Papa Diz que Confissão de Pecados Diretamente a Deus é Ilusão

31/03/2001 11:15

Cidade do Vaticano, 31 mar (SN) - A confissão não é uma técnica psicoterapêutica, mas um sacramento que, enquanto tal, necessita do sacerdote e portanto "é ilusão deletérea" a "idéia" de prestar contas a Deus, passando por cima da Igreja, da qual nem o sacerdote pode prescindir, aplicando uma sua "moral ou ascética". Esclarecimento este que o Papa fez hoje de manhã, no final do encontro aos participantes de um curso sobre "foro interno" (ou seja sobre a confissão), promovido pela Penitenciaria apostólica. 

O homem, nas palavras de João Paulo II, com o Batismo, "é assimilado a Cristo", mas sua vontade "continua, porém, vulnerável ao pecado, que é rebeldia contra a vontade santíssima de Deus. Isto traz como conseqüência a perda da vida divina da graça e, nos casos limites, a ruptura também da relação jurídica e visível com a Igreja: esta é a trágica causa do pecado". 

Para superar esta situação, existe a confissão, instituída pelo próprio Jesus Cristo como sacramento. Exatamente a natureza de sacramento da confissão torna "ilusória e nefasta a idéia de resolver as próprias contas com Deus, passando por cima da Igreja e da economia sacramental".

"Encontra-se aqui o dever dos sacerdotes para com os fiéis e destes com os sacerdotes da correta administração do Sacramento". 

A celebração da penitência "é sempre um ato da Igreja, assim que "seja pela validade seja pela liceidade do próprio Sacramento, o sacerdote e o penitente devem seguir fielmente o que a Igreja ensina e prescreve". 

A confissão deve pois ser "individual e íntegra", e a absolvição coletiva é possível só nos casos raros previstos pelas normas canônicas. Quem se confessa "aspira à paz interior, e legitimamente deseja também aquela psicológica. 

Não se pode pois confundir o Sacramento da Reconciliação com uma técnica psicoterapêutica. Práticas psicológicas não podem esvaziar o Sacramento da Reconciliação, menos ainda ser impostas em lugar dele". E o confessor deve sentir-se comprometido em oferecer aos fiéis "com total disponibilidade seu tempo e sua compreensiva paciência", e guardará segredo absoluto "também se for necessário dar a vida".

Ele é "juiz, médico e mestre", em "nome da Igreja". "Como tal ele não pode propor a 'sua' moral ou ascética pessoal, isto é suas opiniões pessoais ou opções, mas deve manifestar a verdade da qual a Igreja é depositária e garante através do autêntico Magistério".

Fonte: http://www.msmtnews.com.br/ 

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