Católicos e Protestantes Assinaram Documento Autorizando Oração aos Mortos

Pe Marcelo: "Uma pessoa evangélica falou que somos idólatras, porque invocamos mortos"

São Paulo , 30/3/2001 - 10:05

Uma de nossas ouvintes perguntou: Uma pessoa evangélica chegou e falou que nós somos idólatras, porque nós invocamos mortos, invocamos Nossa Senhora, os Santos, e Deus proíbe terminantemente na Bíblia. 

E respondendo: Nós cristãos católicos, admitimos e proclamamos a imortalidade da alma, a nossa alma não acaba por aqui, isto aqui é uma passagem, nós somos peregrinos. Cremos na sobrevivência consciente logo depois da separação do corpo pela morte.

Então quando você morrer, você não acaba. O corpo vai ser enterrado, mais sua alma não, sua alma é imortal. Como Cristão nós acreditamos que as almas dos falecidos continuam solidárias, com os que ainda vivem nesta peregrinação terrestre. É o que nós chamamos de comunhão dos santos. Na comunhão dos santos nós podemos comunicarmos com os falecidos mediante a oração invocativa.

Há uma diferença em evocar e invocar, aí está todo o problema. São várias passagens: Ex 22, 17; Lev 20; Lev 19; Dt 18; I Sm, I Cr, Deus é terminantemente claro, de maneira repetida e enérgica a proibição de evocar mortos. 

O que é evocar? Evocar é pretender uma comunicação, é o que o espiritismo faz, perceptível provocada por iniciativa do homem, é chamar algo ou o falecido para conversar conosco. 

O Novo Testamento também é claro em At 19. Então quem evoca, pratica; tem a prática de provocar a manifestação de algum falecido para dele receber uma mensagem, uma notícia, pratica também um ato, chamado pelos antigos de necromancia, necro vem do grego que é falecido, e mancia adivinhação. Então quem tenta comunicar-se com a alma com o fim de a colocar a serviço do homem, realiza um ato conhecidos pelos antigos com magia, não importa se é magia branca, ou magia negra, Deus proíbe. 

Tais comunicações como provocações do além, seja na forma de necromancia, seja na forma de magia, são evocações terminantemente proibidas por Deus. Ele se volta a face, contra esta pessoa.

Então, nossos irmãos evangélicos têm toda a razão, aqueles que evocam são idólatras, e não só isto, Deus se volta contra. Mas há uma diferença entre evocar e invocar. 

Invocar é apenas uma forma de prece ou de súplica. Isto que estamos falando agora 14 teólogos evangélicos, católicos, anglicanos, ortodoxos, se sentaram numa ilha em Malta de 08 a 15 setembro de 1983. Todos assinaram em comum acordo este documento, todos reconheceram a existência da comunhão dos santos, como comunhão daqueles que na Terra estão unidos a Cristo, como membros vivos de seu corpo, o fundamento e o ponto central de referência desta comunhão é Cristo. 

Esta comunhão que é comunhão com Cristo e entre todos os que são de Cristo, implica uma solidariedade, que se exprime também na oração de uns pelos outros e esta oração depende daquela de Cristo, sempre vivo para interceder por nós.

Então a intercessão dos santos por nós existe de maneira semelhante a oração que os fiéis fazem uns pelos outros. Eles destacam que a intercessão dos santos não deve ser entendida como meio de informar Deus de nossas necessidades, nenhuma oração pode ter este sentido a respeito de Deus, cujo conhecimento é infinito.

Trata-se de uma abertura a vontade de Deus por parte de si mesmo e dos outros e da prática do amor fraterno. Nós os peregrinos da Terra, podemos estabelecer este relacionamento mútuo de comunicação de bens espirituais com qualquer falecido que esperamos estar no céu, e não apenas com os santos declarados pela Igreja. Nós cristão jamais evocamos e, sim, invocamos.

Fonte: http://www.catolicanet.com/ 

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