Pecado, Pecadinho e Pecadão: Como Identificá-los?

 

(Ainda será revisado.)

Todo mundo fala que “para Deus não existe pecadinho e pecadão”. Será que a voz do povo é a voz de Deus? Com muita certeza sabemos que não. Então vamos ver o que diz a Bíblia, a verdadeira voz de Deus?

Jesus fala para Pilatos e diz: “Quem me entregou a ti MAIOR pecado tem.” A Bíblia diz que: “Há pecados que são para a morte e há pecados que não são para morte.” Moisés guiado pelo Altíssimo ensinou que certos pecados requeriam uma pombinha e outros um touro. Sim, os livros de Moisés já demonstram uma distinção entre pecados pelo fato de alguns merecerem certos castigos e outros apedrejamento e morte.

Jesus demonstra que alguns pecados são comparados com moscas e outros, camelos. Dizimar do chazinho e cumprir certos detalhes da vida religiosa pode ser comparado como coar moscas. Deixar de usar da bondade, da justiça e da misericórdia, para Jesus, é engolir camelos.

Na parábola do Bom Samaritano, o levita e o sacerdote quem sabe estavam preocupados com seus compromissos religiosos ao passarem pelo homem atacado pelos ladrões sem o ajudar. Estavam coando mosquitos e engolindo camelo. O Bom Samaritano, que era da considerada religião pagã, corrupta e imunda pelos judeus, quem sabe errava em seus conceitos e doutrinas, mas não era capaz de engolir um camelo deixando de ajudar aquele homem. Provavelmente poderia estar até engolindo moscas, mas não engoliu camelo!

EGW diz em Caminho a Cristo, pág. 30: “Tanto pra Deus como para o homem há diferenças entre pecados” Para o homem a bebedeira é tido como um grande pecado, mas para Deus, o orgulho e o egoísmo são as piores ofensas.” Isso acontece porque são justamente os atributos que mais O contrariam, pois Ele é o Deus da dádiva, da bondade, da humildade, Ele é exatamente o contrário do orgulho e do egoísmo. Glorias ao Deus da bondade e da humildade? Sim, demos glórias!

Quando somos muito organizados, o que mais nos ofende  em alguém é a sua desorganização. Quando somos altruístas, a avareza de alguém nos arde os olhos. E Deus?  Deus é perfeito em tudo, portanto todo e qualquer pecado lhe ofende, mas os maiores pecados, aqueles de onde se originam todos os outros e certamente causam maiores danos, estes são mais ofensivos a Ele. Em Provérbios temos claramente isto repetidas vezes...  “seis coisas o Senhor detesta e a sétima seu coração abomina” lembra?

A glória de Deus vista por Moisés fez com que Ele declarasse a bondade, a paciencia e a misericordia de Deus. Entendemos então que a santidade de Deus é aquela repleta de atributos e virtudes santas, como a humildade, a misericordia, altruismo... . A santidade de Deus nos fulminaria porque ele enxergaria em nós os avessos à verdade, aos valores que ele possui. A nossa presença pecadora diante dEle causaria uma ira em Deus tamanha, e seríamos num instante reduzidos ao pó, só o sangue de Jesus pode nos apresentar diante do pai. Naquele sacrificio mora nossa justiça e salvaguarda. Em muita humildade devemos temer e tremer diante do altíssimo.

O estudo das dimensões de pecados é  importante porque temos visto na escala de valores do povo em geral e também entre o povo de Deus, uma verdadeira perdição na capacidade de avaliar culpas, ofensas e pecados.

Estamos cansados de ver gente fazendo tempestade de um copo de água e fazer de copos de água, tempestades. Temos coado mosquitos e engolido muitos camelos na vereda espiritual. Devemos então conhecer sobre esta questão, do contrário estaremos mais vulneráveis a repetir  a triste e repreendida historia dos fariseus. Queremos ser mais semelhantes a eles? É claro que não, queremos todos ser “mais semelhantes a Jesus” como cantamos naquele santo hino do querido irmão Costa Júnior.

 

Qual a solução? Como medir o tamanho de cada pecado?

