Protestantes Sentem Necessidade do Papa

5/4/2001 - 2:14:39 PM

(Arquidiocese de Niterói) – Entre os protestantes alemães reforça-se a idéia em favor de um reconhecimento, ainda que parcial, da figura do Sumo Pontífice Romano. O diário Die Welt deu destaque, em 9 de março, à tomada de posição do Bispo luterano da Baviera, Joahnnes Friedrich, segundo o qual o Papa poderia exercer futuramente o papel de “porta-voz” de todos os cristãos do mundo, com a função de favorecer a unidade das Igrejas. 

Para Friedrich, a figura do Papa, futuramente, já não deveria representar a divisão entre católicos e protestantes. Já no passado, Manfred Kock, presidente do Conselho das Igrejas Evangélicas na Alemanha, havia expresso idéia análoga, tendente a superar o papel “divisório” da figura do Pontífice. 

Para o bispo, um eventual “papel do sucessor de Pedro como porta-voz de todos os cristãos constituiria uma voz capaz de conferir mais peso à posição das Igrejas à luz da globalização”. 

Friedrich ressaltou, que, para os protestantes, continuam a ser inaceitáveis tanto a figura do Papa como chefe absoluto e incontestável da Igreja quanto o dogma da sua infalibilidade. 1º encontro sobre as indulgências – Pela primeira vez na história, desde o cisma do Ocidente provocado por Martinho Lutero, católicos, reformados e luteranos sentaram-se juntos para discutir institucionalmente a questão das indulgências, um dos temas de divisão entre estas comunidades cristãs. 

Foi no Vaticano, nos dias 9 e 10 de fevereiro, por iniciativa do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que até então ainda era presidido pelo Cardeal Edward Cassidy. Participaram a Federação Luterana Mundial e a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas. 

O objetivo era muito concreto, segundo disse um comunicado do Vaticano: “Clarear os aspectos históricos, teológicos e pastorais ligados às indulgências, com objetivo de chegar a uma melhor compreensão recíproca”. A nota diz que a reunião, celebrada “numa atmosfera positiva”, não tinha por objetivo alcançar um acordo sobre a questão, sobre a qual existem diferenças “antigas” entre Roma e a Reforma. 

Os moderadores foram o Cardeal Walter Kasper, então secretário do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos; o Reverendo Ishmael Noko, secretário geral da Federação Luterana Mundial; e o Reverendo Setri Nyomi, secretário da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas.

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