Revise a Lição 11 para
Entendê-la Direito...

 

Nos aproximamos do fim destes treze sábados dedicados a compreender o novo e o antigo concertos. É uma bênção poder direcionar a atenção a este assunto, o mais importante de toda a Bíblia, por consistir no próprio plano da salvação.

(a) O novo concerto é a maravilhosa promessa divina de nos salvar, de nos dar tudo como uma dádiva “em Cristo”. Inclui o fato de que Ele “te concederá os desejos do teu coração” (Salmo 37:4). Inclui todas as promessas de Efésios 1:3-12. Inclui o que está escrito em Romanos 8:28-39. Prepara o povo de Deus para que compreenda a mensagem da justificação pela fé e finalmente receba a chuva serôdia.

(b) O antigo concerto são as promessas motivadas pelo medo, feitas pelos homens, segundo as quais iremos “manter as nossas promessas” e “da próxima vez, não iremos desapontar a Deus”. É legalismo sutil, subliminar. Não podemos negar o fato de que a antiga aliança pode nos fazer fugir do pecado e nos levar a desejar a “melhor aliança”. Mas esta última é a única que pode trazer o repouso “em Cristo” e a vitória final no grande conflito entre Cristo e Satanás.

(c) A mensagem do segundo anjo diz: “Caiu, caiu Babilônia”. E a do quarto anjo: “Sai dela, povo Meu” (Apocalipse 14:8; 18:1-3). Neste trimestre aprendemos que é mais fácil sair de Babilônia que solucionar a confusão que há entre nós, adventistas. A confusão importada de Babilônia a respeito dos dois concertos tem desorientado a muitos por mais de um século.

(d) Todos os esforços para rebaixar o novo concerto em promessas nossas, tornando-o um acordo mútuo com Deus, em uma espécie de contrato legal entre iguais, são esforços que fazem parte da confusão importada de Babilônia. Esta é a causa da nossa mornidão espiritual, o estado de Laodicéia (Apocalipse 3:14-21). Em nossa história recente, a simples verdade dos dois concertos fugiu da nossa compreensão. Já é tempo de recuperá-la.

(e) A idéia das “dispensações” não é bíblica. Os dois concertos não são questão de tempo, mas de condição do coração. O antigo concerto não terminou na cruz, e nem o novo começou naquele momento. Ambos têm existido desde o Éden, e ambos correm hoje paralelamente. É impossível viver no novo concerto, e ser incapaz de distinguí-lo clara e categoricamente do antigo. Cristo “foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), ainda que manifestado no Calvário. Você pode estar vivendo no novo concerto, ou no antigo, dependendo de qual for a sua compreensão e qual a sua fé em quão boas são as boas novas do evangelho. Babilônia possui uma falsificação muito popular do evangelho. Leia a Bíblia por você mesmo, e comprovará claramente o que ela ensina. Talvez a epístola de Paulo aos Gálatas seja um bom começo.

 

Questões relativas a segunda-feira, 10 de março:

Será que “o modo divinamente designado para o pecador do Antigo Testamento libertar-se [o original diz eliminar] do pecado e culpa era por meio dos sacrifícios de animais?

Será que os sacrifícios, com seus rituais, eram o meio designado por Deus para efetuar a purificação do pecado e da culpa? Será que foram instituídos para purificar o pecador... restituindo plena comunhão do penitente com o Deus pessoal que é o Senhor Salvador?

Será que ao derramar o sangue daqueles animais eles mudavam a condição do pecador de culpado e digno de morte para a condição de perdoado e restabelecido à relação de aliança entre Deus e o homem?

A nossa Lição afirma isto, e acrescenta que o sacrifício animal significava que o ofertante esperava ansiosamente a vinda do divino-humano Servo de Deus, que morreria como substituto pelos pecados do mundo. É por este processo que o pecador é perdoado e aceito pelo Senhor, e a base da relação de aliança é estabelecida”.

Uma revisão da nossa história demostra que os pastores George I. Butler, R. C. Porter e Urias Smith (destacados opositores da mensagem de 1888), tomaram a posição de que Deus havia instituído o antigo concerto e seus sacrifícios de animais como “uma coisa boa que Deus havia ordenado para a sua salvação, mas sem utilidade alguma depois da cruz” (Paul E. Penno, The Law and the Covenants in Seventh-day Adventist History -A Lei e os Concertos na História Adventista do Sétimo Dia-, pág. 53).

Eles viram o antigo e o novo concertos como equivalentes, com a exceção de que o antigo havia sido ordenado para aqueles tempos, enquanto que o novo o foi para os nossos. “Segundo o esquema do pastor Butler, havia dois métodos de salvação: um através do sistema reparador [cerimônias rituais] destinado aos judeus, antes da primeira vinda de Cristo, e o outro através do Messias, tanto para os judeus como para os gentios, depois da cruz” (Idem, pág. 52).

De acordo com Butler e Smith, a lei cerimonial “fazia provisão para o perdão destas transgressões em figura, até que fosse oferecido o Sacrifício real” (pág. 41). Em outras palavras: não havia um autêntico perdão dos pecados até a cruz. Esta era a posição de Butler. “Os dois concertos vinham a ser quase como dois métodos de salvação na teoria de Butler. O antigo concerto era para Israel antes de Cristo, e o novo para o Israel espiritual, após a vinda de Cristo” (pág. 42).

“Urias Smith, como tantos outros, tomou a sua definição do concerto bíblico do Dicionário de Webster”. A palavras de Smith eram: “Portanto, a definição teológica... de Webster é correta, ao colocar a obediência como o primeiro dos termos [condições] sobre os quais a promessa é assegurada” (Smith, Review and Herald, 13 de setembro de 1887; citado em Penno, pág. 27).