Muitos não empreendem este pensamento com medo de dar oportunidade a si e a muitos de desculpar coisas que serão julgadas leves, ou pecadinhos. É uma excelente preocupação, digna de louvor. Mas existe um  remédio para ela. Mas antes devemos lembrar que para se curar uma doença maior as vezes temos que aceitar a desdita de um efeito colateral, contudo temos por claro, como dizem as bulas de remedios, “que os beneficios superam os efeitos colaterais”

Creio que  sempre lembrar “que todo o pecado é ofensivo a Deus” que é perfeito, e amar a este Deus perfeito e desejarmos ser como ele, homens e mulheres a sua imagem, será um antídoto deveras eficaz contra este possível efeito colateral indesejável.

Mas pior mal que este acima é a imitação dos fariseus que engoliam camelos(pecados maiores) e coavam mosquitos(pecados menores) que fatalmente ocorrerá entre nós se não tivermos o discernimento do que é mais importante. Devemos buscar ser dessemelhantes aos fariseus  pois ninguém na face da terra prejudicou tanto o trabalho de Jesus como eles.

 

Então como poder medir o tamanho do pecado? Existe uma fórmula?

Quem dera estivéssemos estudando química, matemática ou alguma ciência exata. Não é o caso. Dependemos para medir os pecados e culpas, de muita sensibilidade moral e conhecimento da escala de valores de Jesus, nosso prumo, nossa fórmula mágica, nosso modelo nos exercícios da matemática espiritual.

Muitas pessoas dizem que o pecado deve ser medido pelas consequências que ele acarreta e isto é um bom começo para sermos mais justos, mais proporcionais, mais adequados ao lidar com a nossa culpa e os pecados que defrontamos ao nosso derredor. Contudo, viajarmos pelos mendros das consequencias é um caminho infinito e certamente perderemos nele, teremos de imaginar destinos, anos, gerações.

Existirá então alguma forma mais eficiente de medir o mal? Em Cristo temos esta resposta, nele encontraremos o caminho, temos lições esplêndidas e santas para buscarmos dele uma mentalidade também santa e celestial, aumentando nossos conceitos significativamente e fazendo com que com os pressupostos dele, com os conceitos que ele estabeleceu, sejam os nossos guias e nos dê a garantia de sermos  inteiramente bem-sucedidos. Amém.

Para Jesus o que era mais importante, o que era mais agravante? Dentro destas perspectivas saberemos e quanto mais o conhecermos,   maior precisão teremos ao avaliar os pecados e os acertos que existem em nós e ao nosso redor. “A vida eterna é esta, que te conheçam a ti, Deus único, e a Jesus, a quem enviaste.” Assim como a técnica do carbono 14  que tenta medir a idade de objetos organicos, está sendo suplantada pela técnica do DNA, muito mais precisa, Deus e seu bendito filho precisam  ser a nossa nova fórmula de enxergarmos este mundo e a nós mesmos.

Contemplemos por exemplo, as palavras santas da bem-aventurança, os novos mandamentos da Nova Aliança que o céu nos presenteou...a Humildade é a primeira delas, depois vemos  a mansidão, o espírito pacificador, a pureza, a misericórdia... o sofrimento pela verdade, o desejo tão intenso de justiça que se traduz em fome e sede! Glórias ao Deus dos valores eternos, das verdades eternas, dos pensamentos elevados, celestiais e santos, santíssimos como é o caráter de Deus!

Falando em “fome e sede de justiça” todos sabemos que o homem é capaz de tudo para Ter o que comer e mais ainda, o homem sente alucinações, tem visões no deserto, quando está com sede. Hoje, creio que nos falta fome e sede de justiça, pois pouco estamos fazendo para que esta se estabeleça. Será que o máximo que podemos fazer é criticar as injustiças? Não precisará esforços e estratégias bem elaboradas para que a justiça aconteça?

Se as bem-aventuranças são  as máximas do Reino de Deus que começa em nosso coração, invisivelmente. Negligenciá-las, seria comparado ao engolirmos camelos e sermos fariseus modernos. Deixar de ser humilde, de se humilhar para pedir perdão ao nosso  filho(a) quando erramos ao corrigir-lhe(a). De se humilhar para reconhecer opiniões e posturas erradas, deixar de chorar perante os pés do Nosso criador e Salvador, confessando-lhe nossas próprias faltas, ou até não enxergando nossas inumeráveis faltas, sem dúvida alguma é maior dos pecados, o mais gordo de todos os  camelos que estaremos engolindo. Diria que nem seja Camelo, se passeassem elefantes na Palestina, didaticamente, para todos recordarem, creio que Jesus compararia a Elefantes tal pecado. Pois nele se concentra toda a razão de nossa desconsagração e toda a causa para que o demônio domine e reine em nossa alma.

