Sobre o Uso do Dinheiro

 

1. A IASD é bem mais discreta nesse aspecto se comparada às Igrejas Neo-Pentecostais.

Não escandaliza tanto o  nome de Jesus. Não constrange os membros à doação. Os pastores recebem de forma mais ordenada e a distribuição é organizada e justa (apesar que isto é entre eles). O livro de praxes é bastante previdenciário e solidário às necessidades, embora exagere ao previnir uma infinidade de necessidades, aumentando o custo operacional e mantendo regalias sem fim.

As ofertas da IASD advém de voluntariedade e quase não se pratica gincanas e processos de trocas. O povo é conscencioso e não é ignorante dos problemas existentes, a maioria continua fazendo suas doações e dízimos mesmo sabendo do seu uso imperfeito.

O adventista é criterioso quando o assunto é dinheiro, dificilmente seria enganado por uma pregação ao estilo Edir Macedo, mas se apresenta ausente diante dos seus proprios superiores não exigindo relatórios e não participando ativamente dos projetos desta Igreja.

2. Mas... existe péssima distribuição de dízimos.

Há muitos Obreiros bíblicos ganhando 1,5 salário mínimo e no geral, pastores custam entre R$ 6.000 a 8.000 às Associações, juntando salários e benefícios (ver livro de praxes) o que ocasiona revolta na membresia, difamação do nome de Jesus, da instituição, perda de almas, menor contratação de pastores (Existem campos onde existe um pastor para mais de 20 Igrejas!) e uma tendência de pastores de omitir a verdade para não perderem os benefícios da instituição.

A falta de dificuldades financeiras não põe à prova a fé e esta não desenvolve em muitos obreiros. Ademais, o pastor vivendo um nível de vida acima da Igreja, não vai falar a língua do povo, nem saber das necessidades dele e tão pouco poder imitar Aquele  que deixou o trono, nasceu num curral e viveu sem ter onde recostar sua cabeça.

O efeito bola de neve ocorre nos caixas das associações como previu EGW, “se o povo não ver sacrificios de vossa parte, também não serão motivados a se sacrificarem pela obra”. Os carros e casas novos e caros, o estilo e padrão elevado, gera mais pobreza da IASD que riqueza.

O povo em vez de ajuntar aos pés dos apóstolos, também corre atrás do conforto e bom padrão de vida. Todos querem carros confortáveis, moveis de luxo, escolas caras, faculdades caras, padrões de qualidade de vida... E a obra de Deus? A obra de Deus? Quase esqueci. Fica para depois, bem depois...

3. “O maior entre vós seja o menor e servo de todos. No mundo os governantes são servidos, mas entre vós não será assim”.

Baseado na palavra de Jesus, os pastores, maiorais do rebanho, deveriam ganhar menos que a média salarial dos membros que servem, pois onde já se viu o servo ganhar mais que o seu Senhor? Assim fazendo, o testemunho da Igreja seria um espetáculo de renuncia e de espírito de sacrifício, a própria essência do cristianismo. Só seriam pastores os que realmente se sentissem na obrigação para com Deus.

Em todos os lugares haveriam muitos homens de Deus trabalhando. Poderíamos contratar 50 vezes mais pessoal. E muitas outras maravilhosas bênçãos de se obedecer ao Jesus Abnegado e crucificado por nós. O serviço desinteressado seria nítido e estimulado. O conforto não corromperia mais. O trabalho por amor seria provado e o ouro ficaria limpo. Esta Igreja iria ganhar 100 almas onde se ganha uma.

Faremos este sacrifício? Temo que não. Isso, como dirão muitos, é uma utopia, isso como disse um certo presidente de um campo “é comunismo”. Na verdade, na verdade, ninguém quer de fato seguir a Jesus que é a verdade. Falar em seguir a Jesus quando se mexe no bolso é bem mais dificil, mas chegou a vossa hora pastores!

Não são vocês que vivem pedindo fidelidade do povo? Que tal serem fiéis às palavras de Cristo? Tenho certeza que isto muitos de vocês não querem e nem querem dar atenção. Mas no dia do Juízo, estas palavras que acabaram de ler estarão diante de vocês.

E se acontecer o contrário? Todos vcs se arrependerem, se reunirem, e deixarem a Igreja mandar nela mesma e fazer cumprir a democracia para a qual nos recomenda nosso sistema. Chamarem os opositores, como recomenda EGW e disserem: “Vamos nos unir e entrarmos em concórdia?”. E aceitarem as determinações dos menores e acima de tudo, os mandamentos de Jesus, um mediador imensamente superior a Moisés...

Se para com a lei dos dez mandamentos mediada por Moisés, deve-se  respeito, que dirá com as leis que sairam dos lábios do filho de Deus que é a “perfeita e exata expressão do caráter de Deus? Temo que tudo que eu escrevo seja totalmente em vão, e sou tentado a sentir que vai ser em vão. A Igreja está tão distante de Jesus, que fica difícil alcançá-la... Haverá alguém que entenda? Haverá alguém? Jesus não pede muitos, pede alguém. "Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta..."

Texto Anterior | Próximo Texto

Sodré Gonçalves

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com