Em outras palavras: Para começar, obedeça. Tome a iniciativa; e depois, Deus cumprirá as Suas promessas.

Assim, é evidente que os nossos irmãos que rejeitaram a mensagem de 1888 sobre os dois concertos, acreditavam que:

(a) O concerto de Deus é um acordo mútuo, um contrato negociado entre Deus e o homem, e não uma pura promessa da parte de Deus.

(b) Os dois concertos eram métodos semelhantes de salvação, localizando-se em duas diferentes dispensações no tempo.

Isto tem gerado uma excelente base para as críticas anti-adventistas difundidas pelo ex-pastor Ratzlaff e outros. Uma crítica como esta jamais teria se levantado se tivessem ensinado a ele no seminário teológico a luz que o Senhor nos deu em 1888 a respeito dos dois concertos.

Segundo a luz que Deus nos concedeu, por contraste, só há um plano de salvação, um só concerto (o novo, ou concerto eterno) feito por Deus, válido para todos os tempos. E também existe na Bíblia um outro concerto, o concerto feito pelo homem, inválido em todos os tempos. Pode haver algo mais importante que estudar as diferenças entre ambos?

Considerando que:

1. “Dizendo nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hebreus 8:13);

2. Paulo afirma que o o antigo concerto equivale a um “ministério da morte” e um “ministério da condenação” (II Coríntios 3:7 e 9); e

3. Paulo apresenta os dois concertos em Gálatas capítulos 3 e 4 a respeito de Agar e Sara: “O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão” (3:24);

Não pode haver nada mais importante que distinguir claramente entre os dois concertos. De fato, a maior evidência de que não compreendemos o novo concerto, ou o antigo, ou os dois, é que somos incapazes de distinguir entre ambos.

 

Há poder nas próprias palavras do novo concerto? Ou meramente apontam para o seu futuro cumprimento no futuro?

Quando nós fazemos uma promessa, não há nela mesma poder algum. O nosso uso desta palavra significa que esperamos algo. A idéia do antigo concerto é que as promessas de Deus apontam igualmente para algum ponto no futuro, à esperança de uma bênção que agora é impossível. Mas segundo o novo concerto, nós possuímos a bênção na própria promessa. “Não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho” (Romanos 9:8 e 9). É quase incrível! Significa que a própria promessa produz os filhos.

Considere Sara, esposa de Abraão. Após décadas de amargo desengano, desenvolver amargura contra Deus, pensando que era Ele que a impedia de procriar (Gênesis 16:2). Deus então lhe deu as boas novas do novo concerto: Teria um filho e viria a ser “mãe de nações” (17:16; 18:9-11). Era o equivalente, para ela, das promessas do novo concerto que Deus havia feito com Abraão (12:1-6).

Mas no mesmo dia em que Deus lhe fez a promessa, Sara era tão incrédula que chegou a ridicularizar as boas novas como algo impossível, insultando assim a Deus na Sua face (18:12-14). Para piorar as coisas, mentiu sobre o que aconteceu, chamando a Deus de mentiroso. Deus a repreendeu por isso (verso 15).

Hebreus esclarece que a repreensão de Deus não foi em vão, e Sara finalmente se arrependeu, visto que “pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel Aquele que lho tinha prometido” (11:11). Isaque não foi um filho imaginário. Sara concebeu efetivamente. A fé de ambos na promessa de Deus tornou isto possível.

O importante disto é que Deus deu a Sara o Seu novo concerto, a promessa das boas novas, em um momento em que Sara não obedecia nem acreditava nEle. Foram as boas novas que Deus lhe deu que a tornaram crente e obediente, e mãe de Isaque. Quantos anos de amargura poderiam ser evitados, se ela houvesse acreditado antes! E quantas vezes imitamos Sara em sua demora por crer nas promessas do novo concerto.

Talvez o ato de receber um cheque pode ser uma ilustração válida para o novo concerto. Quando você recebe um cheque, se acredita na pessoa que o deu, já possui aquele dinheiro, ainda que nas suas mãos não haja nem uma moeda.

Assim, quem crê nas promessas do novo concerto caminha feliz pela vida, com uma canção de agradecimento no coração. Sabe que possui todos os tesouros do Universo “em Cristo”. A sua vida eterna já começa aqui, ainda que possa ser breve e temporariamente interrompida pelo sono (I João 5:13). Não está esperando desesperadamente pelo perdão dos pecados: já o tem. Tampouco espera caminhar algum dia com o Senhor: hoje O segue por onde quer que vá (Apocalipse 14:4).

Não está esperando vencer o pecado em algum dia no futuro, mas se alegra hoje nesta superabundante graça que é mais poderosa que qualquer tentação de Satanás (Romanos 6:1 e 2). Não faz nada para obter a sua justificação: é o dom comprado para ele pelo sangue do Cordeiro. Foi depositada em seu favor neste Banco. A sua fé é como ir retirar o cheque: agora experimenta a justificação pela fé.

Sim: há poder nas próprias promessas do novo concerto, o poder da Palavra de Deus, o poder do Verbo que criou os céus e a Terra. Creia no Salmo 37:4 e comece imediatamente a ser feliz. Você não tem por que esperar ter 90 anos.

Se compreendemos e cremos na mensagem da justificação pela fé, será impossível que sejamos membros mornos e inativos na igreja. O amor de Cristo nos constrangerá, nos motivará a viver por Cristo e a estarmos preparados para a Sua vinda.

Tenhamos bom ânimo. A luz pode mais que as trevas. O amor ágape é mais forte que o ódio. O evangelho é mais poderoso que o legalismo. O Espírito Santo é mais forte que a carne. E onde o pecado abundou, superabundou a graça de Deus. -- Adaptação: Matheus. E-mail: EvangelhoEterno@aol.com.

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