Tanto eu, você, a Igreja, as associações e o sistema todo, devem se humilhar perante Deus, devem reconhecer continuamente suas faltas perante o Senhor da Gloria. Devemos todos em espírito de oração e súplicas nos reunir para uma reforma, para o choro, para sermos lavados pelo sangue que perdoa e que nos tornará justos, santos e irrepreensíveis. E é justamente o orgulho que nos impede disso. Neste orgulho imenso, neste elefante que temos engolido, mora o segredo do dominio diabólico e o segredo do poder das trevas.

Expulsaremos pela humildade os nossos acariciados demônios? Estabeleceremos os principios na prática do Reino dos céus? A decisão é sua. Se disser sim, comecemos eu e você agora, ajoelhemos em humilhação diante do Eterno e confessemos nossas multidões de pecados, saiamos então dali purificados e com a presença do Santo e bom Espírito para tirar com clareza os argueiros que temos enxergado nos olhos dos nossos irmãos.

Jeová quer nos visitar hoje, a sua presença deve  ser sentida. Os montes estremecem, por que o povo de Deus não se atina? Ele quer tomar pela mão o seu povo. Se nós nos humilharmos.... mas “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus para que ele não vos abençoe” nosso orgulho, nossas vaidades, nossos recentimentos, nossa relutância em não dar o braço a torcer, até quando “Oh Jerusalém”

 

O tamanho dos pecados nas comissões e reuniões administrativas

Quando as reuniões votam em pessoas A, B, C o que elas tem como critérios? Nem sempre, mas muitas vezes os  criterios são mosquitos, moscas e  baratas;  Dízimos, assiduidade aos cultos, vestimenta, se a pessoa não teve algum momento escandaloso em sua vida, etc... 

Se a pessoa for bondosa pouco importa, se for humilde pouco se cogita, se for verdadeira, até nem se recomenda, se for alguém misericordioso não se cita, etc... os valores de Cristo e os critérios de Cristo foram substituidos pelos criterios empresariais, sociais, mundanos. Sem contar a descaradez do critério familiar. Nem chego a citar esta coisa nojenta que muitas vezes deixa de recomendar homens santos de Deus para dar lugar para os sobrinhos de homens e  parentes. Neste ponto seremos cópia, imagem e semelhança da besta, que praticava semelhante situação no poder do clero.

Tudo isto, esta realidade, demonstra nitidamente que não temos a escala de valores de Cristo, mas a dos fariseus, que somos aptos para coar mosquitos e rápidos demais para tragarmos com todo o sabor os elefantes, os camelos e  as girafas.

O mundo, neste ponto, felizmente para eles e infelizmente para nós, está muito mais adiantado. Vemos os advogados e juízes considerarem cada caso com todos os possíveis lampejos de atenuantes e justificativas, todo o grau de culpa é considerado para que se recomende uma sentença justa, proporcional,  ao agravo feito.

Mas nas Igrejas, não querem nem saber, adulterou, era casado ou solteiro, foi tentado ou não: Exclusão! Seguido de  rebatismo ridículo, antibíblico e humilhante. Expondo pessoas publicamente em completo descrédito a palavra de Cristo que tanto fez questão de dizer “entre ti e ele só”.

Justamente nos pregadores da justiça e da misericordia acontece o que se chamaria de “aberração jurídica”. O que falta? Aulas de direito? Não irmãos, falta  Jesus, Je-sus, J-e-s-u-s!

Avaliar as circunstancias de cada situação, Ter os olhos compreensivos de Deus, ser mais dispostos a perdoar que condenar, sermos emaranhados “por ternos afetos de misericordia” e enchermos de rasgação de seda, como se vê nas cartas paulinas, será o caminho da verdadeira união entre o povo de Deus. Nas cartas de Paulo quanto amor! Quanta verdade! Quanta inspiração!

 

Mas o novo testamento fala da boa reputação. Como fica isso ao recomendarmos alguém?

Boa reputação meus queridos nem sempre tem que ver com fatos ocorridos  moralmente condenáveis. Boa reputação na sociedade, que é um padrão inferior (ou deveria ser) tem que ver com o nível de honestidade, de bondade, de amigos que admiram e confiam naquela pessoa.

É o cheque daquele homem dinheiro,  e sua palavra é um fato? É aquele homem digno de admiração pelo seu esforço, pelo trabalho que desempenha, pela humildade que demonstra? Aquela mulher é esforçada e trabalhadora? Os filhos deles demonstram bondade?

