Sobre as Doutrinas da IASD

 

1. Temos 27 doutrinas bem elaboradas técnica e teologicamente.

Diferenciamos do mundo evangélico especialmente através da crença do Sábado, de que a alma é mortal e de que o castigo do inferno será proporcional ao conhecimento e oportunidades, eterno no efeito e não na duração.

Cremos também que Ellen White foi uma profetisa, inspirada por Deus para colaborar com os demais pioneiros no início desta Igreja.

Pregamos sobre o dever de manter hábitos que preservem nossa saúde, apesar de vivermos de modo quase igual ao mundo nesse aspecto e reduzirmos muito o assunto ao fator alimentação.

A doutrina do Santuário também nos difere.

Neste palco de idéias teológicas, temos boas idéias, porém a necessidade de outros enfoques, que atinjam mais os problemas e perguntas atuais, deixam-nos muitas vezes embaraçados.

2. A IASD acredita que possui a Verdade, referindo-se às suas doutrinas.

Até hoje não enxergamos na Bíblia que a Verdade é uma pessoa e não apenas um conjunto de boas idéias teológicas, por mais que estas tenham sido reveladas por Deus mediante o estudo da Bíblia. Esse orgulho denominacional equivocado tapa os nossos ouvidos a qualquer "nova luz" ou "novo enfoque". Não há desenvolvimento ou avanço, na aceitação e conhecimento de novas verdades que se podem descobrir a cada segundo na Palavra de Deus.

A Igreja estacionou na compreensão das Escrituras e não aceita nada além do que já assentou como "crenças fundamentais" de seu credo. Sim, a IASD adotou um credo e abandonou a liberdade e a livre compreensão da Bíblia. A idéia de revelação progressiva da verdade, tão difundida na IASD, só vale para o século passado.

3. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.”

Estaremos para sempre conhecendo mais e mais a Verdade, conforme ela é em Cristo Jesus, se dia a dia nos relacionarmos com Ele, através da oração e do estudo da Bíblia. NEle, está crucificado nosso eu. Nosso orgulho se dissolve na pessoa dEle.

Todo o corpo, todo o sistema eclesiástico, poderia ser modelado em Cristo. Saber dEle, conhecê-Lo intimamente é, sim, motivo de alegria. Afinal, ter amizade com Ele é nossa garantia de aceitação perante o Pai.

Idéias corretas ajudam muito e fazem parte do cristianismo, mas o Cristianismo deve ter como centro a pessoa de Jesus. Resume-se em se relacionar com Ele, em praticar o que Ele praticou, em participar de Seu espírito manso e humilde, em sofrer, sacrificar pelos outros, em ter fé, poder, vida abundante... Em estudá-lo na Sua infinitude divina e não achar que já sabemos tudo.

Somos finitos, limitados. Por isso, quem se relaciona com Jesus Cristo saberá que deve mudar sempre, corrigir-se segundo o padrão divino e aprimorar muitas de suas idéias e práticas.

Relacionar-se com Jesus significa receber consertos diariamente e isto vale para toda Igreja e também para algumas doutrinas, que se demonstram inconsistentes ou equivocadas segundo a Bíblia, nossa ÚNICA regra de fé.

Todos os nossos erros devem ser corrigidos se realmente buscamos ser justos e santos. Receberemos a justificação de Deus quando, de fato, a anelarmos e escolhermos.

A questão é: Vamos abrir a porta para Cristo? Ou o que temos nos diz que “de nada temos falta”? Haverá alguém para melhorar nossos conceitos centenários? Haverá alguém para demonstrar, na prática, que a revelação da Verdade é progressiva? Haverá algum teólogo que possa agir com a liberdade de Cristo. não se importando com as cruzes? “Se alguém ouvir minha voz, abra a porta! Não me deixe do lado de fora.”

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Sodré Gonçalves

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