo o homem, a
única razão por que finalmente alguém pode ser condenado é
a contínua descrença, uma recusa de apreciar a redenção
conseguida por Cristo na cruz e ministrada por Ele como Sumo
Sacerdote no Santuário Celestial. O verdadeiro evangelho tira
o véu dessa descrença e conduz a um arrependimento
efetivo, que prepara o crente para o retorno de Cristo. O
orgulho, o louvor e a lisonja dos seres humanos são
inconsistentes com a verdadeira fé em Cristo, mas são sinais
seguros da descrença predominante, mesmo dentro da igreja.
7)Para buscar a humanidade perdida, Jesus
percorreu todo o caminho, tomando sobre Si e assumindo a
natureza caída e pecaminosa do homem após a queda de Adão.
Isto Ele fez para que pudesse ser tentado em todos os pontos
como nós somos, embora não tivesse pecado e demonstrasse
perfeita justiça "na semelhança da carne pecaminosa."
Justiça é uma palavra que nunca se aplicou a Adão em seu
estado não caído, nem aos anjos inocentes. Só pode
significar uma santidade obtida por Cristo no
conflito com o pecado na carne humana caída, e
triunfou
sobre ele. Assim, a mensagem da justiça de Cristo
está enraizada neste ponto de vista único da caída
natureza humana de Cristo. Se Jesus tivesse tomado a natureza
sem pecado de Adão antes da queda, o termo "justiça
de Cristo" seria uma abstração sem significado. O
ensino de que Cristo somente tomou a natureza inocente de Adão
antes da queda é um legado do catolicismo e do protestantismo
apóstatas, a insígnia do mistério da iniquidade que mantém
Cristo muito distante e não "perto, à mão".
Quem prega que Cristo não veio na carne humana caída é
anticristo. I João 4: 3.
8)Dessa forma, nosso Salvador "condenou
o pecado na carne" da humanidade caída. Isto
significa que Ele declarou ilegal o pecado; o pecado se tornou
desnecessário à luz de Seu ministério. É impossível ter a
verdadeira fé de Cristo e continuar pecando. Não podemos
excusar continuar pecando ao dizer que somos "apenas
humanos" ou que "o diabo fez que eu pecasse".
Ser verdadeiramente "humano" é ser como
Cristo no caráter, pois Ele foi e é plenamente humano tanto
quanto divino.
9)Segue-se que o único elemento de que o povo
de Deus necessita a fim de se preparar para o retorno de
Cristo é aquela fé genuína de Jesus Cristo. Mas isto
é precisamente o que a igreja carece. Ela se imagina doutrinariamente
e experimentalmente "rica e aumentada em bens",
quando de fato seu pecado básico é uma patética descrença.
Justiça é pela fé; é impossível ter fé e não demonstrar
justiça na vida, porque a fé opera por amor e purifica
a alma. Falhas morais e espirituais são o fruto de perpetuar
hoje o pecado da descrença do antigo Israel através da
confusão de uma falsa justiça pela fé.
10)A aceitação da justificação pela fé e da
justiça de Cristo produz no crente profundo e genuíno arrependimento
e envolve uma completa transformação da vida e do caráter.
Ela tem por fruto a santificação, decorrente de uma
profunda comunhão com Jesus e Sua palavra. É uma mensagem de
graça abundante, consistente com a purificação do Santuário
Celestial, uma obra dependendo da limpeza completa do coração
do povo de Deus na terra.
Resumindo os conceitos essenciais da mensagem da
justiça de Cristo pela fé: a justificação legal e a
efetividade dela que é pela fé; as gloriosas boas novas dos
dois concertos; o imenso poder de Cristo para salvar do pecado
contínuo; Sua
semelhança conosco em tomar nossa natureza pecaminosa caída,
mas sem pecar; a iniciativa do Espírito Santo em salvar o
perdido; a iniciativa do Bom Pastor em buscar Sua ovelha
perdida; a possibilidade de vencer todo o pecado assim como
Cristo venceu em nosso favor; a certeza de uma geração final
refletindo a perfeição do caráter de Cristo; a relação prática
da purificação do santuário celestial à da purificação
dos corações humanos; a fé genuína leva à obediência
voluntária a todos os mandamentos de Deus; a motivação de
interesse pela glória e honra de Cristo e pela salvação dos
outros, que transcende a busca auto centrada de recompensa e
de evitar a punição; a realidade do perdido tomar a
iniciativa para estar perdido; e a verdade de que o sacrifício
de Cristo realizou muito mais do que uma mera provisão que
nada faz a não ser que façamos alguma coisa - Ele deu o Seu
sangue pelo mundo, assim o mundo deve sua vida presente a
Jesus, a genuína fonte de amor e alegria. A mensagem da
justificação pela fé e da justiça de Cristo reivindica o
caráter puro, perfeito e amoroso de Deus perante o
universo, e deve chamar a atenção do mundo inteiro antes da
volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. "Eis
a paciência dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus
e a fé de Jesus." Apoc. 14: 12.
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