As Igrejas em geral seguem uma forma de ver as coisas muitas vezes abaixo dos critérios da própria sociedade. Por isto que Jesus disse a muitos fariseus: “As prostitutas e os ladrões vos precedem no reino de Deus”. A fé e o amor acontecem em terreno fértil, em terreno humilde... As igrejas além de avaliar pessoas com critérios farisaicos, arrogantes  e obsoletos,  precisam urgentemente aprender a perdoar, devemos desenvolver isso pois estamos no fim!

Não podemos carregar conceitos de reputação inferiores ao da sociedade, nossos conceitos devem ser mais semelhantes aos de Cristo, o Senhor da Glória! Ele chamou para si pessoas simples e pecadores, Davi foi aceito porque sua humildade e capacidade de enxergar suas culpas eram tantas, que Deus o escolheu para projetar as culpas que Cristo sentiria na cruz.

Abraão, por mais que tivesse dito certas mentiras sobre a sua mulher, era um homem tão bom que vemos a liberdade com que Sara se portava, em se tratando de  “mulher daquela época”. Mateus era um judeu e tinha péssima reputação entre os proprios judeus, mas foi escolhido. O irmão Zaqueu, pior ainda, foi dignificado por Cristo ao almoçar em sua casa.  Não é um caso, uma situação de fraqueza, que deveria servir de instrumento de inutilização de muitos homens e mulheres,  onde Satanás e a Igreja se tornam neste ponto amigos e cooperadores.

 

Um Critério bíblico pouco adotado

Pelo amor que os filhos demonstram aos seus pais se vê a reputação familiar daquele homem ou mulher e se verifica se a pessoa pode ou não cuidar da Igreja. Por isso o apóstolo Paulo fala que o ancião deveria ser a pessoa que soubesse  conduzir sua própria casa. Se a Bíblia fosse nossa única regra de fé, muitos pastores e anciãos, indesejáveis na sua própria família, tendo filhos rebeldes a eles e a tudo, homens sem bondade e sem compreensão, seriam plenamente banidos do sacerdocio e do cargo que ocupam.

Em certa igreja observei a seguinte situação: Havia um homem pobre e humilde que todos os seus nove filhos não faltavam a Igreja, humildes e animados cantavam e tocavam, mas este homem, a uns vinte anos confessou a comissão sobre um pecado escandaloso. A Igreja que prega o perdão e repete mil vezes o caso de Madalena nunca lhe dava algum cargo de maior importância, nunca era convidado a pregar sendo que muitas coisas eu mesmo aprendi com este homem, o máximo que conseguiu ser até hoje é diácono.

No lugar dele, um homem arrogante, legalista, impositor, pai de filhos nitidamente revoltados, sempre ausentes nos cultos conversando nos corredores, era o primeiro ancião daquela igreja por mais de 20 anos. Percebia-se  que este também  era usado por Deus, porque Deus tem misericordia de todos nós, mas irmãos, fico pensando se a escala de valores de Cristo existisse entre nós, quantas bençãos alcançaríamos a mais?

O que vemos é um eterno coar de mosquitos e uma infindável ingestão de camelos. Passa-se a mão sobre a cabeça de egoístas, orgulhosos e avarentos, elegem-se pessoas para estas “Não ficarem ofendidas” e depois, por causa de uma suposta cerveja, por causa de uma vestimenta, por causa de um caso antigo de fraqueza e queda em tentação, de não devolução de dízimos, são excluído os Davis, os Abraãos, os Oséias, os Paulos, do nosso sitema eclesiástico. O resultado é o que temos visto: Uma liderança que se sente excelente, rica e de nada tem falta.

Este assunto vai longe, como todos os assuntos da Bíblia, pois ela é infinita como Deus o é. Roguemos a Deus, que ao menos o pouco que podemos enxergar das verdades tão eternas e infindas, possamos colocar em prática. Oremos para que a nossa Igreja proponha uma semana de reavaliação e entrega total, com a participação de todos, até mesmo dos que se opõem a ela como recomenda EGW em “Conselhos para Ministros”. Pois o aprendizado será grande e o Deus da verdade será exaltado acima de tudo, de todos, Cristo será vindicado e depois do choro virá a alegria, a chuva serôdia e em seguida, o céu. Sodré Gonçalves, autor da série de artigos: Nova Avaliação Geral da IASD, publicada em maio, sobre vários tópicos.

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